Curso para diáconos

Regulamento do curso para diáconos

 (A palavra aqui é genérica referindo-se tanto a homens como a mulheres)
 
Ore e interceda por esse trabalho, pelos ministrantes, que tem se disposto e ser dedicado nesta obra e pela administração da mesma. Este curso visa ensinar as pessoas que tenha um chamado ministerial, para que possam servir a Deus dentro do padrão estabelecido pela palavra de Deus , auxiliando nos cultos e eventos .Sendo um curso obrigatório para aqueles que aspiram o diaconato, sendo assim devem respeitar e acatar na integra o regulamento abaixo relacionado
 
O mínimo necessário para iniciar e desempenhar o diaconato.
 
1º Idade mínima 18 anos de idade
2º Ser dizimista e ofertante fiel
Obs. A freqüência será um dos principais requisitos a serem observados. Evite faltar, pois alem de perder as ministrações e atuações você estará sujeito a ser excluído do diaconato
Se tiver dúvidas, dificuldades ou problemas, fale diretamente com seu líder ele estará a sua disposição.
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE DIACONIA
 
1. QUALIFICAÇÃO PARA UM DIÁCONO
A palavra Diácono deriva-se do grego “diakonos”, muita vezes traduzida por ministro ou servo. Ocorre 30 vezes no Novo Testamento. Basicamente, “diakonos”é um servo, assistente ou servente de mesa.
 
Cl 1:7,23-25 – Paulo descreve Epafras como Diácono de Cristo, e a si mesmo como Diácono do evangelho e da igreja. No Novo Testamento há uma conexão com o suprimento de necessidade e de serviços materiais (Rm 15:25 e II Co 8:4).
 
Jesus Cristo veio para servir (Mc 10:45 e Lc 22:26).
O Senhor [e portanto o Diácono por excelência, aquele que serve à mesa e a seu povo.
Para ser um Diácono é necessário ter recebido Cristo como Salvador, ser batizado e aceitar a declaração de fé da igreja.
 
Atos 6:3 – “Escolhei pois irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.
Temos a mesma meta; escolher varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria os quais podem tomar parte deste importante ministério.
 
 Homens de boa reputação – que tenham bom testemunho dos de fora.
 Cheios do Espírito Santo e sabedoria – homens batizados com o Espírito Santo, que vivam na sua plenitude.
           
Nada melhor do que a palavra de Deus para estabelecer critério quanto a escolha de homens e mulheres qualificados para este abençoado ministério. Paulo há mais de 1900 anos, recomendou a Tito que fosse de cidade em cidade e estabelecesse Presbíteros. O conjunto dessas qualidades que Paulo citou como parâmetro nos fornece o perfil do Diácono (Tito 1:5-16).
 
Versículo 6
Irrepreensíveis – (do grego anepileptos) homens corretos em suas atitudes. Deve ser bom pagador de contas, responsabilizar-se pelos compromissos, ser íntegro. Um oficial não pode ser caloteiro, trapaceiro, mas irrepreensível em tudo.
 
Marido de uma só mulher – não pode ter a fama de namorador (quando solteiro) ou infiel à esposa. Ele tem que ser imune a concupiscência da carne e dos olhos. Não lança olhares para uma mulher. Jesus disse que adulteramos só com o olhar impuro. Obs. no contexto de época, aquele que chegava na igreja casado com mais de uma mulher, não podia exercer ministério.
           
Não deve ser acusado de dissolução – perversão de costumes, devassidão, dissolvência, corrupção e teimosia. O Diácono obedece a palavra, não é dissoluto e obedece hierarquicamente os seus superiores. A autoridade espiritual deve ser conhecida por todos os oficiais. O Diácono deve se sujeitar em amor ao Presbítero, Pastores e ao Pastor Presidente. Deus se agrada quando não ultrapassamos a autoridade que nos foi confiada.
 
Versículo 7
Não soberbo – sentir-se mais elevado (altivo) que o outro. Não pode existir o sentimento de que um é melhor que o outro. Em nosso trabalho não pode haver rivalidades. A soberba precede a ruína (Pv 16:18). Outras referências Sl 19:13, Pv 11:2, Pv 29:23).
           
