Todos nós nascemos com uma necessidade básica de aceitação e amor incondicional. Desde crianças buscamos ser aceitos pelas pessoas que julgamos serem importantes para nossa vida. Os filhos, desde pequenos, buscam a atenção dos pais: "Pai, veja o que eu consigo fazer; mãe olhe o desenho que pintei; já coloquei a roupa, você acha que ficou bonito?”
Isto reflete esta necessidade e revela como ela é profundamente importante para todos nós.
É interessante notar o comportamento das crianças porque estes mesmos comportamentos são reproduzidos na vida adulta. Por exemplo, uma criança pode ser muito competitiva buscando ganhar sempre nos jogos infantis, terminando suas tarefas primeiro, "saindo na frente" em muitas coisas. Outra pode ser o oposto, se isolando, fazendo o contrário do que as outras estão fazendo, porém, estas são duas formas diferentes de comunicar a mesma coisa: Preciso ser aceito!
Aceitação e amor incondicional fazem parte das necessidades mais básicas do ser humano. No mundo em que vivemos, recebemos sempre a mensagem de que se tivermos uma boa aparência, bom desempenho, status social, boas condições financeiras, conseguiremos ser alguém. E todos entram nessa corrida.
É muito comum ouvir jovens dizerem: eu quero ser alguém na vida! Parece que a vida está dividida em dois grupos: os que "conseguem" e os que "não conseguem". Os que "não conseguem" vivem debaixo de um peso enorme de frustração e sentimentos de impotência e incapacidade enquanto aqueles que "conseguem" percebem que, na essência, nada mudou. Estarão sempre em busca de conseguir algo mais e sempre haverá outros que estão acima deles. Nesta área não importa o teto que estabelecemos para nossa aceitação, ele facilmente desmorona sob a pressão da rejeição ou crítica da autocondenação.
Na verdade, não conseguimos fazer nada que nos qualifique a receber amor incondicional e voluntário.
Mesmo que conseguíssemos viver de forma impecável, ainda assim a rejeição bateria à nossa porta. Jesus viveu de forma impecável e todos o rejeitaram.
A rejeição é uma das experiências mais marcantes e dolorosas que enfrentamos na vida. Se por um lado a mensagem de Deus é amor e aceitação, por outro, a mensagem do diabo é a rejeição. Ele tenta comunicar esta mensagem ao longo da nossa vida de formas muito sutis:
Através dos pais – Os pais que não tem entendimento de Deus podem freqüentemente ser instrumentos para comunicar rejeição através de ações (palavras que destroem a identidade, atitudes brutas, espancamento, discriminação, diferenciação entre filhos, abandono, quando os filhos são criados por outras pessoas) ou omissões (falta de amor, atenção, carinho, cobertura espiritual, tempo junto, apatia e indiferença de forma geral).
Através de autoridades (professores, patrões, marido).
Fracassos (os nossos fracassos podem resultar em maturidade ou em rejeição).
Traumas (morte de um ente querido, acidente que deixou seqüelas físicas, estupro, traição, perdas financeiras significativas, calúnia e difamação).
De uma forma ou de outra, todos nós fomos marcados por rejeição e ela certamente tentou deturpar nossa identidade nos afastando de Deus. O diabo é o maior interessado em transmitir rejeição para nossa alma, porque a intenção principal é plantar em nossos corações a mentira de que Deus não nos ama e também não nos aceita, a mentira de que Deus nos rejeitou e por isso sofremos o que sofremos. Esta mentira está tão infiltrada no coração humano que poderíamos traduzir muitas orações feitas na igreja com a seguinte frase: Por favor, me aceite!
Pessoas orgulhosas, competidoras, manipuladoras, maliciosas, caluniadoras, ou isoladas, cheias de autopiedade, que se sentem vítimas o tempo todo, que estão constantemente se decepcionando com outras, pessoas amargas, rebeldes e críticas são, invariavelmente, centradas no seu ego.
