Focando na Formação dos 12 – Parte 5

Onde não há Sucessor, não há Sucesso 

Lucas 10 : 1 a 5 

Vimos nos discipulados anteriores que investir na formação de líderes, é fundamental ao
crescimento e à multiplicação da igreja, pois sabemos que na Visão, o crescimento vem pelas
células, e a multiplicação vem pelos doze, e que estas duas estruturas só se ampliam e se
mantém, se novos líderes estiverem sendo formados e enviados.

O ambiente onde este processo de formação começa é a célula. As células não só geram
vidas novas por meio de seu potencial evangelístico, como também têm um alto poder
consolidador, por darem aos novos na fé, a possibilidade de se relacionarem de perto com um
líder, e também de receber o amor e a atenção do pequeno grupo.

Nas células tem início o processo de discipulado na vida dos novos na fé, por causa da
proximidade e da identificação com um líder, o que é diferente do ambiente do templo, onde o
líder só é visto de longe.

Numa igreja em células as pessoas interagem, são amigas, e este relacionamento
interpessoal fortalece muito a igreja, o que não acontece nos ministérios que só se reúnem aos
domingos.

A igreja primitiva, deixada por Jesus na Terra, era uma igreja em células, que segundo o
livro de Atos dos Apóstolos, reunia-se no templo e nas casas. At. 5 : 42 : E todos os dias, no
templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo.

O crescimento e a multiplicação veloz da igreja de Atos, além de sua santidade e da
unção, tinham como motivo, um outro segredo estratégico revelado no texto base de hoje : Os
discípulos eram enviados de dois em dois.

Este era um dos segredos no processo de formação, o relacionamento entre o líder e um
co-líder escolhido por ele, que propiciavam o treinamento e o cumprimento prático da missão. Lc.
10 : 1 diz : Depois disto, o Senhor designou outros setenta, e os enviou de dois em
dois, para que o precedessem em cada cidade e lugar aonde ele estava para ir.

Além do estabelecimento da autoridade como igreja, estas duplas representavam um
processo de transmissão de conhecimento, unção, e ordenamento prático do trabalho ministerial.
Esta relação líder e co-discípulo, antecede os dias de Jesus na Terra, sendo vista também
no velho testamento, através de Moisés e Josué, Débora e Baraque, Elias e Eliseu, Noemi e Rute.
Este mesmo princípio se repete no novo testamento entre Barnabé e Saulo, ( onde aqui,
Saulo ainda era o aprendiz ) Priscila e Áquila, Paulo e Timóteo. Paulo e Lucas, Paulo e João
Marcos.

Na linguagem da Visão, também já conhecemos esta figura do auxiliar do líder de célula,
ao qual, chamamos carinhosamente de Timóteo. Esta é uma posição que não pode ser
negligenciada ou esquecida, pois viabiliza a formação eficaz de um novo líder e a consequente
multiplicação da célula, pelo envio deste.

Novas células só se formam se houver a formação de novos líderes, santos, maduros e
dispostos a ganharem e consolidarem seus próprios discípulos, mantendo-os na célula da qual
participam.

Esta formação vem parcialmente pelos processos vividos pelos novos, nos passos da
Visão, como o Encontro com Deus, a Escola de líderes, o Reencontro, mas é preciso que haja
também um processo de treinamento prático no dia a dia da célula.

A maior parte dos discípulos celularizados, mesmo aqueles que ganham e consolidam
pessoas novas, pela falta de prática e experiência nas posições de liderança, não se sentem
preparados para o desafio de serem enviados para liderar sua própria célula.

Este é um problema que tem refreado a multiplicação das nossas células. Para corrigirmos
esta deficiência, precisamos estabelecer um processo de treinamento prático nas células, para que
os discípulos mais maduros ( os que já passaram pelo Encontro e estão cursando a Escola de
líderes ) possam começar a se ver dentro da célula, como futuros líderes, e possam se exercitar
nas funções de liderança durante as reuniões semanais.

Nesta perspectiva, o líder da célula deve identificar quem é o seu discípulo mais maduro                                                                                                                                                                                        (não só por ter passado pelos passos da Visão, mas por já ter um ou mais discípulos, sendo
consolidados por ele). Assim que o líder da célula identificar seu ajudador, ele deve plantar este sonho de
liderança no coração deste discípulo, e nomeá-lo o Timóteo da sua célula, incumbindo-o das
responsabilidades de um co-líder.

O líder da célula deve sempre investir na consolidação de todos os discípulos da célula,
mas a partir de então, seu co-líder deverá ser sua prioridade no relacionamento pessoal, na
intercessão e transferência de tarefas.

Outro aspecto que produzirá engajamento e treinamento dos participantes da célula, é o
líder elencar as principais tarefas do dia a dia da célula, fazendo com que, principalmente o co-líder, se exercite em cada uma delas a cada semana.

Vamos ver algumas destas funções dentro da célula:

1 – A intercessão 30 minutos antes do início da reunião, feita por no mínimo três
discípulos da célula ( ex. o líder, o Timóteo, e mais um )
2 – A oração de abertura consagrando a Deus todos os detalhes da reunião.
3 – A recepção das pessoas à porta, com simpatia e carinho.
4 – A ministração da palavra de ofertas e oração pelas mesmas.
5 – A ministração da palavra principal e a oração do apelo.
6 – A orientação sobre os pedidos de oração e a oração por estes no final.
7 – A oração por novas vidas, pelo prédio, bairro, cidade etc. ( cadeira vazia )
8 – A consolidação ( atenção e preenchimento da ficha ) das pessoas que receberem a Jesus.
9 – Dar os avisos da semana e convidar a todos para o culto de domingo.
10 – O exercício de liderar a célula, quando o líder principal estiver ausente.

Este co-líder em treinamento, no período de um ano, deverá ocupar nos primeiros seis
meses, em todas as semanas, uma das funções acima. Este será um exercício não só de liderança
para o Timóteo, mas como de trabalho em equipe, para aqueles líderes que são mais
centralizadores. Há líderes que impedem a formação de novos líderes, por acumularem todas as
funções dentro da célula.

À medida em que o Timóteo ganhar segurança e gerar seus próprios discípulos dentro da
célula, este poderá liderá-la como líder principal, pelo menos uma vez por mês, durante o
segundo semestre do ano.

Se o co-líder escolhido for frutífero, este um ano de treinamento será a oportunidade
para que ele conduza seus discípulos pelos passos da Visão e tenha condições de formar sua
própria célula, dentro da célula mãe, podendo ser enviado ao fim deste período.

Não é impossível que uma célula se multiplique em mais uma, no período de um ano,
este excelente resultado de crescimento e multiplicação, poderá ser fixado como meta para as
células, desde que os nossos olhos estejam voltados para a formação e a motivação destes
Timóteos. 2 Tm. 2 : 1 Tu pois, filho meu, fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus.

E o que de minha parte ouviste, através de muitas testemunhas, isto mesmo transmite
a homens fiéis e também idôneos para que instruam a outros.

Ministração : Orar para que o Espírito Santo levante os Timóteos no seio da
própria igreja.

Que o Senhor os abençoe e multiplique extraordinariamente conforme a promessa ENDJ.

Amamos vocês. Aps. Fábio e Claudia A. Abbud

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