Quem de fato deseja as multidões?

Mateus. 4: 18 a 25

Jesus veio ao mundo com o propósito de salvar multidões, seu coração ardia por isto e seus primeiros passos logo após o seu batismo, foram nesta direção. O Senhor vislumbrando as multidões, caminhou em direção a seus primeiros discípulos. É isto que nos mostra o texto de Mt. 4: 18 a 25, Jesus indo em busca dos seus doze.

Note que os quatro primeiros chamados eram dois pares de irmãos, de duas famílias diferentes, dois eram pescadores, André e Pedro, e dois sócios de seu pai numa empresa de pesca, Tiago e João.

O texto enfatiza que todos ao serem chamados, deixaram imediatamente a família e o trabalho para seguirem a Jesus. A vida de Jesus era envolvida por uma atmosfera de amor e poder sobrenatural, que gerou neles esta atitude de renúncia imediata ao convívio da família e ao trabalho, mas também imagino o quanto Jesus orou por isto antes, pra que este milagre acontecesse.

O mais incrível é que Jesus não lhes prometeu sucesso, fama ou fortuna, Ele prometeu algo espiritual: Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens, e eles renunciaram a tudo que lhes era precioso, por Jesus e por esta missão.

Creio que o amor contagiante do Senhor, associado ao anseio espiritual oculto no coração dos que são escolhidos, impeliu aqueles homens a iniciarem sua caminhada em direção a seu destino eterno: serem filhos, discípulos, apóstolos e juízes assentados em doze tronos perante a face do Cordeiro.

Jesus continua andando em busca de seus doze, agora não mais no Mar da Galileia, mas nos lares, escolas, empresas, e até nas igrejas, onde estão pessoas comuns como eu e você, mas quem está realmente disposto a deixar tudo para seguir Jesus? Quem de fato quer trocar uma vida comum, pelo chamado incomum de ser doze, de ter doze, e de gerar uma multidão para Cristo???

Talvez diante desta pergunta todos possam responder, eu! Eis me aqui! Tô dentro Senhor! Uhuhu! A maioria porém, sem saber o preço que isto custará, para que realmente aconteça.

No ambiente da Visão muitos passam a amar o título de líderes de multidão, mas título é um elemento exterior, quando seguir a Cristo e gerar multidões, depende de uma essência que é interior.

Esta essência é a paixão que Deus tem por vidas ardendo dentro de nós, a qual torna-se maior que os valores terrenos, aos quais precisamos renunciar para que nosso chamado se cumpra com largueza, conforme Deus deseja.

Deus não ama alguns, Ele ama a todos, Ele não quer salvar uns poucos, quer salvar o maior número possível, e quanto mais este sentimento existir em nós, tanto mais cheios de Deus nós estaremos.

O vs. 21 diz que os irmãos Tiago e João ao serem chamados, deixaram o barco e a seu pai para seguirem a Jesus.

O que de mais precioso este texto nos ensina? Que sem renúncia não há crescimento do Reino, sem renúncia não há como gerar ou liderar uma multidão.

A maior dificuldade da igreja hoje é encontrar em seu seio, pessoas dispostas a renunciar à seus hábitos e direitos comuns, para que outros possam ser salvos e cuidados até serem transformados. O egoísmo ainda sobrepuja a doação.

Renunciar não quer dizer abandonar ou perder, mas sim deixar em segundo plano em relação a Deus. Jesus mesmo disse em Lc. 14: 26: Se alguém vier a mim e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também à própria vida, não pode ser meu discípulo. Aborrecer não quer dizer maltratar, mas sim amar menos que a Jesus.

Há pessoas que não se dedicam ao serviço de Cristo por medo de desampararem a família, não entendendo, no entanto, que Jesus quer toda nossa família servindo a Ele. Os quatro primeiros discípulos de Cristo eram parte de duas famílias. Deus ama famílias e trabalha com famílias.

Assim é com você, Jesus te chamou dentre a sua família para servi-lo e se você se dedicar a isto, logo toda sua família estará na Presença do Senhor.

Nossa família é um alvo da salvação e da graça do Senhor, mas também é vista como uma família sacerdotal, por isso não podemos torná-la um entrave ao nosso ministério.

Outra grande dificuldade na liderança, é o equilíbrio entre trabalho secular e ministério. Muitos vivem frustrações e fracassos ministeriais porque suas mentes são tão absorvidas por preocupações com trabalho e dinheiro, que não sobra tempo para Deus. Isto esfria os líderes, lhes rouba a unção e os frutos.

Como um líder que vive assim poderá ter êxito ministerial, se seu coração anela somente coisas terrenas? A Bíblia diz: onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.

No que seu coração tem depositado mais valor hoje? No que ficará na Terra ou no que poderá ir para o Céu? Nas coisas ou nas vidas?

Há neste aspecto um argumento aparentemente tão forte, que chega a ser um sofisma na mente e nos lábios de muitos: Se eu não trabalhar quem vai sustentar minha família?

Tudo depende de quanta sanidade e coerência atribuímos a Deus. Vamos refletir: Será que Jesus chamou aqueles doze para passarem fome? Será que Jesus deixou as famílias de seus doze desamparadas? Será que Deus não é capaz de suprir aqueles que trocam a vida secular pelo ministério? Deus sustenta os templos, mas não tem capacidade para sustentar os sacerdotes?

A verdade é que muitos ainda só confiam em Deus até certo ponto, e por isso crêem que precisam correr pra lá e pra cá em busca de recursos. Sem o exercício da fé e da renúncia ao que é natural, não há como um ministério crescer.

A renúncia daqueles homens a sua vida comum, fez deles líderes incomuns, que passaram a viver no sobrenatural, presenciando e realizando milagres de forma cotidiana.

O amor que provaram através de sua entrega, fez deles poderosos instrumentos de cura e verdadeiros ímãs às numerosas multidões que os seguiam.

O livro de Atos diz que eles não tinham falta de coisa alguma, mas também não precisavam de nada para serem felizes, porque sua maior riqueza era pertencerem a Cristo.

Servindo a Jesus tornaram-se conhecidos e famosos. Seus nomes entraram para a história, tanto na Terra como no Céu.

Sua influência perdura por muitos séculos após suas mortes. Se hoje conhecemos a Jesus, é por causa do sim definitivo que um dia eles deram para Deus.

Hoje nós não somos menos discípulos do Messias do que estes homens, tanto quanto eles, somos doze de Jesus, mas devemos refletir se estamos pagando realmente, o preço necessário para que o Senhor seja glorificado em nosso ministério.

O que você está disposto a fazer para ter discípulos? Que preço você está disposto a pagar para ter seus doze? O quanto você quer de fato uma multidão?

Não será preciso responder nenhuma destas perguntas, porque Deus ouve o seu coração enquanto você pensa, e os homens serão abençoados quando você agir!

Ministração: leve os discípulos a um tempo de reflexão oração e arrependimento por no mínimo cinco minutos.

Ore para que cada um seja livre das amarras desta vida e possam ser plenamente entregues ao Senhor. Abençoe-os com intimidade com Deus e unção para que frutifiquem ENDJ.

Que o Deus de Abraão, Isaac e Jacó os abençoe e multiplique abundantemente ENDJ.

Amamos vocês Aps. Fábio e Claudia A. Abbud e Eliezer e Zenita Moreira

Por favor transmitam este estudo a 2a, 3a e 4a geração.

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