Verdades eternas que mudam as nossas vidas – PARTE III

 

Oséias 6:3; Lucas 15:21-32; Sofonias 3:17
 
Estivemos nestas ultimas semanas falando sobre o filho pródigo e hoje continuaremos de onde paramos, vamos avançar aprendendo verdades que mudarão a nossa história de vida. Este texto do filho pródigo nos ensina a nos relacionar como pais, filhos e irmãos, enfim, de como sermos uma família equilibrada.
 
Em muitas situações, quando Jesus queria ensinar alguma verdade preciosa, Ele proferia uma parábola. Todas as parábolas de Jesus contêm riquezas espirituais inestimáveis. A parábola do filho pródigo, por sua vez, dá-nos tremendas lições também sobre o relacionamento de Deus, o nosso Pai, com cada um de nós, Seus filhos.
 
Como vimos anteriormente, o filho mais moço saiu de casa e gastou a sua parte da herança com uma vida errada e, depois de um certo tempo, voltou arrependido. O pai, com um coração de amor e de perdão, o recebeu com um abraço, dádivas honrosas e uma festa. O pai lhe restituiu o que tinha se perdido colocando vestes novas que significa cobertura, pois agora o filho aceitou se submeter, pois havia aprendido grandes lições. Em seguida colocou as sandálias novas nos pés, restituindo o ministério, agora era um novo caminhar, com mais dedicação, e, na sequência lhe colocou um anel no dedo que significa autoridade e compromisso, agora a aliança estava sendo renovada entre eles, pai e filho.
 
Hoje queremos avançar e citar também sobre o irmão mais velho do filho pródigo. Esta parábola é muito rica, ela não pretende ensinar apenas sobre o pai e o filho mais moço, ela enfatiza também as atitudes do irmão mais velho daquela família. Se podemos dizer que há muitas pessoas que se identificam com a figura do filho pródigo, também é certo que há outras que se identificam com o filho não pródigo, o que ficou em casa.
 
Vejamos quais eram os conceitos distorcidos que o irmão mais velho tinha acerca do seu pai e irmão
 
1.      Ele pensava que um filho agrada o pai quando mostra trabalho. “…há tantos anos te sirvo…”
 
Muitos filhos de Deus estão a servir nas igrejas e alguns já estão a servir a muito tempo. Isso é muito bom se estiver na motivação certa! É importante saber com quais corações estão a servir? O irmão do filho pródigo perdeu a oportunidade de relacionar-se intimamente com o seu pai por causa de uma concepção errada sobre o relacionamento entre pai e filho. Ele acreditava que iria agradar o seu pai através do seu trabalho. Na cabeça dele, o trabalho era o mais importante, era aquilo que o pai esperava dele.  O nosso trabalho no reino de Deus deve ser resultado de uma vida de busca e intimidade com Ele, desta forma iremos fazer a Sua obra movidos por amor e não por obrigação.
 
Como foi ministrado na palavra de domingo, conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor, como a alva, pois ele virá como a chuva…. Existem alguns filhos de Deus que esquecem de que o mais importante é a comunhão íntima com o Pai. Estes filhos de Deus normalmente ficam muito chateados quando vêem o Pai abençoar pessoas que aparentemente não mereciam, mas que foram tocadas por Deus. Quando o Pai celeste abençoa os novos convertidos ou quando os pastores e líderes lhes dão um pouco mais de atenção, alguns ficam com ciúmes e outros mais maduros ficam alegres e felizes. Qual o motivo? Temos novos filhos e novos discípulos que um dia também crescerão e frutificarão, agora eles fazem parte da família cristã.
 
2.      Ele pensava que um filho só agrada o pai quando cumpri regras e leis. “…nunca transgredi um mandamento teu…”
 
O irmão do filho pródigo esforçava-se para agradar o pai com o seu trabalho e também com o cumprimento de regras e leis. Quando o seu pai abençoou o seu irmão que foi rebelde, ele fez questão de ressaltar as suas próprias boas obras: “há tantos anos te sirvo e nunca transgredi um mandamento teu”. Ele não compreendia como o seu pai poderia abençoar aquele que saiu de casa e gastou mal todo o dinheiro da sua herança simplesmente por que voltou arrependido. Na mente dele, o pai não estava sendo justo. Ele acreditava que o amor do pai só poderia ser dado àqueles que não falhavam. Se fosse assim estaríamos perdidos, pois falhamos e Deus sempre nos perdoa e nos aceita investindo sempre em nossa mudança e crescimento.
 
