O Poder da Perseverança na Oração

 Texto Bíblico: Lucas 18:1-8; João 16:33

 
Temos falado nas ultimas semanas sobre a oração, este é um assunto muito importante. Sabemos que não há dificuldades em Deus. Suas promessas são fiéis e verdadeiras. Acontece que o desconhecimento dos princípios que rege a vida de oração, pode estar na causa do fracasso e das orações não respondidas. A solução, portanto, é descobrir esses princípios e orar de acordo com eles, para que a vitória se transforme na experiência do dia a dia.
 
A melhor oração vem de uma poderosa necessidade interior. Todos temos experimentado que isto é verdade. Quando as nossas vidas são serenas e plácidas, as nossas orações tendem a ser insípidas e indiferentes. Quando topamos uma crise, um momento de perigo, uma enfermidade grave, uma dura privação, as nossas orações são fervorosas e vitais. A sede e fome por Deus e sua Palavra é um combustível para o fogo nunca se apagar. Devemos aplicar o hábito de orar intensamente, ardentemente, mesmo quando tudo vai bem.
 
Para orarmos a Deus devemos fazê-lo em nome do Senhor Jesus e para isto precisamos ser genuínos, sinceros objetivos e específicos perante o nosso Deus. Não deve haver hipocrisia e nem egoísmo. Renda-se a Cristo. Dê-se todo inteiro por Ele. Deixe tudo para seguir a Cristo, Ele tem prazer em ser o nosso intermediário, intercessor e salvador. Deus nos ouve por causa de Cristo e assim nos honrar com a resposta.
 
A oração efetiva é a chave para o sucesso em cada área da vida; é o segredo da vitória no trabalho de Deus e na vida pessoal. A oração verdadeira é a mais poderosa arma contra os poderes das trevas; é também a chave que abre os tesouros do céu para o aqueles que crêem e buscam.
 
Esta palavra foi pregada no domingo e hoje estamos ampliando para um entendimento mais profundo. Nesta parábola da viúva encontramos estímulo para buscar a Deus de forma perseverante, com a certeza de que seremos ouvidos. Jesus nos apresenta uma situação totalmente adversa para uma viúva sob todos os aspectos, superada, porém, pela sua persistência.
 
Vejamos o nível de dificuldade que a viúva enfrentou e comparemos com nossos possíveis desafios. Se ela prevaleceu, nós também prevaleceremos.
 
Ela Era Uma Viúva – Jesus escolheu o tipo de pessoa que representa fragilidade. Sozinha, sem alguém para defende-la e contando já com uma certa idade, a viúva levava grande desvantagem na luta pela conquista de qualquer coisa. No entanto, sua condição de viuvez não foi mais forte do que o seu espírito persistente. Ela se fortaleceu através da sua determinação de atingir um alvo, e logrou êxito. Sabemos que ela alcançou o que queria por meio de sua persistência em bater na mesma porta até que se abrisse.
 
A condição desta viúva era de fragilidade, existem muitas pessoas que em alguma área como sentimentos, família, vida espiritual, saúde, finanças, etc., são frágeis. O ser humano diante de Deus por si só, é frágil, precisamos muito do Senhor na nossa vida. Agora diante das circunstâncias…, por causa do Senhor, somos fortes. Eu preciso do Deus vivo, dependo dEle, e por causa da minha fé nEle, eu venço tudo.  E você?
 
A nossa batalha é espiritual e não material. Portanto, não podemos permitir que a aparente fraqueza física ou material, ou emocional, etc., ofusque a verdadeira glória espiritual residente em nós. Precisamos prevalecer a despeito de nossas fraquezas. Se na sua vida de oração você tem de lutar contra situações que lhe fazem sentir-se frágil, fortaleça-se nas promessas de Deus seguindo o exemplo dessa mulher, e prevaleça mesmo assim.
 
Ela Tinha Um Adversário – Ela buscava ajuda persistentemente porque tinha um adversário mais forte do que ela. Havia uma causa a ser julgada e uma resistência a ser vencida. Veja que o grau de dificuldade vai aumentando. Já não bastavam as dificuldades normais do dia-a-dia sendo uma viúva, havia um agravante relacionado à realidade de um adversário. No entanto, a presença de um inimigo não a intimidou na sua luta persistente. Como antes, perseverou em bater na mesma porta até que se abrisse.
 
