Princípios eternos de Deus – Parte III

Lucas 15:21-32; Oséias 6:3

Em muitas situações, quando Jesus queria ensinar alguma verdade preciosa, Ele proferia uma parábola. Todas as parábolas de Jesus contêm riquezas espirituais inestimáveis. A parábola do filho pródigo, por sua vez, além das lições de vida, nos revela a importância do nosso relacionamento com Deus, o nosso Pai e com cada um de nós, Seus filhos.

Como vimos anteriormente, o filho mais moço saiu de casa e gastou a sua parte da herança com uma vida errada, e depois de um certo tempo, voltou arrependido. O pai com um coração de amor e de perdão, o recebeu com um abraço, dádivas honrosas e uma festa. O pai lhe restituiu o que tinha se perdido colocando vestes novas que significa cobertura, em seguida colocou as sandálias novas nos pés, restituindo o ministério e na sequência, lhe colocou um anel no dedo que significa autoridade e compromisso, agora a aliança estava sendo renovada entre eles, pai e filho.

Esta parábola é muito rica, ela não pretende ensinar apenas sobre o pai e o filho mais moço, ela enfatiza também as atitudes do irmão mais velho daquela família. Se podemos dizer que há muitas pessoas que se identificam com a figura do filho pródigo, também é certo que há outras que se identificam com o filho não pródigo, o que ficou em casa.

Vejamos quais eram os conceitos distorcidos que o irmão mais velho tinha do seu pai e irmão

1. Ele pensava que trabalhar bastante era o suficiente para gradar ao seu pai. “…há tantos anos te sirvo…” O irmão do filho pródigo perdeu a oportunidade de relacionar-se intimamente com o seu pai por causa de uma concepção errada sobre o relacionamento entre pai e filho. Ele acreditava que iria agradar o seu pai apenas através do seu trabalho. Na cabeça dele, o trabalho era o mais importante, era aquilo que o pai esperava dele, mas primeiro vem o relacionamento, intimidade, transparência e confiança.

O nosso trabalho no reino de Deus é muito importante, mas deve ser resultado de uma vida de busca e intimidade com Ele, desta forma iremos fazer a Sua obra movidos por amor e não por obrigação.

Existem alguns filhos de Deus que esquecem que é a comunhão íntima com o Pai que fará a diferença, servir é resultado. Veja, ele não conhecia o seu pai ao ponto de não usufruir do direito de filho, ele não precisava esperar o pai lhe dar um cabritinho para fazer um churrasco com os amigos, tudo era dele, era só usufruir, ele tinha direito, mas havia uma distância entre ele e seu pai e por isso ele não conhecia os pensamentos do seu pai, com Deus acontece a mesma coisa, muitos estão na sua casa, mas não O conhece.

2. Ele pensava que um filho só agrada ao pai quando cumpri regras e leis. “…nunca transgredi um mandamento teu…” O irmão do filho pródigo esforçava-se para agradar o pai com o seu trabalho e com o cumprimento de regras e leis. Quando o seu pai abençoou o seu irmão que foi rebelde, ele fez questão de ressaltar as suas próprias boas obras e assim disse: “há tantos anos te sirvo e nunca transgredi um mandamento teu”.

Ele não compreendia como o seu pai poderia abençoar aquele que saiu de casa e gastou mal todo o dinheiro da sua herança, simplesmente porque voltou arrependido. Na mente dele, o pai não estava sendo justo. Ele acreditava que o amor do pai só poderia ser dado àqueles que não falhavam. Se fosse assim estaríamos perdidos, pois falhamos, mas Deus sempre nos perdoa quando nos arrependemos e sempre nos aceita investindo em nossa mudança e crescimento.

Deus quer nos ver servindo, trabalhando, frutificando, nos esforçando, sendo fiel, prosperando etc., mas tudo isso deve ser resultado de uma vida de comunhão e amor. Fazer apenas por obrigação nos leva a reclamar e cobrar, precisamos ser movidos por amor.

3. Ele disse, eu mereço um prêmio e uma festa, mas não recebi. …contudo nunca me deste um cabrito… Este era o problema do irmão mais velho, ele não tinha revelação do amor do Pai, ele desenvolvia um relacionamento “mecânico” com o seu pai e seu irmão.

Existe muita gente servindo a Deus sem conhecê-lo verdadeiramente, sem ter verdadeira comunhão e intimidade com Ele. Aprendemos aqui que o nosso amor por Deus não deve ser como a neblina da manhã que logo passa, pelo contrário, precisa crescer a cada dia em uma intimidade contínua e permanente.

 A resposta do pai: “Filho, tu sempre estás comigo, e tudo o que é meu é teu. Era justo, porém, regozijarmo-nos e alegramo-nos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado.”

Esta resposta revela o coração de um pai que ama o filho simplesmente porque é filho. O trabalho e as leis, (embora sejam importantes), não estavam em primeiro lugar aqui, esta não era questão principal, mas o principal era o relacionamento Pai e Filho. É muito importante nesta altura ressaltar que o fato do Senhor Deus nos amar com um amor incondicional, não anula os princípios de semeadura, fidelidade, honra, obediência, perdão, arrependimento, submissão etc. Eles são fundamentais para a vida!

Aquele filho mais novo tinha passado por um deserto, por crises profundas, por um tratamento em seu caráter.  Ele foi humilhado, abandonado pelos seus amigos, passou fome, vergonha e voltou maltrapilho. A sua atitude de reconhecer que tinha errado e voltar arrependido lhe abriu novas oportunidades e lhe trouxe restituição.

Em João 1:12 diz que quem receber a Jesus como Senhor e salvador, recebe poder de ser feito filho de Deus. Aquele filho queria apenas trabalhar e se divertir com os amigos, mas o pai o convidou para uma festa de comunhão em família com muita cura, paz e alegria, e é exatamente o que Deus tem pra você, Ele te ama e te convida para uma grande festa com Ele e sua família espiritual. Você aceita?

Compartilhar: Você já entregou a sua vida ao Senhor Jesus? Vamos orar?

No amor de Cristo

Apóstolos Eliezer e Zenita C. Moreira

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