Não iracundo – (do grego orgilos) pessoa propensa à ira, enfurecida,. No nosso palavreado não pode existir “tenho raiva de fulano”.
           
Nem dado ao vinho – o homem que é dado ao vinho perde facilmente o controle.
           
Nem espancador – (do grego plextes) inclinado a discutir, aquele que revida ao que o ofendeu. Aquele que persegue aos que lhe fazem mal. A Bíblia diz “abençoai aos que
vos maldizem. A vingança pertence ao Senhor”. Se nós reagirmos contra uma pessoa, o Senhor não age com ela. Bom é vermos o Senhor agir, porque Ele faz tudo perfeito. Não espancador dos filhos, etc.
           
Nem cobiçoso de torpe ganância – ambição de ganho, ambição desmedida. Há muitas pessoas que começam trabalhando com interesse de posição, de sobressair e não com o propósito de glorificar o nome do Senhor. Essas pessoas não vão muito longe, perdem logo o entusiasmo ou são logo conhecidas pelos seus interesses. O que fazemos é para o Senhor e não para o nosso próprio lucro (Hb 13:5 e I Pe 5:2).
 
Versículo 8
           
Dado a hospitalidade – Ser hospitaleiro sem murmuração (I Pe 4:9 e Rm 12:13).
           
Amigo do bem – (do grego philagattos) ama a benignidade. Não deseja mal a ninguém. É benigno. Não age premeditando o mal para destruir o outro.
           
Moderado – (do grego sephon) boa mente, discreto, sóbrio, não vive de entusiasmo passageiro, mas é guiado pela direção do Espírito (Tg 3:12-17, II Tm 4:5, I Pe 4:7 e I Pe 5:8).
           
Justo – (do grego dikaios) pratica a justiça de tal maneira que o outro se constrange pela sua ação.
        
Santo – (do grego hosios) santidade é o modo de vida. Muitos pensam que jejuar e orar os tornam santos, isto é consagração. Outros pensam que é o modo de se vestir. A santidade está na nossa maneira de agir diante de Deus e dos homens (II Pe 1:5, I Tm 2:8, Lv 20:7, I Co 6:2 e Ef 5:27).
           
Temperante – possui domínio do próprio, controle sobre o seu gênio. É dominado pelo Espírito. Deus muda nosso temperamento. Quantas vezes, em determinadas circunstâncias vêm à nossa mente alguns pensamentos e a vontade de abrir a boca e falar, mas quando sujeitamos a Deus, Ele nos muda e nos lembramos de sua palavra que nos ajuda a agir. Pv 16:32 – “É melhor o que domina o seu espírito do que o que toma uma cidade”. Um diácono tem que ter domínio do seu gênio, a sua velha natureza tem que ser cortada. O que tem de ser visto é a nova criatura.
 
Versículo 9
           
Retém firme a fiel palavra – reter, manter firme, não deixar escapar da mão a Palavra. Guardar a Palavra no coração para não pecar contra Deus. O oficial necessita intensamente de ler a Bíblia todos os dias. A palavra tem que ser abundante no seu coração, transbordante em sua vida. Temos que falar a Palavra (Pv 3:18, Sl 119:97).
           
Conforme a sã doutrina – doutrina é a palavra de Deus e não os costumes.
         
 Assim ele será poderoso – poderoso, aquele que trem autoridade na sua própria vida.
           
Poderoso para exortar – é convencer os contradizentes, temos que exortar em amor os incautos (I Ts 5:14).
 
Versículo 10
           
Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores – é provável que surjam homens com tais características no diaconato mas não podemos deixar que tais homens penetrem neste trabalho..
Versículo 11
           
Aos quais convém tapar a boca, homens que transformam casas inteiras ensaiando o que não convém, por torpe ganância – devemos ter cuidado com homens que possuem ganância de poder, pois se não buscamos a Deus, seremos enganados por esses. Paulo teve autoridade do Espírito para que tais homens não atrapalhassem a obra de Deus na sua época. Paulo foi o apóstolo que escreveu I Co 13 que fala do amor.
 
