Efésios 4:11-16
Hoje vamos falar sobre algo de total importância para a nossa realização como pessoas e como igreja: o sentimento de pertencimento. Este sentimento é algo que não nasce na alma, mas sim no espírito, porque está relacionado ao propósito da criação.
Ler Sl. 24:1 – ao Senhor pertence a terra e tudo que nela se contém, o mundo e os que nele habitam.
Ler Sl. 50:11 – conheço todas as aves dos montes e são meus todos os animais que pululam no campo.
Ler Jo. 6:39 – e a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos que o Pai me deu, pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia.
O sentimento de pertencimento está na relação, desejada e criada, entre Deus e os homens. Cântico 6:3 diz; Eu sou do meu amado, e ele é meu.
A ideia original do Criador é que pertençamos a Ele e que Ele pertença a nós, não numa relação de mera posse, mas de uma entrega mútua em amor e fidelidade.
Esta relação entre Deus e o homem existia no Éden, até que veio o pecado e desordenou os pensamentos e sentimentos do homem, rompendo os vínculos de confiança e pertencimento, e levando o homem a uma busca autossuficiente da própria sorte.
Vejamos alguns efeitos desta perda sobre áreas da vida:
Uma marca característica deste trauma se verifica no comportamento da sociedade atual. Muitos acusados pela culpa trazida pelo pecado, não conseguem confiar em Deus, no seu amor e perdão e em sua capacidade de nos guiar e governar. Um exemplo claro disto, é a dificuldade que muitos tem de se deixarem conduzir e cuidar (discipulado x autossuficiência humana).
Muitos não conseguem amar e confiar em Deus o suficiente, para se entregarem ao amor e ao cuidado dEle. Até hoje o homem continua fugindo de Deus, como fez Adão.
Este trauma espiritual e psicológico alcança também a família. Se não houver uma entrega mútua em amor e fidelidade, entra a divisão, o conflito e o divórcio. Nossa mentalidade no casamento é de que pertencemos um ao outro, pela decisão de vivermos em aliança. Isto envolve espírito, alma e corpo.
Ler I Co. 7:4 – a mulher não pode dispor de seu próprio corpo, ele pertence ao seu marido, e da mesma forma o corpo do marido pertence a sua esposa (pertencimento mútuo).
A esquizofrenia espiritual trazida pelo pecado, faz com que os jovens de hoje neguem sua origem, sua família (uma boa parte dos adolescentes e jovens de hoje, tem como meta deixarem seus pais para morarem sozinhos, antes mesmo de se casarem invertendo a ordem estabelecida por Deus (por isso deixará o homem o seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher…).
Este fenômeno se repete na igreja, quando alguns prejudicados em sua saúde espiritual, deixam na igreja, seus pais biológicos e espirituais, para irem em busca do desconhecido. Não será o propósito de Deus que as famílias estejam unidas na igreja, adorando e servindo a Deus? Ou será que o desejo de Deus é que cada um da família esteja num ministério??
Apelo para o seu discernimento!
O sentimento de pertencimento é um estado de paz, onde eu me sinto amado, suprido, protegido e útil onde eu estou (na família, na igreja ou numa empresa). A auto suficiência é destrutiva, mas a unidade produzida pelo pertencimento, edifica a família, a igreja e a sociedade.
Ler o vs. 16 de Ef. 4 – O aumento e a edificação do corpo, depende da cooperação de cada pessoa que se sente parte dele.
Ex 1: A consolidação dos novos, feita por cada um, mas também pelo todo.
Ex 2: Quando é necessário o levantar de uma oferta para a reforma, ou compra do Templo. O pertencimento a alguns parece prender e limitar, mas o pertencimento me protege, desenvolve e faz crescer.
Precisamos desenvolver vínculos de amor e de pertencimento, para que possamos dar fruto como nos revela o Salmos 1, onde as folhas permanecem verdes e o fruto vem na estação própria, porque a raiz está bem firmada na terra.
Todos repetirem em voz alta, num ato profético que nos trará cura e edificação.
Eu pertenço a Deus (sou do meu Amado Jesus)
Eu pertenço a uma família. Eu pertenço a igreja. Eu pertenço a uma visão.
Orar pelo sentimento de pertencimento na vida de todos os discípulos.
No amor de Cristo!
Aps. Fabio e Claudia Abbud