É a reação da alma humana tentando se proteger e buscando aceitação fora do amor de Deus. Estas pessoas ainda não aceitaram a mensagem do amor incondicional de Deus. Em Cristo somos aceitos e amados e esta verdade será a base para o nosso relacionamento com Deus e com as outras pessoas. Precisamos nos arrepender e abandonar todos os frutos produzidos pela rejeição. Vejamos alguns:
A malícia é um comportamento iníquo que tem a sua origem geralmente quando nos sentimos inadequados ao vermos que outras pessoas têm algo de que necessitamos desesperadamente para nos sentirmos realizados. A pressão para sermos iguais aos outros é tão poderosa e a busca pela aprovação é tão dominante que alguns chegam a comprometer os seus princípios morais mais básicos para ganhar aceitação dos outros. Quando isso falha eles invejam aqueles que parecem ter o que eles não têm, e então a conseqüência natural é tentar derrubar estas pessoas para que elas cheguem ao seu próprio nível.
Isto reflete a necessidade humana buscando: importância e aceitação fora de Cristo.
A autopiedade acontece quando as pessoas idolatram os seus problemas e sentem pena de si mesmas, pois, se vêem como vítimas, falam dos seus problemas o tempo todo, são amarguradas e críticas. Tais pessoas não conseguem olhar para si mesmas, reconhecendo suas falhas se arrependendo e buscando um relacionamento saudável com Deus e com os outros. Usam a figura de vítimas para fazer com que as outras pessoas as amem e as aceitem, mas a única coisa que conseguem é a piedade, por fim acabam sozinhas, pois ninguém gosta de conviver com alguém que só fala dos seus problemas.
Toda pessoa orgulhosa é, na verdade, uma pessoa insegura quanto ao amor de Deus. Ela tem a necessidade de mostrar a todos, em todo tempo, quão boa é, como está acima da média, como consegue realizar coisas, etc. O orgulho é a tentativa da carne de encontrar valor e importância fora de Jesus. Quando temos uma experiência real com Cristo, entendemos que, sem Ele, nada somos e Nele, tudo somos. O processo de orgulho certamente nos leva a muitas frustrações, disso resulta o orgulho ferido.
São pessoas tentando provar para si mesmas e para os outros que são capazes de realizar, de conquistar, de vencer na vida, de serem admirados pelos outros, etc. O orgulho ferido muitas vezes se torna uma poderosa fonte de motivação.
Muitas pessoas estão, inclusive dentro da igreja, fazendo a coisa certa com a motivação errada. Pessoas rejeitadas e com orgulho ferido se tomam tremendamente competidoras.
O mundo, as pessoas e circunstâncias constantemente se erguem como ameaças e a vida se torna muito difícil.
Não há necessidade de competição.
Quando você sabe quem é em Cristo, não precisa mais se sentir ameaçado pelas pessoas ou ter que competir com elas. Você está seguro e é amado. A bíblia nos ensina que nada poderá nos remover do amor de Deus em Cristo. Quando recebemos o amor de Deus em nosso coração entramos num estado de grande paz e segurança.
Não precisamos tentar ganhar o amor de Deus, fazendo coisas para que Ele nos aceite. O que somos deve determinar o que fazemos e não o contrário. As nossas ações e palavras devem ser uma reação ao amor de Deus por nós, e não uma e tentativa de ganhar o seu favor. Quando este amor entra em nossa vida, ele será a base para nos relacionarmos com os outros. Romanos 15:7 diz: "Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu, para glória de Deus."
As nossas necessidades de aceitação e de sentir que pertencemos a um grupo, são necessidades legítimas, elas são dadas por Deus, mas se tentarmos supri-las independentemente de Deus estaremos condenados a colher todos os problemas de uma vida centrada no ego. Não importa qual foi o cenário da sua vida passada, quero te encorajar a mergulhar no amor de Deus e se sentir amado, aceito, seguro, unido a Deus através de Cristo e desfrutar da bênção de sua nova vida.
4) Colossenses 1:14. (Fui redimido e perdoado de todos os meus pecados).
"Querido Pai Celestial, eu chego à tua presença em nome de Jesus e peço que Tu abras os meus olhos e o meu entendimento para receber plenamente o teu amor e a tua aceitação. Eu lanço fora da minha vida toda mentira e influência que questionam o teu amor e me levam a buscar aprovação. Escolho crer que sou plenamente aceito em Cristo. Peço que me sustentes quando enfrentar rejeições humanas e me capacite a suportar todas as pressões que querem comprometer a minha fé.
1. O que é ser amado e aceito por Deus incondicionalmente?
- Você crê que o amor de Deus nos capacita a vencer toda e qualquer rejeição? Porque?
- Por que não temos necessidade de competir uns com os outros?
- De que maneira o amor de Deus pode transformar seus relacionamentos?