Na verdade, ele não compreendia o que é ser pai. Estava acima de sua compreensão que o amor de um pai ou de uma mãe pelo filho ultrapassa questões de erros, falhas trabalhos e leis. Deus quer nos ver servindo, trabalhando, frutificando, nos esforçando, sendo fiel, renunciando, etc., mas tudo isso deve ser resultado de uma vida de comunhão e amor. Fazer apenas por obrigação nos leva a reclamar e cobrar, precisamos ser movidos por amor.
 
Embora o filho mais moço tivesse colhido as conseguências dos seus atos, embora ele só tenha aprendido com o sofrimento, agora depois de mostrar arrependimento e humildade, ele experimentava literalmente do amor incondicional do Pai.
 
3.      Ele disse, eu mereço um prêmio, uma festa e não recebi.  …contudo nunca me deste um cabrito…
 
Depois de ressaltar as suas próprias boas obras, o irmão do filho pródigo tocou no ponto que o incomodava: “nunca me deste um cabrito”. Ele baseou o relacionamento com o seu pai numa concepção errada: Ele apenas trabalhava para o pai, mas não sabia quem ele era, ele não tinha entendido que tudo já era dele e ele só precisava usufruir, pois ele andava com o Pai, lhe servia com esforço, mas não o conhecia, não tinha uma visão correta do seu pai. Este era o problema do irmão do filho pródigo: ele não tinha revelação do amor do Pai, ele desenvolvia um relacionamento “mecânico” com o seu pai e seu irmão.
 
Existe muita gente servindo a Deus sem conhecê-lo verdadeiramente, sem ter verdadeira comunhão e intimidade com Ele. No domingo a Palavra falou que o nosso amor por Deus não deve ser como a neblina da manhã que logo passa, pelo contrário, precisa crescer a cada dia em uma intimidade contínua e permanente.
 
A resposta do pai – Versos 31 e 32:
“Filho, tu sempre estás comigo, e tudo o que é meu é teu. Era justo, porém, regozijarmo-nos e alegramo-nos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado.”
 
Esta resposta revela o coração de um pai que ama o filho simplesmente porque é filho e não um coração que ama o filho apenas quando este trabalha e frutifica. O que estava em questão não era trabalho e leis, mas o relacionamento Pai e Filho. É muito importante nesta altura ressaltar que o fato do Senhor Deus nos amar com um amor incondicional, não anula os princípios de semeadura como: fidelidade, honra, obediência, perdão, arrependimento, submissão, etc. não.
 
Aquele filho mais novo tinha passado por um deserto, por crises profundas, por um tratamento em seu caráter, etc. Ele foi humilhado, abandonado pelos seus amigos, passou fome, vergonha e voltou maltrapilho. A sua atitude de reconhecer que tinha errado e voltar arrependido lhe abriu novas oportunidades e lhe trouxe restituição, e, agora ele tinha que perseverar para viver os princípios estabelecidos pelo seu pai, caso contrário poderia perder, pois somos responsáveis pelas consequências de nossas ações, pois estas são semeaduras.
 
Você tem direito às bênçãos, as promessas estabelecidas na Palavra de Deus simplesmente porque é um filho (a) dEle! Em João 1:12 diz que aquele que receber a Jesus como Senhor e salvador, recebe poder de ser feito filho de Deus, e, como filhos nos tornamos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo Jesus nosso Senhor.  O filho queria apenas trabalhar, mas o pai o convidou para uma festa (comunhão) e é exatamente o que Deus tem pra você, Ele te ama e te convida para uma grande festa com Ele. Você aceita? Continua…
Compartilhar: O que Deus falou com você hoje nesta ministração? Você já entregou a sua vida ao Senhor Jesus? Vamos orar?
 
No amor de Cristo
 
Pastores Eliezer e Zenita C. Moreira 
Imprimir