I Timóteo 5:8; Gênesis 28:14; Deut. 7:4-9
Quero ilustrar uma história do Apóstolo Renê para vocês. Ele tinha um cachorrinho muito bonito e engraçado, mas que era extremamente indisciplinado. Um dia Deus disse que ele deveria discipular o cachorro. Então, ele decidiu treiná-lo, fazê-lo comer na hora certa, ensiná-lo a fazer as necessidades fisiológicas no lugar correto. O tempo passou e ele o ensinou também a afirmar com a cabeça positiva e negativamente. Ele discipulou o seu cachorro, incrível, não!
Isso me fez ver e descobrir que o discipulado é possível para todos, até para animais. Se você quer uma família maravilhosa precisa discipular a sua família. Não existe um discipulador melhor para a família do que os patriarcas (pai e mãe ou os filhos mais velhos) da família.
O melhor discipulado para a sua casa é o que você realiza na família. Há pais esperando que os filhos fiquem bonzinhos ou que melhorem por causa do discipulado de outras pessoas, é claro que haverá resultados positivos, mas vai demorar. Deve começar em casa. Os filhos em primeiro lugar, são de responsabilidade dos pais.
Assumindo o princípio do sacerdócio
Se você deseja, dentro da família, ter um cônjuge amoroso, então discipule-o. Não ande de cara feia, fechada por causa de algumas situações que não o agradam, pelo contrário, aprenda a elogiar. Dentro da família, os cônjuges devem elogiar um ao outro, dar voz de valor para obter respostas agradáveis.
O melhor lugar para se gerar e formar discípulos é dentro de casa, na família. A Igreja é uma referência de continuidade, mas o lugar para gerar discípulos é em casa. É possível marido discipular esposa, esposa discipular marido, pais discipularem filhos, tanto no aspecto familiar como espiritual e emocional. É uma consolidação sobrenatural.
Não há nada mais saudável para uma esposa do que acordar de madrugada e encontrar o marido lendo a Bíblia e, ao vê-la, convidá-la a orar a Palavra para que se cumpra dentro do lar. Infelizmente, isso ainda não é um hábito saudável em muitas casas nem na família de muitos, mas acontecerá.
Imagine uma casa onde o casal ora junto, os pais oram com os filhos, os filhos com os pais… O resultado será extraordinário. Muitos querem respostas e conquistas sem plantar sementes, por isso nunca alcançam o que esperam. Não há respostas e conquistas para aqueles que não geram no reino do espírito.
Ninguém que assume o princípio do sacerdócio deixa de prosperar, tanto o sacerdote como a sacerdotisa e, assim o casal. O problema é que existe muita dissimulação no seio da família. Há muitos que são apenas religiosos. Há até aqueles que trazem a família para a Igreja, porque não querem levar ao Shopping, para não gastar. Não vêem a família como um investimento.
Se o marido levar a sua família ao Shopping terá de administrar os filhos querendo brincar, comprar, a mulher que reivindicará o vestido, a roupa nova. Isso acontece porque o lugar para onde vamos desperta o nosso desejo. Se você levar a família para a praia, o normal é que queiram mergulhar, se levar a uma churrascaria, imaginem o que eles vão querer e assim sucessivamente, porque o lugar que freqüentamos despertará desejos em alguma área. Desenvolvemos o desejo naquilo que estamos envolvidos.
Talvez você se pergunte por que os seus filhos ou o cônjuge não têm prazer, desejo em vir à Igreja. É porque existem duas pessoas, a da Igreja e a de casa. Todo discurso da Igreja que é para despertar o desejo do Reino e viver em casa, os filhos e o cônjuge vêem que há uma discrepância na pessoa de casa e na pessoa da Igreja, não são os mesmos com os quais eles convivem dentro do lar. Isso para eles é uma mentira de comportamento.
Deus, porém, quer que sejamos o mesmo em casa e na Igreja, na Igreja e em casa. O discipulado deve começar em casa e se estender até a Igreja. Este dia chegará. Não podemos estar na Igreja por falta de alternativa, mas por desejo. Precisamos amar o Altar do Senhor, a Casa de Deus.
Igreja, lugar que gera transformação
O Altar nos liberta, cura e transforma. Vir à Igreja deve ser prazeroso para toda a família. A Igreja é o lugar que propõe mudança de vida e essa mudança precisa ser visível, todos precisam ver essa realidade, principalmente a família.
Os filhos precisam pedir aos pais para irem à Igreja por saber que na Igreja, na Casa de Deus, a família é liberta, curada, transformada e feliz. Os filhos são a nossa herança. Eles precisam ver resultados positivos dos cultos que participamos, das reuniões de células, das reuniões de 12.
É maravilhoso um cônjuge pregar aquilo que vive e que não vai de encontro a sua essência. Não adianta querer consolidar tanto sem ver o caráter da família sendo aprovado não apenas na Igreja, mas principalmente dentro de casa.
A Igreja deve proporcionar a você uma família nova, pois é o lugar de formar opiniões espirituais, de ordenar as pessoas ao nível de vida que as pessoas precisam ter em Cristo, na família e perante a sociedade. Se a Igreja não conseguir cumprir o seu papel, ela não está fazendo o que Jesus ensinou. A Igreja deve tocar na comunhão divina entre você e Deus, você e a família, você e a sociedade. Se ao sair da Igreja você não muda e leva o mesmo nível de vida de antes, você é apenas um religioso. Mas, se você é crente em Jesus, nascido de novo, tem a obrigação de mudar de vida.
Seus filhos precisam saber que quando os pais oram, buscam a Deus, as coisas acontecem no lar porque o Reino de Deus é estabelecido, sim, onde há concordância, amor e respeito, há resposta. A família precisa dessa segurança, gere-a na família.
Tomando a Bíblia como parâmetro
Precisamos estabelecer o sacerdócio. A Bíblia é um livro de parâmetros espirituais, de confrontação. Quando lemos a Bíblia, somos lidos por ela. Quando abrimos a Bíblia, ela nos abre. Quando experimentamos a Bíblia, ela nos experimenta. Quando entramos na Bíblia, ela entra em nós. Quando nos aproximamos da Bíblia, ela se aproxima de nós. Quando nos afastamos da Bíblia, ela se afasta de nós porque a Bíblia, a Palavra e Jesus são a mesma coisa, a mesma pessoa.
A Bíblia deve mudar a nossa vida, deve afastar-nos do pecado. Deus fala conosco através da Palavra. Não há como a família ler a Palavra e não ter o princípio revelado. Somos chamados para viver os princípios bíblicos. Você é chamado para ser abençoador da família, um verdadeiro filho de Abraão e de Sara. Não vale a pena ser um mero religioso, até o ateu é religioso naquilo que acredita ser verdadeiro. O crente deve andar como tal. O crente deve ser um homem de Deus, uma mulher de Deus. Precisamos saber quem nós somos no Reino e o que podemos no Reino. Continua… Fonte Mir