Saindo da passividade

 


Marcos 8:22-26;Lucas 18:35-43
 
Na semana passada estudamos sobre o filho pródigo e falamos que as nossas decisões determinam as nossas circunstâncias. Vimos que a nossa vida não mudará a menos que entendamos que somos nós que criamos as nossas circunstâncias, favoráveis ou não. Aprendemos que não podemos culpar a ninguém, ou situações contrárias, pois são as nossas decisões e ações que criam as brechas para Deus ou para o inimigo agir.
Somos nós que decidimos que tipo de legado queremos deixar e como queremos ser conhecidos e lembrados. Se desejarmos ser lembrados deixando saudades, devemos rever a nossa postura. Não podemos ser um problema, mas sim um resolvedor de problemas. Precisamos Fazer parte da solução e não do problema.  Posso ouvir um amém?

hoje queremos avançar fazendo uma reflexão da nossa vida através destes dois textos que lemos hoje. Primeiro deste fato que aconteceu com o Senhor Jesus, quando este orou e tocou um homem cego de Betsaida e também quando fez o mesmo pelo cego Bartimeu que clamou por cura com muita persistência. Desta forma buscaremos ver se existe em nós passividade e, se houver, precisaremos romper e viver a liberdade que Cristo nos proporcionou.

 
Desde a época da minha adolescência e creio que todos nós ja vimos aqueles desenhos ani­mados mostrando árvores em uma flo­resta que se movem, estas andam mexendo seus galhos como se fossem garras e seus troncos e raízes como se fossem corpos e pernas. Isso não lhe parece as­sustador? Ou, no mínimo, estranho? Por ser um desenho animado tudo é posssível, mas se fosse real quando entrássemos em uma floresta, sairíamos correndo, sim ou não?
 
Pois este homem deste texto de hoje que recebeu a cura de Jesus via exatamente isso. Este  ho­mem era cego e  fora levado por outras pessoas até Jesus, para que este o curasse e como sempre, Ele o fez. Aleluias. A primeira coisa que quero te dizer hoje é que o Senhor Jesus está vivo e continua curando os enfermos e salvando as vidas através do Seu grande amor. Ele o fez por mim e também fará por você caso creia nEle e o receba como seu Senhor e Salvador.
 
É impressionante a passividade desse homem de Betsaida. Era cego, e se não fossem seus amigos a suplicarem por ele, ele continuaria paralisado nessa mesma condição. Tão diferente de Bartimeu, também cego, que quando fica sabendo que o Senhor Jesus passava por ali grita bem alto apesar da repreen­são dos amigos da onça ou dos tão conhecidos coveiros, mas pela insistência de Bartimeu que não para de gritar, Jesus para e o chama, ele dá um salto e vai correndo até o Senhor e este o toca e o cura. O Senhor nem precisa perguntar se ele está vendo, pois o mesmo começa a glorificar a Deus e todo o povo louva a Deus pelo milagre.
 
Veja a diferênça entre os dois cegos
 
Bartimeu não ficou esperando por ninguem, não ficou parado acomodado com a sua situação e quando as pessoas se levantaram para impedí-lo, ele gritou mais alto ainda e não se intimidou, buscou a sua cura e recebeu. Quando Bartimeu chegou diante do Senhor Jesus ele sabia exatamente o que queria e quando recebeu, se expressou. Fico imaginando ele pulando e gritando glorias a Deus pela cura que recebera, tanto que mesmo seguindo a Jesus pelo caminho a fora, não parava de glorificar.
 
Em contra partida, o cego de Betsaida ficou esperando ser levado por outras pessoas quando soube que o Senhor chegou naquele lugar, e quando estava diante dEle quem rogou e clamou por ele foi estas pessoas que o levaram. Jesus agiu diferente com ele, pois o pegou pela mão e o levou para fora da aldeia, pois este precisava de algo mais, uma oração apenas não seria suficiente. Este era mais mudo que cego.
 
Jesus para curar este homem aplica-lhe saliva em seus olhos, isso nos parece estranho, não foi algo comum, mas foi exatamente isso que o Senhor fez, e depois o toca imponde-lhe as mãos. Agora aquele homem enxerga, mas não se expressa e foi necessário o Senhor Jesus lhe perguntar se ele via alguma coisa, é só aí que ele afirma ver pessoas que se parecem com árvores. Em vez de dizer a Jesus que não está enxergando direito, diz o que vê como quem se contenta com uma "meia-cura".
Acima de tudo, aquele homem não enxergava sua própria dignidade. Jesus, porém, não se contenta com a visão turva dele e por isso executa sua cura completa. Veja que foi Jesus que toma a iniciativa de perguntar e de orar novamente, pois se não o fizesse, aquele homem continuaria da mesma forma. A única razão para o fracasso das pessoas está na perda ou na falta de foco. É preciso saber o que queremos e aonde sonhamos chegar.
 