1 Tm 1:20 – “E entre esses foram Himineu e Alexandre, os quais entreguei a satanás, para segundo as suas obras”.
           
II Tm 4:14 – “Alexandre, o latoeiro causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras.”.
           
Muitos não tem autoridade do Senhor para tapar a boca de homens assim e não tem autodomínio para evitar falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade (II Tm 2:16).
 
Versículo 15
           
Todas as coisas são puras, mas nada é puro para os contaminados e infiéis – antes o seu entendimento e consciência estão contaminados. São homens e mulheres que não visam a obra de Deus e sim próprio interesse.
 
Versículo 16
           
Confessando que conhecem a Deus mas negam-no com as obras, sendo abomináveis e desobedientes, reprovados para toda a sua obra – temos que discernir quem são homens que dizem que conhecem a Deus, têm aparência de homens espirituais, supõem saber a Bíblia de cor têm visões, mensagens proféticas para outros, dizem que sentem isso e aquilo, que Deus mandou-os dizer isso ou aquilo e negam com suas atitudes. Aqueles que servirem bem como oficiais, adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus. Porque o trabalho da diaconia é o trabalho da igreja de Deus (II Tm 2:13-15).
 
2. Dízimos
2.1. No antigo testamento temos duas palavras:
           
Asar – dez, décima parte. Com o sentido de dízimo aparece por sete vezes:
Gênesis 14.20; Deuteronômio 14.22; 26.12; I Samuel 8.15,17; Neemias 10.37-38. A raiz original desse termo significa: acumular, crescer, ficar rico.
           
Maaser – décima parte. Palavra usada por trinta e duas vezes, conforme se vê em Gênesis 14.20; Levítico 27.30-32; Números 18.24-26; Deuterônomio 12.6,11,17; II Crônicas 31.5,6,12; Neemias 10.37-38; Amós 4.4; Malaquias 3.8,10.
 
2.2. No novo Testamento há duas formas verbais e uma nominal:
           
Dekatóo – dar uma décima parte, dizimar, que aparece somente por duas vezes: Hebreus 7.6-9.
Apodekatóo – dar uma décima parte, dizimar, e que no grego é uma forma composta da primeira, e que figura por três vezes: Mateus 23.23; Lucas 11.42; Hebreus 7.5.
Dekáte – décimo, uma forma original, usada em hebreus 7.2,4,8,9.
Através das antigas alusões literárias, sabemos que o dízimo existia em muitas outras culturas antigas. sob uma forma ou outra.
           
Coisas que eram dizimadas – Colheitas, frutas, animais do rebanho. Se o produto agrícola fosse substituído por dinheiro, o que era permitido, sofreria um acréscimo de 20%, mas isto não incluía os rebanhos.
           
Os dízimos eram dados a quem : aos levitas, tendo em vista a manutenção dos ritos religiosos (Números 18.21 ss).
 
2.3. Sumário dos regulamentos sobre os dízimos:
        
            * Uma décima parte dos dízimos recolhidos era usado no sustento dos levitas:
            * Disso uma décima parte era dada a Deus para ser usada pelo sumo-sacerdote;
            * Aparentemente havia um segundo dízimo para financiar as festas religiosas.
            * Um terceiro dízimo, ao que parece. era destinado aos menos afortunados da sociedade, o que ocorria a cada três anos.
            * O segundo e o terceiro dízimos, segundo alguns comentaristas, serviam o mesmo dízimo, distribuído de forma diferente.
                     
Lugares para onde eram levadas o dízimo: principalmente a Jerusalém e eventualmente o lugar onde morava, o que não modificava o fato de que deveria se dirigir à Jerusalém para adorar a Deus.
           
Cremos na determinação da Palavra de Deus que devemos devolver ao Senhor, para o sustento de sua casa., 10% daquilo que ele nos dá e que, por direito, é 100% dEle, para que sejamos abençoados.
           
