Honrando ao Senhor por meio das primícias, dízimos e ofertas

Vimos em discipulados passados que os dízimos são propriedade do Senhor, Ele diz claramente em Lv. 27:30 que os dízimos são Dele (serão santas ao Senhor).

Os dízimos são requeridos por Deus através de Ml. 3:10 trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa.

A não devolução dos dízimos atrai maldição, pois é considerado um roubo a Deus, como declara Ml. 3:8 roubará o homem à Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com Maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós a nação toda.

Quando o Senhor requer de nossas mãos os dízimos, Ele está nos testando em três aspectos: na fé, na obediência, e na fidelidade.

Sua devolução constante, zelosa e fiel constitui-se numa plataforma para que se construa uma vida segura e próspera.

Uma vida próspera significa: crescente, de maiores e melhores conquistas espirituais e materiais a cada dia.

Os dízimos nos protegem e geram estabilidade espiritual e material, as ofertas geram crescimento e multiplicação (Abraão demonstrou um coração generoso, o que possibilitou que ele fosse multiplicado e enriquecido conforme a promessa).

Pv 11:25 diz: A alma generosa prosperará“. Este é um dos problemas da igreja latina: passar a vida toda tentando ser fiel nos dízimos.

Os dízimos só protegem, não prosperam… o que faz alguém prosperar é o binômio fidelidade nos dízimos e generosidade nas ofertas (é importante entender que realmente só dou algo ao Senhor, só oferto, após ter devolvido meus dízimos).

Nosso Deus tem no Seu caráter a doação. Ele deu Seu filho unigênito para nos dar uma vida abundante (nos salvar e abençoar, e fazer de nós uma benção).

Por esse motivo, o Senhor deseja desenvolver em nosso espírito este caráter doador. Deus quer que como seus filhos tenhamos os seus atributos.

Deus quer que Seus filhos desenvolvam prazer em doar, tornando-se assim generosos e abençoadores.

Mt 10:7 ”O que de graça recebestes de graça dai“. O ensino deste propósito veio pela inspiração do Espírito Santo nos homens no Antigo Testamento e também por intermédio da Lei que instituiu a entrega de ofertas.

Ex 1: Hb 11:4 – Pela fé Abel ofertou a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, tendo a aprovação de Deus quanto a suas ofertas. Por meio dela também, mesmo depois de morto ainda fala (a oferta de Abel entrou em memória eterna).

Com exceção de Abrão não há ninguém lembrado na bíblia, por ter sido fiel na devolução de dízimos, mas há vários que entraram para a história pela entrega de ofertas, como Abel, Ana, e a viúva pobre, etc…

Ex 2: Nm 18:8 – Então o Senhor disse a Arão: “Eis que eu te dei o que foi separado das minhas ofertas, com todas as coisas consagradas dos filhos de Israel, dei-as por direito perpétuo como porção a ti e a teus filhos (ler vs.9).

O Vs. 9 deixa bem claro o fato de haver várias ofertas estabelecidas por intermédio da Lei, para variados propósitos, inclusive para fins expiatórios, o que apontava profeticamente para aquela que viria ser a maior de todas as ofertas feitas na terra: a morte de Jesus na cruz, fruto do amor doador do Pai e também de Cristo.

O princípio de dizimar e ofertas não foi revogado no Novo Testamento, ao contrário, foi ampliado na revelação de irmos muito além daquilo que estava determinado pela Lei, e quem revelou isto, foi o próprio Senhor Jesus.

Mt 5:20 – Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.

Jesus está dizendo à seus discípulos, que eles deveriam ir além da justiça praticada pelos fariseus (que iam até o limite da Lei, sendo rigorosos na devolução dos dízimos até das hortaliças, a hortelã, o endro e o cominho).

O desejo de Deus para nós é que experimentemos Sua graça abundante, através do exercício da espontaneidade e da generosidade nas ofertas, o que nos abençoará ricamente em todas as áreas (espiritual, emocional e material), pelo princípio divino da semeadura.

A palavra do Senhor nos assegura que toda semente plantada em Seu reino com amor e fé, será abençoada, multiplicada e nos será devolvida a trinta, sessenta e cem por um.