Quantas pessoas vivem como aquele cego: contidos em sua própria escuridão existencial, alheios às possibilidades que os cercam, alheios ao poder de Deus e sem interesse quando têm diante de si a abun­dância de vida. Quantos vivem em absoluta cegueira quanto ao que Deus deseja realizar em suas vidas e ao próprio valor pesso­al. Quantos vivem sem enxergar a sua verdadeira identidade em Cristo, a sua oportunidade de servir ao Senhor usando seus talentos, seus bens e seu tempo.
 
Muitos não enxergam a benção de estar casados, de ser pais e de ser filhos. Muitos vivem passivos quanto a fé, quanto a família, quanto ao ministério e a salvação. Quantos vivem e não expressam sua fé e não conseguem ver direito o quanto o Senhor já fez e não valorizam aquilo que já receberam. Muitos desistem por causa das falhas que cometem ou pelas falhas do conjugê, dos filhos, dos pais, dos líderes etc., mas Deus me mostrou que a grandeza não é a ausencia de falhas, mas a vontade de superá-las. É preciso sair da acomodação e buscar mudanças.
 
Nossa visão é de companheirismo e discipulado. Aquilo que aquelas pessoas fizeram foi certo, pois eles levaram aquele homem até a presença do Senhor. Precisamos fazer o mesmo, pois a resposta certa para cada vida vem de Deus. Precisamos apascentar e sermos apascentados, mas fica entendido que não podemos ser passivos, não podemos ser pessoas frias, não podemos ficar parados e satisfeitos com aquilo que já conquistamos, Deus tem mais para nos dar e é preciso buscar, receber e se expressar. A bíblia diz que devemos servir ao senhor com alegria. Sl 100.
 
Neste domingo passado os pastores que nos visitaram disse que somos uma igreja alegre que se expressa, ficaram contagiados com a resposta da igreja em relação a Palavra. Enquanto eu desenvolvia este esboço, la no atrio da nova igreja acontecia a vigilia de oração e observei que a maioria de nosso povo se expressa. Glórias a Deus, como é bom orar por pessoas que recebem e não ficam passivos. Deus falou ao meu coração que a nossa reação a Sua Palavra é um retrato de nosso respeito para com Ele. O preço que você estiver disposto a pagar por Deus, determina o quanto Ele vale para você.
 
Para alcançar o sucesso é preciso sair da acomodação, o que está faltando em sua vida é o que você certamente não valorizou e em muitos casos, foi porque ficou passivo e não agiu. O cristão fiel e verdadeiro não se intimida com as ameaças do inimigo ou com as circunstâncias contrárias, pois está alimentado, fortalecido e guardado em Cristo.
 
Enfim: aprendemos também neste acontecimento que é preciso crer e receber com facilidade. Imaginem, foi necessário Jesus passar saliva nos olhos daquele homem para desenvolver a sua fé, mesmo sendo o Senhor orando e declarando a cura com imposição de mãos, ainda não era suficiente. Aquele cego não sabia que era saliva, pensou, deve ser algum remêdio, Jesus deve estar ungindo os meus olhos e foi necessário ser feito duas orações e mesmo assim, precisou da insistência do Senhor para ele testemunhar e se expressar. Foi exatamente por isso que o Senhor o levou para fora da aldeia, diante das pessoas, nem pensar, é muita timides e muita passividade. Misericordia!
 
Que sua visão de Deus, da igreja, desta célula, do mundo, de si mesmo da sua família e de todo seu potencial em Cristo seja plena, clara e tão límpida quanto a existência de Deus, pois Ele reina e é capaz de realizar um milagre na sua vida. Que seus olhos sejam abertos agora!  Seja livre! Veja! Enxergue! Seja ativo e faça proezas em nome do Senhor Jesus! Deixe Deus abrir os olhos do seu coração para que você enxergue o que precisa ver e saber. Te amamos em Cristo nosso Senhor!
 
Compartilhar: com qual dos dois exemplos de hoje você se identifica? Você busca e persiste ou depende de alguém puxar você? Ou o que esta palavra falou ao seu coração?
 
Pastores Eliezer e Zenita

 

 

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