Muitos alegam que a prática do dízimo se restringia ao Antigo Testamento, e que, portanto, hoje, não deve ser usado. No entanto, se examinarmos atentamente os ensinos de Jesus, verificamos que ele disse que não somente deveríamos dar o dízimo de tudo, mas também deveríamos praticar a misericórdia (Mateus 2.23.23; Lucas 11.42).
           
Malaquias 3.10-11 diz claramente que devemos trazer todos os dízimos para a casa do Senhor, para que o Senhor abra as janelas dos céus para derramar suas bênçãos sem medida e para que Ele possa repreender o devorador, para que não consuma o fruto do nosso trabalho.
(um dos requisitos para ser diácono é que o mesmo seja dizimista)
 
3. Visão da Igreja
           
Tendo como regra básica a restauração de vidas baseado no ministério de Neemias, é necessário que o Diácono busque sempre o discernimento do Espírito Santo ao lidar com as pessoas, pois biblicamente a igreja tem o papel de levar a palavra de salvação ao perdido, e também atrair pessoas que em geral nunca participaram de culto ou até mesmo reuniões onde há ordem e decência como no caso de prostitutas, drogados, meninos de rua etc…. Nestas situações se faz necessário uma atitude de amor e compreensão para que estas vidas possam, através de nossas atitudes, sentir o amor de Deus capaz de restaurar e resgatar suas vidas.
           
Em situações como estas caracteriza-se o homem cheio do Espírito, pois na sua preocupação em manter a ordem, permeia suas atitudes de sabedoria, não permitindo que sentimentos de repulsa ou discriminações, possam impedir as pessoas de desfrutar da oportunidade de ter um contato com um Deus, que nos recebe como somos, e que tem um profundo desejo de nos resgatar e reconstruir o que fora destruído (SL. 113.7-8).
           
Desta forma o Diácono deve exercer a autoridade a ele designada com moderação hospitalidade, benignidade ( Tito 1.5-26 ) tendo em vista sempre a Igreja como unidade terapêutica, que conduz a Jesus Cristo os destruídos, amargurados e cativos, para que possam ser transportados das trevas para sua maravilhosa luz.
 
Nossa visão é de uma igreja equilibrada, que cresça espiritualmente, e fisicamente, onde há a manifestação do poder de Deus. Na nossa visão a família é a célula principal, buscamos como uma das prioridades a restauração da família. Nosso encargo é gerar uma igreja de vencedores, onde cada membro seja restaurado, liberto, curado e treinado para ser um ministro (líder de células, um discípulo) e cada casa uma extensão Igreja. Assim espalharemos o evangelho sobre a terra e faremos discípulos de todas as nações em conjunto com outras igreja na visão.
         
 Portanto o papel do diácono e indispensável e importante para o desenvolvimento da obra de Deus. Por isso o diácono deve estar pronto, para dar cobertura nos eventos da Igreja e estar disponível, trabalhando com alegria e amor, de uma forma organizada.
        
Para cumprir a visão que Deus nos deu, necessitará muito empenho de todos, principalmente dos diáconos, visto que os mesmos deverão dar cobertura nos cultos de celebração, nas células, nos eventos das redes, nos encontros, nos seminários, nos congressos, nas vigilias e reuniões. ( ou conforme convocação do pastor) 
Neste ano de 2001 trabalharemos na implantação da visão. Células e discipupado Há muito para se fazer, no espiritual, físico, material, etc. pois nossa meta e termos até 2004 no mínimo uma célula em cada quarteirão do nosso bairro.
 
4. Autoridade Espiritual
Autoridade “Exousia” ( do grego ) – poder oficial, poder delegado por Deus para agir, conforme posição que detém no seu reino.
 
