Batalha Espiritual

­Efésios 4.17-23

Não permita que a sua mente seja bloqueada. Deus nos transmitiu as ordens de marcha. Devemos seguir para o campo de batalha de nossa mente e recuperar todo o “poder mental” que Satanás roubou de nós. Temos de apropriar-nos de toda a vida que Cristo derramou aberta­mente em nosso coração e vencer os poderes das trevas em nossos pensamentos, alcançan­do a mente restaurada de Cristo, pelo poder do sangue de Jesus em nós.

Quando nascemos de novo, Jesus “se entre­gou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para si mesmo um povo particularmen­te seu, dedicado à prática de boas obras” (Tt 2.14). Jesus pagou um grande resgate para que seja­mos totalmente livres, totalmente restaurados, totalmente redimidos.

Como filhos de Deus nascidos de novo, temos a capacidade de receber ou rejeitar os pensamen­tos que chegam à nossa mente. Isso significa que estamos em vantagem sobre os pensamentos que tentam invadir a nossa mente e escravizar-nos. A vitória já foi conquistada por Jesus Cristo. Agora tudo que precisamos fazer é avançar em nome dEle e apossar-nos da vitória.

Lembre-se dos israelitas. Embora Deus já ti­vesse reservado a Terra Prometida para o seu povo, eles não podiam simplesmente entrar, des­cansar e regozijar-se. Deus por causa da dureza do coração deles os manteve durante quarenta anos no deserto e ali os treinou para a guerra e capaci­tou-os para as batalhas que teriam de enfrentar. Entretanto os israelitas ainda tinham de apren­der por experiência própria que existe uma gran­de diferença entre ter a posse legal da terra e possuí-la.

Depois que eles finalmente cruzaram o Jordão para entrar em Canaã, tiveram ainda muito trabalho, porque encontraram a terra infestada de inimigos. O mesmo acontece com a nossa mente. Je­sus cristo já pagou o preço para redimi-la, mas quando nascemos de novo, ela já estava infesta­da com certos padrões de pensamentos, hábitos, certas atitudes e ideais mundanos, implantados anos antes pelo Inimigo. Agora Deus quer que lim­pemos e ocupemos cada centímetro dessa Terra” com o seu Espírito. É isso que chamamos “mente renovada” (v. 23).

Em nossa caminhada com o Senhor, cada for­taleza em nossa mente representa uma parte de nossa vida com Ele que ainda não adentramos (ou da qual ainda não tomamos posse). Os ini­migos instalados nessas fortalezas precisam ser destruídos. Não seremos consagrados a Deus o suficiente para realizar a sua obra enquanto não eliminarmos todos os vestígios do Inimigo. Enquan­to houver fortalezas de medo, atitudes negativas, preocupação, ansiedade ou confusão na “terra” de nossa mente, estaremos a serviço delas. Somos escravos daqueles a quem servimos (Rm 6.16).

Enquanto as fortalezas de nossa natureza antiga (que são hostis a Deus) não forem des­truídas, o Espírito Santo sofrerá restrições no tra­balho de restaurar a nossa mente e devolvê-la ao controle de Cristo. O Senhor jamais irá forçá-lo a abrir mão de uma área de sua mente que você não esteja disposto a entregar. Ele nunca irá vio­lar o seu livre-arbítrio. Isso significa que você terá de tomar muitas decisões em sua caminhada para a restauração total de sua mente. (Ma­teus 6.25-34).

Há muitos anos, o nível espiritual da Igreja tem se mostrado aquém do desejado por Deus, porque pensamos que ser vitorioso significa sim­plesmente que, após uma batalha, podemos ir para casa adorar ao Senhor. Entretanto, não é em vencer batalha isoladas que consiste a ver­dadeira vitória, e sim em vencer a guerra toda.

