Buscando e procurando a dracma perdida

 Lucas 15, 8, 9, 10 

A história da dracma perdida é o resgate da nossa identidade. A mulher é a figura da Igreja, da família e da célula que com diligência deve procurar o que foi perdido com o passar do tempo, os valores, conceitos, fidelidade e aliança.
 
A parábola da dracma perdida mostra a diligência de uma mulher que ao perder algo precioso foi à sua procura, sem hesitar. Vemos neste texto que o primeiro requisito básico para que a dracma fosse encontrada foi o de acender a luz. Só encontramos o que perdemos quando acendemos a luz. O escuro dificulta o reconhecimento e a procura. Isto fala de revermos com atenção os acontecimentos, fazermos uma leitura das circunstâncias e achar os obstáculos, as contaminações e o envenenamento que ocorre na nossa caminhada. Acender a luz fala de andar na verdade, com transparência, sem nenhum argumento para não se deixar ser roubado pelo inimigo.
 
O segundo requisito é o ato de varrer e isso significa tirar a sujeira para encontrarmos aquilo que perdemos de precioso. A Igreja é responsável por tirar toda sujeira com diligência, cautela e muita observância e ajudar cada pessoa a encontrar tudo aquilo que Deus tem de melhor. A luz revela a sujeira, o escondido, o argumento, àquilo que foi perdido. São coisas assim que nos leva a perder o que é bom vinda da parte de Deus, Seja uma conquista, seja uma vida, seja um território, seja a motivação, o amor simples e genuíno, seja a santidade, a fidelidade, etc. O ato de varrer fala da disposição de fazer uma limpeza para achar o que se perdeu. Precisamos verificar tudo aquilo que afasta ou nos leva a perder àquilo que é precioso para nós e para Deus.
 
1. Acendendo o candelabro ou Candeeiro – A primeira atitude de alguém que procura algo é iluminar ao máximo o ambiente para enxergar da melhor forma possível. O candelabro é um sinal no mundo espiritual. Jesus disse que Ele é o candeeiro de ouro que anda no meio da Igreja, na nossa casa, dentro de nós (Ap 1:12-15). O candelabro uma vez aceso significa que por sete dias na semana não faltará a luz de Deus na nossa casa. Onde existe a luz de Deus, as trevas não podem entrar e nem fazer visitação. E o quê a luz faz? Revela a sujeira, mostra o caminho e ajuda a achar àquilo que foi pedido.
 
Quando a luz é acesa e uma busca diligente se inicia, muitas sujeiras que estavam escondidas atrapalhando nossa vida e impedindo Deus de agir, começam a aparecer. O desejo de Deus é que tiremos da nossa vida tudo que não O agrada e isso só é possível se nos voltarmos aos princípios da Palavra. A luz da Palavra de Deus arrancará da nossa vida todas as trevas e nos conduzirá por um lugar seguro. Deixe a Palavra de Deus entrar no seu coração e mexer com o seu interior.
 
 Vejamos o que Jesus disse em João capítulo 15:3; 17:17 e 8:32 –Vós já estais limpos, pela Palavra que vos tenho falado… Santifica-os na verdade; a tua Palavra é a verdade… e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.
 
2. O valor da dracma – A dracma perdida possui um valor espiritual: a fidelidade. A dracma representava uma aliança. Toda mulher casada naquela cultura e época usava um enfeite na testa, tipo um colar, formado por dez moedas de prata e uma moeda maior no centro. Dracma.
 
Perder a dracma significava colocar em risco a sua descendência, pois a dracma era um sinal profético, era um sinal de perpetuação da geração, significava que aquela mulher era casada e tinha uma descendência, era sinal de aliança, honra e respeito. Muitas pessoas perderam muitas coisas valorosas na vida, mas hoje é o seu dia de achar a sua dracma, porque a sua vida e a sua casa receberão a limpeza de Deus.
 
2. Uma mulher estrategista – É interessante a postura da mulher ao encontrar a dracma, pois normalmente quando perdemos algo de valor e encontramos, guardamos em um lugar seguro por medida de segurança. Mas a atitude da mulher não foi a de guardá-la, mas de chamar todos os seus vizinhos e amigos mais próximos, aqueles que se alegrariam com ela, que não tirariam por menos tal acontecimento por possuírem visão.
 
Essa mulher foi estrategista! Compartilhou a bênção com aqueles que compreendiam o verdadeiro significado de encontrar algo precioso que estava perdido. Isso fala de alguém que não anda sozinha, que não vive isolada, mas que compartilha da sua vida com outros, alguém que anda em equipe, em aliança, alguém que tem com quem compartilhar suas alegrias, conquistas e vitórias, mas também suas lutas, pois se ela convidou para a festa, é porque todos estavam sabendo da perda que agora foi reconquistada.
 
Conclusão – A Igreja de Jesus é convocada a retornar diligentemente aos princípios da Palavra. Precisamos dar valor ao que realmente é valorizado por Deus, jogarmos fora todo lixo que possa estar em nosso coração e compartilhar com o próximo o nosso maior tesouro: Jesus Cristo!
 
Ele é o nosso maior tesouro, pois dEle depende todas as outras coisas. Ter Jesus significa ter salvação, paz interior, alegria, esperança e vida eterna. A Salvação alcança três áreas na nossa vida; primeiro, espiritual que significa novo nascimento, ter comunhão com Ele, ser dEle. Segundo, a nossa alma, isto representa emoções, sentimentos e relacionamentos sendo curados. Terceiro, nosso corpo que se torna o templo de Deus na terra. O desejo dEle é que andemos com saúde, por isso precisamos também cuidar do nosso corpo.
 
Temos alem de Jesus outras coisas que precisamos valorizar. Exemplo: Nossa família. A honra e harmonia familiar, a igreja, a célula, o ministério, a saúde, a vida que Deus nos deu e as pessoas que Deus comprou com o sangue do Senhor Jesus, pessoas que precisamos resgatar. No verso 10 do texto de hoje lemos que há jubilo (festa) diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende, isto é, por uma pessoa que foi salva, que foi encontrada!
 
Deus nos encontrou e segundo esta palavra, éramos a dracma perdida de Deus, mas Ele procurou e nos encontrou, Ele faz festa nos céus, e nós quando resgatamos alguém, devemos fazer uma festa na terra. Somos preciosos para Deus, tanto é que Ele deu Jesus para nos achar e trazer de volta, nos levar à Sua presença.
 
Para refletir: Quando éramos jovens tínhamos a tendência de não ouvir nossos pais e achávamos que eles estavam errados, e agora que somos maduros e reconhecemos que eles estavam certos e corretos, geralmente já temos filhos que acham que estamos errados e que também não querem nos ouvir. Ao contrário acontecem com os filhos espirituais, quando são crianças, novos, jovens no espírito, nos ouvem, mas quando crescem, se não se tornarem discípulos, terão a tendência de não ouvir seus pais espirituais, e, em muitos casos, se desviam e se perdem. Esses são também Dracmas perdidas, precisamos acender a luz, verificarmos que tipo de sujeira ou envenenamento os atingiu e procura-los, encontra-los e traze-los de volta para a nossa casa, a casa do Pai.
 
Compartilhar: O que é precioso para você que você precisa cultivar, ou valorizar ou que você perdeu e gostaria de encontrar novamente?  O que é precioso para você e você ainda não tem e gostaria de ter? Você já entregou sua vida a Jesus, gostaria de fazê-lo hoje? Amém!
 
 
No amor de Cristo
 
Apóstolos Eliezer e Zenita C. Moreira
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