4.1 Autoridade ilustrada pelos membros do corpo
Corpo expressão completa de autoridade:
      • Completa autoridade de cabeça e ampla submissão dos membros;
      • Expressão total de autoridade e obediência;
      • Não existe corpo acéfalo, isto é sem cabeça, sem dirigente;
      • O corpo da Igreja: perfeição de autoridade e obediência e submissão;
 
4.2 Obediência do corpo à cabeça.
  • É coisa mais natural e harmônica;
  • Cabeça e o corpo participam de uma só vida e natureza;
  • Cabeça da instruções e os membros obedecem:
·         Movimentos conscientes. Ex.: mãos, braços:
·         Movimentos inconscientes ( automáticos ). Ex.: respiração, pulsação;
·         Obediência sem conflito, em perfeita harmonia;
 
4.3 Resistir à autoridade delegada é resistir a Deus
·         Resistir à autoridade dos membros, é resistir à cabeça;
·         A função de cada membro é limitada, a do corpo é ampla, os membros se ajudam mutuamente;
·         Nenhum membro pode ser independente, todos trabalham juntos;
·         Não aceitando a função dos outros membros constitui rebeldia total, cada um cumpre a sua parte em unidade e companheirismo em obediência e submissão;
·         Quem tem talento, tem ministério; quem tem ministério, tem autoridade e esta autoridade se manifestará a medida que houver submissão, sem submissão não há autoridade, só se torna autoridade quem é submisso;
 
4.3 A medida da obediência à autoridade
            A submissão é absoluta: relaciona-se com a atitude do coração;
            A obediência é relativa: está relacionada com a conduta;
            Só Deus recebe obediência irrestrita;
            Quem reconhece a autoridade é manso e respeitoso. Exemplo:
      • As parteiras e a mãe de Moisés;
      • Os três amigos de Daniel;
      • Daniel na cova dos leões;
 
Quem reconhece a autoridade, onde vai descobre autoridade;
Manutenção da ordem está em reconhecer a autoridade.
 
4.5 Aqueles a quem Deus delega autoridade
            Jamais tente estabelecer sua própria autoridade;
            Obedecer à Deus é submeter-se à autoridade, executar a autoridade delegada;
            Reconhecer que toda autoridade procede de Deus;
            Negar-se a si mesmo é estar em comunhão com o Senhor;
            Só exerce autoridade quem está sob autoridade;
            Submeter-se à autoridade é submeter-se a Deus;
            Rebelar-se contra os líderes é rebelar-se contra Deus;
 
4.6 Prática
            Orar pelas autoridades constituídas das Igrejas, Cidades, Estados e País;
            Rebelar-se contra as autoridades é rebelar-se contra Deus;
            Deixar de exercer autoridade é tão perigoso quanto se levantar contra a autoridade;
 
5. Postura e Atitude do Diácono
Por isso conforme a cartilha, é necessário que o diácono seja uma pessoa de oração, conhecedora da Palavra de Deus, cheia do Espírito Santo. Para Ter direção e agir conforme a Palavra e assim exercer autoridade sobre o maligno, e saber como agir em situações de emergência, conforme vemos a seguir;
 
O Diácono deve ser o primeiro a chegar e o último a sair da igreja. É sua função zelar pela igreja e pelo culto como um todo, sempre ouvindo e informando, procurando, inclusive, manter o bom relacionamento com os vizinhos da igreja. Sua atitude deve ser de amor, mas sempre com firmeza e autoridade, e estar pronto tanto para pedir que uma pessoa se movimente durante a palavra, como para orar por um enfermo, entendendo que o seu compromisso não é apenas com o Pastor ou Líder, mas sim com o Senhor.
           
No decorrer de suas funções/atividades o Diácono se depara com uma série de situações que exigem um posicionamento, uma tomada de atitude. Estas situações em sua maioria estão descritas abaixo, bem como a visão que o Senhor tem dado a igreja para cada uma delas.
 
5.1 Pessoa embriagada
Lembre-se que esta pessoa está com sua dominada pelo alcoolismo e por demônios e precisa da libertação de Cristo. Não deve ser permitido que se desloque para a frente da igreja, devendo se sentar na última fileira de cadeiras, e, sempre com um Diácono atento a qualquer reação estranha.
           
Se no decorrer do culto, ou mesmo ao entrar na igreja, sua atitude for de escândalo ou escárnio, deve ser conduzido para fora da igreja, de preferência por 2 ou mais Diáconos. No caso de sua atitude ser de calma e tranqüilidade, e, quiser entregar sua vida a Cristo (quando do apelo), ou receber oração, deverá fá-lo acompanhado por um Diácono.
 