Assim como Josué e o rei Davi tiveram de vencer muitas ba­talhas para conquistar toda a região de Canaã, precisamos obter muitas vitórias antes de to­mar o controle total de nossa mente e retirá-la do poder do Inimigo. Vencendo uma batalha aqui e outra acolá, jamais alcançamos a vitória total sobre a nossa mente, porque esses combates isolados não visam alcançar o objetivo máximo de submeter a nossa mente por inteiro ao go­verno de Jesus Cristo. Sem esse objetivo claro e intenso, a vida cris­tã se torna meramente um conflito interminável sem vitórias concretas e progresso. (Efésios 4.22-24).

Portanto, para planejar e realizar uma campa­nha bem-sucedida em qualquer área de nossa mente, precisamos de uma revelação direta de nosso Senhor, que preencha aquela região de nossa mente depois que os antigos residentes tiverem saído. Precisamos de uma revelação cla­ra de seu relacionamento conosco.

Como filhos de Deus nascidos de novo, temos a capacidade de receber ou rejeitar os pensamen­tos que chegam à nossa mente. E estamos em vantagem, porque Jesus Cristo já conquistou a vi­tória por nós. Ele seguiu adiante de nós para ven­cer a batalha. Agora, tudo que precisamos fazer é avançar em seu nome e tomar posse da vitória. Ro­manos 13.14.

Localize a raiz do problema. Quanto mais cedo a Igreja perceber que quan­do se engaja na batalha não está lidando com seres humanos nem com ideologias, mais cedo obterá vitória, a maior que este mundo já viu. Não estamos em um conflito natural, e sim em uma guerra espiritual, que não pode ser ven­cida com artimanhas religiosas, políticas ou por meios naturais. Só os que possuem o poder de Deus podem prevalecer.

Em 1Pe 5.8 vemos que Satanás se manifesta no mundo ao nosso re­dor enquanto os espíritos malig­nos agem sobre as pessoas, levando-as a come­terem todo tipo de pecado. O Diabo estabeleceu autoridades espirituais sobre esta terra, usando indivíduos que colocam a vida sob o controle dEle.

O Diabo age por meio de instrumentos humanos, da mesma maneira em que o Espírito Santo se manifesta em nós, servos de Deus. Precisamos aprender a discernir quem é usado pelo Inimigo, “a fim de que Satanás não tenha vantagem so­bre nós; pois não ignoramos as suas intenções” (2Co 2.11).

No livro de Neemias, Deus nos revela oito maneiras pelas quais Satanás tenta destruir as nossas obras a favor do Reino (Ne 4—6). Talvez você as reconheça nas circunstâncias da vida. São elas: ridicularização e intimidação; ameaças de ataque físico e confusão; desânimo e espírito ne­gativo; divisão entre os equipe, irmãos, igreja; tentação para fa­zer concessões ou para racionalizar de acordo com as ideologias mundanas; exaustão e temor de liderança de falsos pastores e profetas.

Nem todos os ataques do Inimigo são ób­vios. É mais provável que a operação dele em nossa vida e em nosso ministério seja sutil. En­tretanto, não importando quanto ele seja ardilo­so, a nossa tarefa ainda é reconhecer a maneira pela qual ele está agindo e impedi-lo de conti­nuar, antes que seja tarde demais.

Todos os empecilhos que Neemias e os ju­deus superaram no passado o povo de Deus pode vencer atualmente, se atacar a raiz do problema no reino espiritual, usando o poder de Deus e as armas espirituais para derrotar o Inimigo.

Se lidarmos com esses problemas apenas superficialmente, jamais encontraremos a so­lução. A causa está no mundo espiritual. Está no espírito do ser humano e em sua natureza peca­minosa. Tudo termina quando identificamos e vencemos a verdadeira causa no mundo espiri­tual e localizamos o Inimigo, que está na raiz do problema. Mas em Cristo, a nossa vitória já foi conquistada! 2Coríntios 10.3-5.

No amor de Cristo

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