O avivamento depende da unidade espiritual da igreja

Filipenses 1: 27 a 30 e 2: 1 a 4

Todos nós, no seio da igreja de Cristo, esperamos o avivamento, pois esta é uma promessa divina. Todos esperam por um grande derramar do Espírito gerando sede em multidões, que afluirão apressadamente para a presença de Deus.

Todos desejam ver a manifestação prodigiosa do Espírito Santo produzindo sinais, maravilhas e milagres de forma cotidiana, como nos dias de atos, todos desejam ver seus ministérios crescendo largamente por meio milhares de vidas salvas, multiplicadas e transformadas pelo poder de Deus.

Apesar deste sentimento profético presente no espírito da igreja, todos também se perguntam: por que este avivamento ainda não veio???

A resposta é simples: a igreja precisa santificar-se para que chegue a unidade do Espírito. Sem unidade, não há como haver avivamento.  

Se nossos resultados particulares e coletivos não são melhores é por conta de um terrível inimigo oculto, que silenciosamente separa no espírito, os homens de Deus e como consequência, os homens de seus semelhantes.

Precisamos estar conscientes de quanto importa lutarmos diligentemente pela unidade e vencermos o espírito da divisão, pois este infiltrado e oculto inimigo, age a partir do coração.

Um exemplo claro disto é o que ocorre nas equipes de trabalho no seio da igreja, todos estão juntos e fazem parte da mesma equipe, mas nem todos se amam e alguns embora trabalhem juntos, estão divididos no espírito, o que gera desafetos e a quebra da comunicação e dos relacionamentos. Esta divisão espiritual pode acontecer entre nós e Deus, no seio da família, e na família da fé, a igreja.

A estratégia do inimigo é a mesma de sempre desde o Éden, roubar nossa força, nossa unção, nos separando de Deus através do pecado e roubar a força dada por Deus à família e a igreja. Nosso inimigo espiritual conhece o decreto divino de que um reino dividido não subsiste.

Na carta aos Filipenses o Ap. Paulo nos incita a lutarmos pela unidade do Espírito, da alma e do corpo de Cristo, como condição fundamental à vitória dos cristãos individualmente e da igreja.

O termo bíblico, unidade do Espírito, revela que a unidade começa no plano espiritual e que só Deus pode estabelecê-la. Apesar de a unidade ser um milagre divino, este milagre passa por nós, através de nossa conscientização e nosso esforço pela unidade em todos os relacionamentos.

A unidade depende inicialmente de nossa santificação, que é crescermos na intimidade com Deus. Não conseguiremos nos unir a ninguém se em espírito estivermos separados de Deus.

Em 1 Coríntios 6: 16 e 17 está escrito: Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne. Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com Ele.

Nossa unidade na família, na igreja e na sociedade, depende de quão santificados estejamos para Deus.

Santificar-nos depende da busca a Deus, em amor, oração, jejum, comunhão, e de uma vida por princípios, para que morra a nossa velha natureza, pecaminosa e egocêntrica, e nasça em nós a essência de Cristo, santa, amorosa e indulgente.

Cl. 3: 5 diz: Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria, por estas coisas é que vem a ira de Deus (sobre os filhos da desobediência).

Só a intimidade com Deus me trará a consciência da importância da unidade para o meu próprio bem, só a unidade com o Espírito de Deus me capacitará em amor para que eu seja um promotor da unidade onde eu estiver.

Em Filipenses 1: 27 Paulo também enfatiza a unidade de alma, o que depende de nossa saúde e inteligência emocionais. Muitas contendas e divisões que vemos entre casais e entre líderes numa mesma equipe, ocorrem pela falta de cura na alma das pessoas.

Quando isto ocorre, se manifesta a grosseria, a discussão, a opressão e consequentemente as mágoas, que são na verdade, só o florescer de raízes de amargura já estavam instaladas na alma por traumas anteriores. Se queremos viver em perfeita unidade precisamos clamar pela cura completa de nossas emoções.

Paulo denuncia um outro agente contrário à unidade: a soberba e a vanglória. É comum numa equipe alguém pensar: o que eu estou fazendo nesta equipe? Eu sou tão melhor que estes meus irmãos! O Ap. nos oferece o antídoto para esta malignidade no vs. 3: Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.

Devemos entender que numa família, equipe ou igreja, nossos pares foram escolhidos por Deus, por isso não podemos desprezá-los. Se há neles fraquezas e em mim virtudes, devo compreender que Deus nos uniu para que uns acrescentem valor à vida dos outros, suportando-nos (dando suporte) uns aos outros em amor.

Outro inimigo da unidade desmascarado por este texto, é o egocentrismo que coloca os projetos pessoais acima dos propósitos de Deus. No vs. 4 Paulo diz: Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também o que é dos outros.

A unidade de uma família ou equipe de trabalho só será plena, se houver um alinhamento de pensamentos, sentimentos e propósitos pessoais com os pensamentos, sentimentos e propósitos de Deus. Paulo transmite isto dizendo: “para que eu ouça, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica” (cap. 1: 27).

Em João 17: 21 Jesus orou ao Pai para que nós (a igreja) fôssemos um, assim como o Pai, o Filho e o Espírito são um. Nenhuma oração de Jesus ficou ou ficará sem resposta e muito menos esta, pois este texto também diz que só a unidade da igreja convencerá o mundo de que Jesus foi enviado pelo Pai, chegando assim o avivamento.

A unidade será um milagre processado por Deus na vida da igreja, mas será também fruto de nossa obediência a Deus no exercício da santificação, do amor, da humildade, do perdão e do diálogo. Enquanto competirmos e disputarmos autorias, buscarmos o reino próprio e não o de Deus, nossos inimigos estarão rindo de nós, mas quando nos unirmos em amor e propósito, receberemos a promessa do salmo 133:1 a 3 “…o óleo precioso sobre a cabeça, a bênção e a vida para sempre”.

Lutemos diligentemente pela unidade do Espírito, pois esta é uma batalha já vencida a nosso favor na Cruz do Calvário, ali Jesus viabilizou a reconciliação de homens com Deus e de homens com homens.

Busque, ore, ame, renuncie, perdoe e una-se, um grande avivamento virá sobre você e sobre uma multidão ao seu redor!

Deus os abençoe e multiplique conforme a promessa ENDJ.

 

Amamos vocês.   Aps. Fábio e Claudia A. Abbud. 

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