A Graça de Deus – Parte IV

Mateus 20:1-16; Hebreus 11:6

A graça de Deus nos qualifica para salvação, é dom de Deus. A Bíblica revela que a graça aponta para um “favor imerecido”, é Deus dando e fazendo de tudo para salvação daqueles que não a merecem. Por nós mesmos, não conseguimos, temos a tendência para o mal, naturalmente nos afastamos de Deus, nascemos pecadores e por causa disso, separados e longe de Sua presença! A morte substituta de Cristo na cruz satisfez a justiça de Deus, Ele mesmo propiciou esta justificação para nos alcançar com o seu maravilhoso amor, isso é graça!

Na Bíblia, por várias vezes encontramos a revelação de que a salvação pertence somente ao Deus criador. Isso indica que a salvação não tem origem em nós. Uma vez que o pecado é e foi cometido pelo homem, a lógica seria pensar que o homem por si só buscaria a salvação. Todavia nem sequer o pensamento da nossa salvação proveio de nós; pelo contrário, originou-se em Deus.

O pecado nos afastou de Deus gerando em nós um vazio existencial. Por isso desde o início o homem e a mulher buscam respostas para preencher este vazio. Infelizmente a busca pela resposta em um mundo sustentado por um sistema maligno de engano e mentiras, tem levado muitas pessoas em lugares errados, em vez de buscarem no Deus vivo e Eterno, buscam baseados e influenciados nos anseios, necessidades e desejos espirituais, emocionais e carnais e estes, tem levado muitas pessoas para cadeias espirituais que os afastam cada vez mais da presença do Senhor nosso Deus.

Embora o ser humano tenha pecado e esteja destinado à perdição, não é sua intenção buscar a salvação. Embora tenha pecado e deva perecer, foi Deus quem começou a pensar em salvá-lo. Portanto, no Velho e no novo Testamento se menciona repetidas vezes que a salvação pertence a Deus. O motivo disso moveu o coração de Deus o desejo de salvar-nos. O homem deseja a salvação, mas por si mesmo nunca quis buscá-la na fonte certa, sempre busca focando apenas uma satisfação pessoal e momentânea.

Por que a salvação pertence ao Senhor Deus? Por que Ele está interessado em nós? De um modo genérico, podemos dizer que é porque Deus é amor. Especificamente, é porque Deus nos ama. Se Deus não nos amasse, Ele não precisaria nos salvar. A salvação se cumpriu porque, por um lado, o homem pecou e, por outro, Deus amou e isso gerou um projeto de redenção na nossa direção.

A salvação é cumprida e o evangelho é pregado porque, por um lado, Deus amou e, por outro, o homem pecou. O pecado do homem nos mostra a necessidade do homem. O amor de Deus nos mostra a provisão de Deus. Se houver somente a necessidade sem a provisão, nada pode ser feito. Mas se existe a provisão sem a necessidade, aquela seria desperdiçada. A salvação é cumprida e o evangelho é pregado devido aos dois maiores fatos do universo.

O primeiro é que o homem pecou e se afastou de Deus e o segundo é que Deus ama e este amor o moveu na nossa direção. Estes dois fatos são imutáveis. São dois fatos enfatizados na Bíblia. Se você derrubar qualquer uma das extremidades, a salvação se perderá. Deus tem o amor como provisão para sua criação que pecou e perdeu o direito da comunhão com Ele. Por haver estes dois fatos, existe o evangelho e existe a salvação.

Nesta parábola dos trabalhadores da vinha que lemos hoje em Mateus 20:1 a 16, vemos a matemática da graça funcionando quando o senhor da vinha foi remunerar os trabalhadores, ele pagou o mesmo salário também para o que trabalhou apenas uma hora. Para nós a graça possui um conteúdo de injustiça, pois parece injusto que aquele que trabalhou menos ganhe igual ao que trabalhou muito.

O senhor da vinha é o Senhor Jesus. Ele contratou trabalhadores às oito horas da manhã, outros ao meio-dia, às três horas contratou outro grupo e às cinco horas, faltando apenas uma hora para encerrar o expediente, ele contratou um outro grupo. Todos eles foram contratados pelo mesmo valor diário. Mas, quando chegou a hora de acertar o salário, o que aconteceu? Aqueles que começaram a trabalhar às oito horas da manhã acharam que iriam ganhar mais. Mas não foi o que aconteceu. Todos receberam o mesmo salário. Tanto os que começaram às oito da manhã quanto os que começaram às cinco da tarde ganharam o mesmo salário, o que não agradou os que trabalharam o dia inteiro.

Se fossemos nós, também iríamos questionar. A matemática parece torta, injusta aos nossos olhos. É isso o que a graça parece aos olhos das pessoas: algo injusto. Nessa parábola o Senhor se refere ao crente que se converteu no começo de sua vida, é o trabalhador da primeira hora. Aquele outro irmão que se converteu depois de velho é o trabalhador da última hora. Então qual deles terá maior direito de ser salvo? Quem se converteu aos sessenta ou quem se converteu aos dezessete? Poderão ter ambos a mesma salvação? Sim, porque a lógica de Deus não é a nossa.

Se você foi alcançado pela graça salvadora de Cristo com vinte anos? Sirva-O de todo o coração a partir dos vinte anos, mas se você foi alcançado aos sessenta, não fique desanimado, sirva-o da mesma forma. O Senhor diz que o salário (salvação) de todos será o mesmo, ou seja o critério será o mesmo para todos. Jesus Cristo disse em marcos 16:16: Ide e pregai o evangelho a toda a criatura, quem crer e for batizado será salvo…, não importa se foi aos dezessete ou aos oitenta, se creu e se entregou a Cristo será salvo, não será condenado ao inferno.

Aqui neste texto de hoje não está falando de premiação, de galardão pelo trabalho realizado, mas de ser salvo, pois salvação também é um galardão, mas este é pela graça, recebemos sem merecer, o galardão que vem pelo trabalho que realizamos pra Deus, fala de uma recompensa pelo esforço em servir ao Senhor frutificando pra Ele, pois Deus olha o quanto fazemos e o quanto somos fiéis.

Em Romanos 2:6 diz:  O qual recompensará cada um segundo as suas obras. Em 1 Coríntios 15:58 diz: Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é em vão no Senhor. Isto é, haverá recompensa!

O grande benefício de quem se converte cedo, é que vai errar menos, terá menos consequências e se for fiel, comerá do melhor desta terra enquanto jovem, o que se converte tarde, correu o risco de morrer sem a salvação e de também construir uma vida diferente, mas enfim, jovem ou velho, o importante é encontrar a Cristo e ser salvo e no tempo de vida de cada um, fazer o melhor para Deus!

Prática: orar por todos para que experimentem da abundancia da graça de Deus, ore pelos visitantes e os convide para o culto! Faça um desafio aos discípulos para trazerem amigos na próxima semana!

No amor de Cristo!

Apóstolos Eliezer e Zenita

 

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