5.2 Pessoa endemoninhada
A manifestação demoníaca tem entre seus objetivos escandalizar a igreja, tirando a atenção de Cristo e da Palavra, e também envergonhar a pessoa que está endemoninhada, ocorrendo tanto na hora da oração, como no transcorrer do culto (em especial durante a palavra).
           
Apesar de sabermos que “nossa luta não é contra o sangue e a carne mas contra os principados e potestades nas regiões celestiais”( Ef 6:12 ) no momento inicial poderá ser necessário conter a pessoa no sentido de impedir que o demônio que se manifesta possa feri-la. A ação do Diácono deve ser rápida de moda a:
  • Conter a pessoa (especial cuidado deve ser tomado quando se tratar de uma mulher, se possível que diaconisas façam este trabalho);
  • Sempre que possível remover a pessoa para um local apropriado (conforme orientação do Pastor, líder da pessoa ou responsável pela libertação);
  • Na ausência de outro oficial superior expulsar o demônio na autoridade e em nome de Jesus Cristo (nunca no salão de cultos para não atrapalhar o desenvolver do mesmo);
  • Não permitir que reine o espírito de confusão: somente uma pessoa expulsa!! Os outros líderes e Diáconos devem estar concordando, orando em línguas ou orando ao Senhor para que dê autoridade a quem estiver expulsando;
  • Evitar aglomeração, pedindo a todos que permaneçam em seus lugares, afastando os que não sejam oficiais ( em especial as crianças ). Procure evitar inclusive a aglomeração de oficiais;
  • Acalmar e explicar a situação ( se for o caso ) aos parentes e amigos;
  • Não permita sob nenhuma hipótese que a pessoa endemoninhada seja filmada ou fotografada.
 
5.3 Púlpito
É necessário que o púlpito esteja em todos os cultos suprido de água, guardanapos e óleo de unção. Recomenda-se que se mantenha algum estoque destes itens, sendo que mais de um Diácono deverá ter acesso a eles sendo, muitas vezes necessário a reposição, mesmo durante os cultos.
 
5.4 Boletins
Procure zelar pelos folhetos. Eles não são papel de rascunho e muito menos brinquedo de criança. Lembre-se que cada boletim é uma arma, uma ferramenta de evangelismo preciosa. Recomenda-se, inclusive, que no caso de haverem sobras de semanas anteriores, estas sejam guardadas, pois alguns irmãos os utilizam para evangelismo, não importando a data, mas sim o seu conteúdo. O mesmo cuidado deve também aos envelopes de dízimos e ofertas.
 
5.5 Limpeza
É importante identificar quem é a pessoa encarregada da limpeza pois pode ser necessário, antes ou durante o culto, limpar alguma área da igreja. Se não houver uma pessoa específica na igreja, procure identificar onde se encontram materiais como vassoura, pano de chão, balde e outros. Apesar de aparentemente este item não ser de obrigação do Diácono, se por exemplo alguma pessoa vomitar na igreja, a sujeira deve ser rapidamente limpa de modo a não atrapalhar o culto ou a circulação das pessoas.
Ainda com relação à limpeza, o corpo de Diácono deve zelar para que antes do início dos cultos os banheiros estejam em condições de uso e a frente e a entrada da igreja estejam limpas.
 
5.6 Avisos
Os avisos poderão ser dados de basicamente três maneiras dependendo do porte da igreja: no nosso caso hoje. diretamente através do púlpito ou mural ou pelo retroprojetor, futuro pelo telão,
           
Telão – Este é o mais simples (apesar de menos comuns) onde o aviso é colocado via computador (junto à mesa de som no mezanino) que estará ligado durante o culto, no nosso caso ainda não possuímos este recurso;
           
Projetor – aviso deverá ser escrito no computador para ser projetada. Neste caso sugerimos inclusive que os diáconos levem já escrito em um papel, para que a pessoa responsável naquele dia pela projeção, digite e projete rapidamente.
           
