Verdades eternas que mudam as nossas vidas – Parte V

 

Jeremias 18:2-6; Lucas 15:20-32
 
Nestas últimas cinco semanas temos falado destes princípios bíblicos que aprendemos com a parábola do filho pródigo. Jesus usou nesta parábola uma família onde havia um pai e dois filhos comparando este pai com Deus, o Pai celeste, e os dois filhos como dois tipos de pessoas que estão na casa de Deus, a igreja. Assim como aqueles filhos, nós também temos acesso a presença de nosso Deus e Pai. Precisamos usufruir deste grande benefício, desta grande oportunidade e não ficarmos omissos e indiferentes como se nada estivesse acontecendo. Temos acesso ao Trono do grande Rei, podemos busca-lo e Encontrá-lo, o céu está esperando a nossa atitude para se mover em nosso favor. Só teremos alcance de algo extraordinário se o buscarmos, ninguém terá direito ao que não busca, ninguém subirá de nível sem antes estar nele.
 
  1. O filho mais novo estava errado 
A parábola do filho pródigo fala de um filho jovem que teve acesso as bênçãos, a herança e se sentiu auto-suficiente ao ponto de sair da presença do seu Pai indo viver para si mesmo. Fala de um filho que estava na casa do seu pai, mas que tinha os olhos além dos limites estabelecidos. Lá ele tinha de tudo o que ele precisava, mas ele queria conhecer lá fora, seus olhos estavam no mundo e em tudo o que é oferecido. Ali na casa do Pai ele se sentia preso, injustiçado, pois ali tinha regras, limites, princípios e disciplina e ele queria viver a sua própria vida.
 
Ele estava enganado, pois lá fora ele estava desprotegido, vulnerável, descoberto, sem paz e sem a verdadeira alegria. Lá fora ele experimentou a pobreza física e espiritual. De alguém livre, se tornou escravo, de alguém rico se tornou pobre, de alguém respeitado e honrado, por alguem desprezado e desonrado. Lá fora ele se alegrou com os amigos e logo se viu cativo, pois a bebida, as drogas e a prostituição aos poucos estavam matando a sua identidade roubando-lhe os seus sonhos e juventude.
 
  1. Quem o filho mais novo representa 
Este filho mais novo representa aquelas pessoas que estão na casa do Pai celeste olhando para fora, desejando ir do outro lado do muro, achando que lá é melhor. Na casa do Pai existem regras, limites, princípios que lutam contra a velha natureza humana, que deseja as coisas que estão lá fora, que muitas vezes nos são oferecidas e até imposta. Muitas vezes não valorizamos àquilo que somos e temos em Cristo Jesus, e mesmo vendo tantas pessoas sofrendo pelas legalidades malignas que o pecado gera, somos tentados a ir para lá e infelizmente, alguns vão e se perdem, morrem sem conseguir voltar.
 
Aquele jovem se tornou pródigo porque se arrependeu a tempo reconhecendo o seu erro. Ele tomou uma decisão radical. Mas nem sempre é assim, porque em alguns casos as pessoas não conseguem mais se arrepender, ou se o fazem já é tarde, pois as conseguências já são muito grandes e por isso não conseguem voltar, e se conseguem, não é mais a mesma coisa. Para aqueles que saíram precisam se arrepender enquanto é tempo, e, para aqueles que estão integrados na casa do Pai, é preciso vigiar e se integrar cada vez mais sem olhar para fora, mas sempre para dentro. Cuidado, pois o maligno está a espreita para roubar a sua identidade, lembre-se, você é filho e herdeiro de Deus, você é mais que vencedor.
 
  1. Quem o filho mais velho representa 
O outro filho mais velho representa aquele que já está a bastante tempo na presença do Pai, ele já se acostumou com a unção, com as pregações e as suas oração se tornaram plácidas e sem vida. Neste caso o primeiro amor se esfriou e ele vem aos cultos e aos eventos por obrigação, pois ele não quer ir para o inferno, ele não quer ficar no arrebatamento. Ele já não busca ao Senhor como antes, não se emociona na adoração, na palavra fica desatento e já não recebe como antes, ele apenas trabalha para seu Pai, mas sem prazer e sem alegria em fazer.
 
