Gn. 26 : 22
Um dos maiores desafios dos líderes cristãos é manter ao longo do tempo, um bom nível de motivação em suas equipes.
Existe uma tendência natural ao desânimo e a acomodação no desempenho das funções ministeriais, por isso em Ap. 2: 5 Jesus exorta a igreja de Éfeso a voltar ao primeiro amor e as primeiras obras, pois os Efésios haviam perdido sua paixão.
Muitos inimigos podem roubar a motivação, como o pecado, a rotina, ou as mudanças de foco nos interesses. Quando a motivação desaparece, também a satisfação e os resultados de uma pessoa ou equipe ficam ameaçados.
A motivação não vem de fora para dentro, ao contrário nasce de dentro para fora, ou seja, é o próprio líder quem floresce neste potencial que está dentro dele.
Embora a motivação cristã proceda unicamente de nossa relação interior com o Espírito Santo, nós líderes, como instrumentos usados por Deus, podemos estimular a eclosão desta fonte de fé e paixão de dentro dos nossos discípulos, através de alguns cuidados em sua formação:
1 – Ore pela motivação de seus discípulos.
Tudo no mundo espiritual tem início na oração. Jesus não apenas conquistou seus doze pela oração, como os mantinha santificados, protegidos e motivados intercedendo constantemente por eles junto ao Pai.
Em Lc. 22: 31 e 32 há um exemplo claro desta cobertura de oração dada por Jesus à seus discípulos: Simão, Simão, eis que Satanás vos requereu para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça, tu, pois, quando te converteres fortalece os teus irmãos.
É impressionante o poder que a oração tem de mudar a disposição espiritual e emocional das pessoas. Esta é uma ferramenta, que se for mais utilizada por nós, tornará muito mais fácil nosso trabalho como discipuladores. Ore mais por seus pares e tudo será diferente e melhor.
2 – Motive-os fazendo tudo com muita motivação.
O líder é a referência, a legalidade aberta no mundo espiritual para que outros sejam gerados segundo o nosso testemunho.
Como um líder desanimado poderá transmitir motivação a sua equipe? Quando as coisas não vão bem, a tendência de todo líder é transferir a responsabilidade para os seus liderados, mas no campo espiritual o líder é a ignição do avivamento, por isso antes de cobrarmos qualquer entusiasmo da equipe, devemos nos auto examinar e avaliar como está a nosso estado de espírito.
Não transforme o ministério num fardo pesado e sofrido, mas sim numa fonte de alegria e satisfação. Faça tudo com amor e prazer, divirta-se trabalhando, testemunhe sobre o quanto você é feliz com seu chamado, logo muitos estarão fazendo o mesmo.
3 – Dê demonstrações de amor e valor.
Jo. 13: 1 diz: tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. Isto significa, Jesus os amou a ponto de morrer por seus discípulos, mas este alto nível de investimento não foi em vão. Também estes discípulos por terem recebido tanto de Jesus, o amaram posteriormente a ponto de todos darem também suas vidas por Ele.
As pessoas têm grande necessidade de reforço de amor e de valor, são carentes afetivamente e precisam ouvir sobre o quanto são importantes para nós. Se lhes dermos isto de forma verdadeira, se determinarão a retribuir, nos seguindo e servindo.
O amor é demonstrado quando perdoamos falhas, dizemos que precisamos delas, damos um presente ou fazemos um elogio merecido.
4 – Creia mais neles do que eles mesmos.
Este é nosso papel como líderes, fazer as pessoas crerem que elas podem, mesmo que pensem ao contrário disto, afinal nós tudo podemos naquele que nos fortalece. ( Fp. 4 : 13 ).
O bom líder é habilitado por Deus a ajudar os discípulos a descobrirem seu potencial, a experimentar o poder da fé. Ele o faz ensinando, o que conseguir, e como conseguir. Quando o discípulo vai e vivencia à experiência, sua fé é consolidada. Imagine o que passou na cabeça de Pedro, depois de ouvir Jesus dizendo, Pedro, vá até o mar, pesque um peixe e depois retire da boca dele o dinheiro que precisamos para pagar o nosso imposto! Agora imagine como Pedro ficou impactado depois de experimentar aquele inacreditável caixa eletrônico!
Jesus pouco a pouco foi mostrando à Pedro, que nele havia uma fé suficiente para levá-lo a viver o sobrenatural. Algum tempo depois, esta fé estava consolidada a ponto de partir de Pedro e não de Jesus, a idéia de Pedro andar sobre as águas.
Nosso papel é ensinarmos cada pessoa a crer em Deus, mas também em si mesma, pois liderar não é um dom como muitos pensam, e sim um aprendizado diário.
5 – Compreenda suas necessidades e ajude-os.
Todo discípulo que não gera resultados, está vivendo uma crise e não sabe, ou não consegue assumir que está. É preciso então, aproximar-se, amar, ouvir, perguntar em que eu posso te ajudar? Você tem tantas qualidades que meu desejo é te ver frutificando pra que eu tenha outros como você. O que está havendo?
O discipulado dos doze não pode ser distante ou superficial, precisamos nos aprofundar na vida dos doze ajudando-os a vencer suas crises, para que alcancem o sucesso pessoal em todas as áreas, incluindo o ministério.
Quando participamos dos momentos difíceis da vida de nossos discípulos, tendo um papel paternal, consolidam-se vínculos de amor e gratidão que se tornarão eternos.
6 – Faça uso da lei da recompensa.
Jesus nos incita a amarmos quem não nos ama e a doarmos sem esperar nada em troca, mas há, porém, no ser humano uma expectativa por recompensa, o mesmo ocorre com os animais domesticados. Também a Bíblia diz em 1 Co. 9: 10: Ou é, seguramente, por nós que ele o diz? Certo que é por nós que está escrito, pois o que lavra cumpre fazê-lo com esperança, o que pisa o trigo faça-o na esperança de receber a parte que lhe é devida.
Nenhum lavrador prepara a terra e lança a semente despropositadamente, antes o faz na expectativa de uma colheita. Da mesma maneira o engajamento em qualquer missão gera uma expectativa por uma recompensa.
Cabe a nós líderes, motivarmos as pessoas ao envolvimento com a missão da igreja e mostramos a elas, as recompensas prometidas pela palavra, tanto na Terra como no Céu. Muitas são as recompensas de servirmos a Deus por amor e com alegria, entre elas a satisfação de nos sentirmos usados por Deus através da transformação de outros. Outro fator de recompensa são os relacionamentos gerados no ambiente da missão, a família da fé. Dentre estes relacionamentos um que não imaginamos é o mais desejado, o convívio com o líder, é uma grande recompensa desejada por todo discípulo.
Não se esqueça querido líder, sua vida contém a chama do avivamento, se você deseja uma equipe altamente motivada, faça como Jesus, ame, ore, creia, ensine, conviva e leve sua equipe a viver na dimensão do sobrenatural!
Ministração: Determine que os doze orem por sua própria motivação. Ore por eles profetizando avivamento e experiências sobrenaturais.
Deus os abençoe e multiplique ENDJ. Amamos vocês
Aps. Fábio e Claudia A. Abbud.
Por favor transmitam este discipulado aos Pastores e líderes da 2ª, 3ª e 4ª gera