Perdoai-vos Uns aos Outros no Senhor

 
Texto – Mateus 18:23-35 

Nesta parábola Jesus nos ensina lições importantíssimas sobre o perdão. Muitas pessoas vivem debaixo de um jugo pesado na alma, nos seus relacionamentos e na vida espiritual, pelo simples fato de reterem o perdão, guardando assim magoas e amarguras no coração.

 
Por que devemos e precisamos perdoar? 

 Primeiro: Porque a nossa dívida para com Deus era infinitamente maior do que a dívida de alguém para conosco – “E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos… Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves” (Mat 18:24 e 28)

O homem que devia ao rei representa cada um de nós. A dívida dele era altíssima, totalmente impagável. Um talento valia seis mil denários, sendo um denário referente a um dia de trabalho. Baseado no salário mínimo da época, aquele homem levaria em torno de 164 anos para pagar toda a sua dívida, isso se ele usasse todo o seu salário só para pagar. Essa era, figuradamente, a nossa dívida para com Deus. Mas Ele nos perdoou por causa do Seu grande amor para conosco.

 A única coisa, porém, que Deus requer de nós é que tenhamos para com os outros o mesmo espírito perdoador que Ele teve para conosco. Aquele homem da parábola, infelizmente, não fez assim. Saindo do lugar onde havia sido perdoado encontrou alguém que lhe devia uma soma irrisória comparada ao montante da sua dívida para com o rei. Cem denários era o valor, referente a cem dias de trabalho (três meses e dez dias). Apesar de tão pequeno o valor, ele exigiu que fosse paga toda a dívida não demonstrando compaixão. Isso representa a dívida de alguém para conosco, que sempre será, aos olhos de Deus, infinitamente menor do que a nossa própria diante dEle. Não importa o que tenham feito contra nós, sempre será menor e sempre estaremos devendo perdão e amor às pessoas, pois é impossível pagar aquilo que Deus fez e faz por nós.
 

Segundo: Porque o perdão é fruto da compaixão divina; e a não liberação dele, é fruto de um coração endurecido –  “E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida… Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida.” (Mateus 18:27 e 30).

O rei foi movido por íntima compaixão e por isso perdoou a dívida. O perdoado, porém, simplesmente não quis perdoar igualmente a seu próximo. Um teve compaixão, o outro endureceu seu coração e não quis fazer o mesmo. A compaixão é um dos sentimentos mais fortes descritos na Bíblia. Todas as vezes em que Jesus se moveu de íntima compaixão, algum milagre aconteceram. Exemplos: Mateus 9:36; Mateus 14:14; Marcos 5:19; Marcos 6:34; Marcos 8:2; Lucas 10:33; João 11:33.
 
Em contrapartida, “não querer” fazer algo de bom em favor de outra pessoa revela um coração que ainda não conheceu a “compaixão” de Deus. Quando somos perdoados por Deus, mas não queremos perdoar aos outros, estamos demonstrando a mesma ausência de compaixão divina em nossos relacionamentos. As conseqüências disso veremos logo a seguir.

Terceiro: Porque não podemos fazer do nosso coração uma prisão
“E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida… Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida.” (Mt 18:27, 30). O rei soltou e mandou embora seu devedor, perdoando-lhe a dívida. Este saiu e mandou prender a quem lhe devia. Um solta e o outro prende.
 
Quando perdoamos liberamos as pessoas que estavam aprisionadas em nossos sentimentos; quando não perdoamos, continuamos sofrendo a cada dia as lembranças amargas da ferida sofrida. A ausência do perdão transforma o nosso coração num verdadeiro cárcere, acumulando pessoas, fatos e sentimentos amargos.
 
Continuamos levando os nossos ofensores no coração cada vez que acordamos pela manhã, durante o dia e ao nos deitarmos. Eles estão presos em nossas lembranças, atormentando-nos e tornando a nossa vida infeliz. Mas quando perdoamos, abrimos a cela do nosso interior e os deixamos ir. Enquanto os libertamos, promovemos a nossa própria libertação.
 
Quarto:
Porque o perdão só depende de nós e é incondicional“E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida… Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida.” (Mateus 18:27, 30

O rei que perdoou a dívida era livre para não depender da atitude do outro. Ele perdoou porque quis perdoar e não porque o outro tivesse feito algo por merecer. Seu perdão foi incondicional e só dependia dele mesmo. No outro caso, o segundo devedor foi lançado na prisão “até que saldasse a dívida”. Nesse caso, a liberação dessa vida dependia de seus feitos: o pagamento da dívida. Sua liberação não era incondicional, mas tinha de sujeitar-se à condição de quitar sua pendência.
 
Vemos então que no primeiro caso tudo dependia do credor, no segundo, dependia do devedor. Isso nos ensina que não precisamos depender do arrependimento do outro ou do seu pedido de perdão, para liberarmos perdão. Podemos fazer isso a qualquer tempo e para qualquer um. Só depende de nós. O contrário disso, torna-nos eternos reféns de outra pessoa. Se perdoarmos, ficarmos livres e liberamos a outra pessoa de uma prisão espiritual.
Quinto: Porque o perdão nos livra dos atormentadores – “E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida.” (Mateus 18:34).
 
Quando os servos do rei contaram-lhe da atitude não perdoadora daquele a quem o rei havia liberado, todos entristeceram-se muito, e logo foi ordenado que aquele homem fosse entregue aos verdugos (atormentadores) até que pagasse toda a dívida. Vemos então, que a entrega aos verdugos não se deu pela dívida em si, porque esta já estava perdoada, mas pela atitude não perdoadora que teve. Aquele que não perdoa vive em grandes conflitos internos. Os atormentadores da alma se posicionam para agravar o sentimento de culpa, a mágoa, a revolta, a indignação, a vergonha, etc. Mas os que perdoam, experimentam o gozo da liberdade.
 
Os atormentadores não tem acesso aos corações compassivos e perdoadores, haverá cura interior, libertação e serão conservados em perfeita paz em todo tempo.
 
O perdão traz alívio e sossego para a alma aflita. Ele revela o amor de Deus e por isso é tão poderoso para quebrar com todo argumento, pois cura a alma trazendo libertação na vida de quem perdoa, pois este joga todo o lixo para fora.
“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” (Efésios 4:32 ).
 
Nesta palavra de hoje vimos à importância de recebermos e liberarmos perdão. O perdão é a porta para a cura e a libertação, ficamos livres. O perdão também e o caminho para recebermos o perdão do Pai e não sermos atingidos por Satanás. No momento em que cremos em Jesus Cristo como nosso redentor, Salvador e Senhor, nesta hora recebemos o perdão do pecado que nos separava de Deus. A cada momento que pecamos e nos arrependemos somos perdoados. Falando nisso, você já entregou a sua vida ao Senhor Jesus para receber a salvação? Se não, gostaria de faze-lo agora? Confesse a Jesus Cristo com teu Senhor e salvador e serás salvo!!!
 
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  1. . Você tem experimentado do perdão de Deus na sua vida?
  2. Como você se sente depois que se tornou cristão?
  3. Você já conseguiu perdoar àqueles que te feriram e te magoaram? Quer ajuda?
 
Líder não force, apenas faça a sugestão, deixe a pessoa a vontade) ore abençoando a todos.
 
No amor de Cristo!
 
Paistores Eliezer e Zenita C Moreira

 

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