Este filho mais velho fica sempre olhando para os erros e defeitos, seus olhos não estão mais no Senhor, mas nas suas frustrações que passou a existir por um processo que não se completou ou por um deserto que foi longo demais. Deserto que foi alongado por causa da resistência em mudar, em se submeter, em passar pela forma de Deus e assim ser transformado a imagem de Cristo.
Nem todos conseguem passar pelo filtro de caráter, nem todos estão dispostos a mudar seus hábitos para viver o propósito de Deus na suas vidas, nem todos estão dispostos a pagar um preço por uma vida espiritual ardente, por uma família curada e feliz, por um ministério frutífero e multiplicador e por uma vida financeira próspera. Este personagem do filho mais velho representa àquele que quando vê uma festa com aqueles que estão na unção e frutificando, se revolta, reclama dizendo que Deus não dá nada para ele, fica bravo, critica e não participa da festa, e existem casos que esse se torna também um filho que vai embora para o mundo e alguns se tornam filhos pródigos, pois voltam arrependidos.
 
  1. Experiência do pastor 
Eu o pastor Eliezer estou no ministério há 22 anos, nasci na igreja e vivi os dois tipos de personagens. Aos 17 anos comecei a olhar para fora do muro, cheguei colocar o pé do lado de fora, mas quando vi as conseguências ruins na vida das pessoas e me vi já fumando caído e embriagado nas festinhas, me arrependi e voltei correndo, pois olhei para o futuro que eu estava construindo e não gostei do que vi. Decidi mudar meu destino gerando um novo futuro, um futuro de êxito, um futuro em Deus. Depois, quando já estava casado, fui o irmão mais velho, vinha por obrigação, reclamava de tudo, dizia que Deus não se lembrava de mim e meu coração já estava amargo, o culto era demorado, não tinha paciência, era religioso e por isso criticava todo mundo.
 
Um dia o pastor da época me convidou para ir a um seminário de intercessão com a Apóstola Valnice e lá, Deus falou comigo e mudou a minha vida. Deus me mostrou que se eu o buscasse de todo o meu coração, iria Encontrá-lo, se me colocasse a disposição para Ele me usar, eu seria um canal da manifestação da Sua glória. Ele me falou que muitas vidas seriam abençoadas e eu como canal, seria o primeiro a experimentar das suas bênçãos. Isso aconteceu na intercessão e em um curso de libertação que estava fazendo na Shekinah com o pastor Jesser. Deus me mostrou que se eu me deixasse ser moldado por Ele, Ele tocaria a minha geração e eu faria parte do projeto eterno que estava no coração dEle desde a fundação do mundo.
 
Em 1989 me dediquei ao ministério e eu deixei de ser o irmão mais velho do filho prodigo para ser o filho integrado na casa do Pai, com os olhos fixado nEle e em seus propósitos. Deus me falou que o Seu coração dói quando uma vida se perde, mas que se alegra e festeja quando uma vida é alcançada pelo Seu amor. Ele pôde dizer ao Seu filho primogênito que está assentado a sua direita: Filho, sei que foi difícil o sacrifício da cruz, mas valeu a pena, pois hoje temos muitos filhos em nossa casa e muitos outros ainda serão alcançados destes filhos que estão integrados.
 
Em João 15:1-6,16 Jesus fala sobre estes dois tipos de pessoas. Ele fala dos frutíferos que passam pela limpeza, pelo processo e se tornam fruto fiel, filhos legítimos, e, fala daqueles que são infrutíferos e por isso são cortados da Videira verdadeira.
 
Precisamos mais do que nunca, ter cuidado para não sairmos da presença do Senhor e nem ficarmos envelhecidos na alma e na comunhão com Ele, pois o Seu amor e misericórdia se renovam a cada dia para conosco.  
 
Deixar-se ser moldado pelas mãos do Oleiro (Deus Pai) é uma tarefa para os corajosos. Não é fácil sentir as dores do aperto de Suas mãos quando se faz necessário, mas o final é o alívio de ver que é possível, em Deus, ter um caráter moldado de acordo com os princípios do Reino. Esta é a única forma de vivermos na Sua plenitude e no Seu amor. Deus e nós amamos você! Continua na próxima semana.
 
Compartilhar: Qual destes dois filhos representa você e qual você quer ser. Você já entregou a sua vida ao Senhor Jesus, já o confessou como teu salvador? É agora!
 
No amor de Cristo!
 
Pastores Eliezer e Zenita C. Moreira e Zenita
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