Esta viúva da parábola de Jesus estava enfrentando o seu adversário, nós também precisamos enfrentar corajosamente as situações que nos são contrárias.Compreendamos a realidade dos adversários do lar, dos relacionamentos, do trabalho, dos sonhos, do ministério, etc. Em todas as áreas da vida vamos enfrentar adversidades, e por isso mesmo precisamos lutar, até que a vitória se manifeste. Sabemos que o caminho para vencer é praticar os princípios de Deus confiando nEle até o fim. Jesus falou:Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.
 
Esta viúva estava Diante de Um Juiz Que Não Temia a Deus e Nem Respeitava os Homens – Lucas 18:2. Esta viúva lutava contra alguém aparentemente mais poderoso, por isso ela decide buscar ajuda. Quando recorre à justiça, depara-se com alguém sem temor a Deus, e conseqüentemente, sem amor ao próximo.
 
Aquele juiz não conhecia a compaixão divina que leva as pessoas a se inclinarem em favor dos outros. Sem o temor a Deus, ele também não estava preocupado em fazer qualquer coisa pela viúva, pelo menos, para fugir da mão divina. No entanto, a dureza de coração daquele juiz e a sua falta de compaixão pelas pessoas, não foram fatores desanimadores para aquela senhora que estava determinada a vencer.
 
Infelizmente, a viúva dependia de uma pessoa que não temia a Deus nem respeitava os homens, mas que, no entanto, atendeu seu pedido depois de algum tempo. Hoje, porém, de quem nós dependemos? É claro que a nossa dependência é de Deus. Um Deus bondoso e misericordioso que tem prazer em nos ministrar. Se ela conseguiu o que queria diante de um juiz iníquo, quanto mais nós que dependemos do Pai Celeste amoroso que nos socorre em nossas aflições. 
 
Ela Precisou Esperar e Esperar, Até Ser Atendida. Grandes foram as dificuldades. Agora ela teve de lutar contra o tempo. O texto diz: “por algum tempo ele se recusou”. Muitas coisas poderiam ter acontecido durante o tempo em que o juiz se recusou a socorrer a viúva. Ela poderia ter desistido, abandonando a causa por achar inútil continuar esperando. Ela poderia ter alimentado amargura contra o sistema iníquo que a prejudicava, ou, simplesmente se encolhido em seu canto, acomodando-se à triste realidade do triunfo da injustiça. No entanto, a demora em receber a resposta não apagou o fogo da persistência em seu coração guerreiro. Sabemos que ela continuou insistindo mesmo contra qualquer evidência de que sua causa não seria julgada. 
 
Ela fez como Abraão, ela esperou contra a esperança sem desanimar na fé, ela pediu, buscou e bateu até a porta se abrir. Assim como a viúva soube esperar sem desanimar-se, assim também devemos nós fazer. O tempo não pode roubar a nossa fé, nem levar embora nossa esperança. Que o tempo, no entanto, possa apenas contribuir para fazer com que as raízes da fé se aprofundem mais e mais no coração, até transformarem nossos sonhos em realidade. Quanto a Deus, Ele está pronto para fazer, nós é que em muitas situações, não estamos prontos para receber.
 
Apesar de nos sentirmos muitas vezes frágeis como a viúva, tendo diante de nós adversidades a serem superadas, e tendo de perseverar mesmo quando se passa muito tempo, no entanto, não estamos diante de um juiz iníquo que não quer nos atender. Se ela conseguiu prevalecer mesmo diante de tantos fatores contrários, muito mais nós, que buscamos justiça das mãos de um Deus que não tarda em socorrer-nos. Portanto, a perseverança está relacionada à atitude de não desistir dos propósitos por incredulidade, desânimo ou dúvida. A Bíblia chama essa atitude de fé, por isso hoje se estabelece um milagre de Deus na sua vida, você recebe? Eu sou uma pessoa indesistível e firmada em Cristo, e você?
 
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Você participou do culto da virada e dos doze dias proféticos? Dê um testemunho que edifique a nossa fé, foi bom para você?
 
Amamos você!
 
Pastores Eliezer e Zenita C. Moreira 
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