Diretamente – Como o nome já diz, o aviso será passado para quem estiver no púlpito;
Se o volume de avisos for grande deve-se barrar ( filtrar ) este volume especialmente quando a única forma for o aviso direto pelo púlpito. Neste caso não devem ser passados avisos tipo “pessoa procura pessoa / carro estacionado em local proibido”. Toda e qualquer situação que ocorra durante a palavra deverá ser contornada pelos Diáconos (inclusive solicitando ajuda de outros oficiais se for o caso). Neste momento sob nenhuma hipótese serão dados avisos. É de grande importância que os Diáconos façam a triagem dos avisos, evitando os desnecessários, sempre tentando resolvê-los. (Esta situação ocorrerá em breve com o crescimento e multiplicação, seremos muitos…)
 
5.7 Crianças/Adolescentes
Deve-se evitar que crianças fiquem correndo ou gritando na igreja (saguão). No caso de não de ser possível controlar a situação de forma satisfatória localizar os pais. Se no decorrer do culto algum bebê estiver chorando, em excesso, solicitar à mãe que vá com a criança até o berçário ( quando houver ou alguma sala, como a de oração ), até que a criança se acalme permitindo que as outras pessoas assistam o culto. Se for o caso informe que existem classes para as crianças e que o Ministério de Crianças tem pessoas especialmente treinadas para este trabalho, tratando sempre com habilidade e cuidado, para não escandalizar os pais.
           
A ministração para as crianças segue a seguinte rotina: ( para o futuro)
  • Cadastramento e controle das crianças/adolescentes – com um crachá que identifica a data e o culto ( 1º ou 2º – culto de domingo ), se trouxe ou não Bíblia e qual o grupo de atividade A criança tem inicialmente um tempo livro para jogos, brincadeiras e leitura onde convivem uns com os outros.
  • Estudo da Bíblia com tempo de reflexão ou gincana, onde também oram pelos problemas de cada um e pela aula.
  • E no dia de ceia os adolescentes são ministrados no temo a ceia que é servida em classe.
 
5.8 Oração
A não ser que liberados especificamente pelo Pastor que está no púlpito, os Diáconos não estão autorizados a orar pelas pessoas. Quando o momento, durante o culto, não for de oração deve-se evitar inclusive ficar intercedendo de mão(s) erguida(s), pois isto é uma prioridade dos Ministérios de Intercessão e de Libertação e Cura Interior. Nos momentos de oração o Diácono escalado deve orar sempre de olhos abertos, atento ao que acontece à sua volta. Devemos compreender que a prioridade do diácono na Igreja é servir e zelar pelo bom andamento do culto. (exceto quem não estiver na escala daquele dia)
           
Se forem chamadas pessoas para serem ungidas ou receber, os Diáconos devem se dirigir rapidamente ao local, encaminhando as pessoas, organizando fila e se misturando de modo a poder segurar os que caírem pela unção. Os Diáconos devem estar atentos para pessoas estranhas que possam estar orando com imposição de mãos.   ( isso pode ocorrer no encontro ou quando a Igreja for grade com muitos obreiros) Procure saber se a pessoa é oficial; da igreja, e, em caso negativo informe que somente os oficiais estão autorizados a orar. Se mesmo assim a pessoa insistir, comunique imediatamente o caso a um Pastor ou Presbítero, para que seja tomada a atitude necessária. Muito cuidado ao segurar as pessoas que caem na unção, especialmente as mulheres.
 
Sempre que possível uma Diaconisa deve segurar uma mulher, providenciar toalhas especiais para cobrir as pessoas, especialmente as mulheres, e para segurar as pessoas devemos nos posicionar com as mãos bem próximas a pessoas, de modo que não receba um tranco no caso de nossas mãos estarem distantes. Após receber a oração cada um deve retornar ao seu lugar.
 