Ninguém, que decidiu caminhar com Jesus precisa viver em escassez. Pelo princípio da semeadura podemos alcançar uma vida suprida e próspera em todas as áreas.

Se os dízimos nos provam na fé, obediência, e fidelidade, as ofertas voluntárias por sua vez, testam nossa generosidade e nossa fé de que o Senhor possa nos levar além (crescer).

Vimos que os dízimos protegem, as ofertas multiplicam, mas agora vamos falar sobre uma oferta que santifica os dízimos e as outras ofertas, e nos leva a uma prosperidade que vai além de nossas necessidades (nos leva ao sobejo): Oferta de Primícias ao Senhor, também chamada de Oferta de Honra – Pv. 3:1 a 10 (ler).

Veja que no vs. 9 a palavra distingue a honra ao Senhor (através dos dízimos e ofertas), da oferta de primícias dizendo: “…e com as primícias de toda a tua renda”.

As primícias são uma oferta destinada ao sacerdote (Ez 44:30) referente a renda do primeiro dia de trabalho, corresponde à 3,33% do nosso ganho mensal.

Ez. 44:28 a 30 (ler). Os sacerdotes não tinham herança de terras, pois deveriam dedicar-se exclusivamente ao serviço sagrado. Eles moravam no Templo e eram supridos pelas ofertas feitas pelo povo em obediência e honra ao Senhor, (vs. 29 e 30).

O conceito desta oferta (as primícias) é, o Senhor ser honrado com o primeiro lugar, os primeiros e melhores frutos, bem como os primogênitos dos animais.

Vejamos o que aconteceu no episódio das ofertas de Abel e Caim.

(Gn. 4:2 a 7). Notem que no vs.3, a expressão: no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor, indica que Caim não deu prioridade à Deus. Do que a terra produziu dentro de alguns meses, Caim trouxe uma oferta sem nenhum zelo.

Já Abel, separou para o Senhor as primeiras crias do seu rebanho, (os animais primogênitos), e da gordura destes, significa os mais robustos, (os mais saudáveis).

As ofertas de modo geral, e principalmente as primícias, tem um valor muito grande para Deus, pois refletem o coração. Ex.: de Caim não se agradou (vs.4), ou seja, o Senhor não se agradou do que expressou o coração de Caim (desdém).

A primícias revela quanto amor, quanto valor, damos à Deus, aos sacerdotes e a sua obra.

Há um certo preconceito em honrar com ofertas à um homem, mas quando estamos com problemas, não pedimos orações e conselhos, às paredes do Templo, e sim aos sacerdotes.

Deus vindica esta honra das primícias em Ml. 1:6 a 11 (ler). Em nossa cultura eclesial, contaminada por Roma, a revelação das primícias se perdeu, tanto é que a igreja de hoje, entende os dízimos como sua primeira obrigação material, os quais na verdade, são santificados pela entrega das primícias.

Na cultura bíblica hebraica, em primeiro lugar vem a primícias, em segundo vem o dízimo, e em terceiro lugar as outras ofertas como as alçadas, de propósito e voluntárias.

Romanos 11:16 – E se forem santas as primícias da massa, igualmente o será a sua totalidade, se for santa a raiz, também os ramos o serão.

A oferta de primícias é a menor em valor financeiro, mas a que traz como promessa a abundância (Pv. 3:9 e 10), o transbordar = ter para dar e emprestar.

O princípio da honra, santifica nossa vida, abençoa nosso lar e nossa descendência e traz abundância nas riquezas espirituais e materiais.

Deus quer fazer coisas extraordinárias com seu povo e também através dele, mas para que venha este grande avivamento, primeiro a igreja, precisa entender mais profundamente a mente e o coração do Senhor, e praticar com mais amor e zelo, os princípios que o Senhor nos deu por intermédio da sua palavra.

Compartilhar meu testemunho (Ap. Fabio): dizimava, mas não ofertava e vivia apertado. Algo sobrenatural começou a acontecer também depois que comecei a consagrar minhas primícias no primeiro dia do mês.

Que o Deus de Abraão, Isaac, e Israel os abençoe e multiplique conforme a promessa ENDJ.

Amamos vocês. Aps. Fábio e Claudia A. Abbud.

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