5.9 Líderes / Escala (neste é para o futuro )
Deverá ser identificado um ou mais Diáconos para serem líderes, de modo a acompanhar todos os trabalhos da diaconia, assim como montar uma escala de presença dos Diáconos que será encaminhada periodicamente ao Pastor responsável. A escala de presença deve conter os nomes de todos os Diáconos e Aspirantes ( separados por grupo se for o caso ) e as datas dos cultos onde será indicada a presença, falta ou falta justificada. Os líderes também são responsáveis pela contagem das ofertas juntamente com os tesoureiros e cuidam do esquema de segurança das mesmas, fazendo os relatórios. Ao chegar ao culto o Diácono deve procurar seu líder que lhe dirá onde deve se posicionar. Ao ser determinada uma posição esta não deve ser abandonada sem que o Líder seja comunicado no ato. Ele deve ser informado de todo e qualquer problema que estiver ocorrendo durante o culto.
 
5.10 Ofertas
No recolhimento das ofertas os oficias (preferencialmente os tesoureiros ou diáconos já ungidos) pegam os cestos e se encaminham para a frente da igreja, e colocam no púlpito. Procure levar alguns envelopes vazios. Sempre que possível devemos ter dois oficiais para cada conjunto de fileiras, um em cada extremidade para distribuir os envelopes aos discípulos.
 
Devemos nos lembrar que estamos sendo privilegiados tanto ao participar como ao recolher os ofertas que estão sendo trazidas a “casa do tesouro”(ML 3:10).
 
Hoje são colocados os cestos na frente e os irmãos vão e levam as suas ofertas e dízimos, é uma forma de cada um entregar sua oferta e dízimo. (Essa regra pode ser mudada conforme a inspiração do Espírito Santo)
           
A contagem das ofertas ficará a cargo do 1º ou 2º Tesoureiro junto com um Líder e de outros Diáconos que este determinar. Deve ser preenchido o relatório e assinado por duas pessoas, 1º e 2º tesoureiro. Na falta de um dos tesoureiro um diácono deverá participar da contagem, preenchimento do relatório e assinatura do mesmo. Sempre deverá estar presente duas pessoas da liderança e as mesmas constar no relatório. (assim não daremos lugar ao diabo, haverá transparência, boa aparência e seriedade na obra de Deus)
 
5.11 Ceia
A preferência para a distribuição da ceia é dos líderes de rede, diáconos, líderes de célula. Líderes em treinamento. Por solicitação da direção os homens devem vir de paletó e gravata, e as mulheres de social, não por uma questão doutrinária, mas por respeito aos irmãos principalmente ao Senhor. Seria importante que os diáconos no dia da escala estivessem adequadamente vestidos.
                       
O processo se assemelha com o de recolhimento de oferta, sendo uma das principais diferenças é que para um grupo de fileiras não teremos apenas uma dupla, mas várias.
Ex.: Dupla 1 – Serve o Pão
 Dupla 2 – serve o Vinho Ou conforme a estrutura do momento, sendo que os mesmos que serviram o pão também poderão servir o cálice.
           
Cada dupla conterá dois Diáconos.
           
Procure olhar a sua volta verificando se todos já receberam a ceia ou se é possível ajudar fazendo a distribuição em algum outro lugar. No final da ceia, pegue uma bandeja de cálice vazia (ou uma tampa de bandeja) e se dirija ao local onde serviu para recolher os cálices. Ao invés de passar novamente a bandeja solicite às pessoas que lhe passem os cálices.
 
5.12 Infra-estrutura da Igreja
Procure identificar e montar mapas de onde estão interruptores elétricos, luzes, água e inclusive verificar se as tomadas são 110 ou 220V. Estas informações são extremamente úteis e necessárias no trabalho diaconal.
 
Fica evidente que esta apostila e suficiente para trabalharmos de uma forma organizada. Outras coisas serão acrescentadas quando houver a necessidade.
 
Que Deus abençoe este trabalho diaconal, que visa à glorificação de Deus Pai o Altíssimo, a Jesus Cristo o Messias e Senhor, e ao Espírito Santo nosso consolador, ajudador e grande amigo. Aleluia!!!       Deus vos abençoe abundantemente!
 
Pr. Eliezer

 

Imprimir