Quem é o seu discípulo?

1 Coríntios 4:14 e 15

Nosso êxito na Visão M12 depende de entendermos de forma espiritual, o que é paternidade. Quem não estiver apto a entender e a exercer paternidade, não terá sucesso na formação de gerações de discípulos. No propósito desta chamada, necessitamos saber claramente, quem são os nossos discípulos segundo a ótica divina.

O Ap. Paulo usado pelo Espírito Santo no texto acima, deixa isto bem claro: Nossos discípulos são nada mais, nada menos que " filhos espirituais ".

Por este motivo, na linguagem da Visão, somos chamados por um nome que assusta a alguns: Passamos a ser chamados " Pais de Multidões".

Alguns que chegam a igreja hoje, inconscientemente fogem disto, pois não querem ser pais, ou tem medo de ter pais, porque sua memória de referência paterna é traumática.

Um grande número de pessoas não tem boa lembrança dos pais, porque foram magoados por estes, outros não tem referência alguma, porque seus pais morreram, ou mesmo vivos, foram pais ausentes. Vivemos numa sociedade onde muitos pais abandonam seus filhos, trocando-os pelo trabalho, ou por uma aventura extraconjugal que os faz deixar a família.

A desestruturação das famílias, gera feridas profundas na alma, que sem a intervenção do Espírito Santo, repercutirão negativamente, ao longo de toda vida de uma pessoa e de seus descendentes.

Há também os que se assustam com o desafio de serem pais espirituais (o chamado para serem líderes na igreja) por saberem que isto representa uma grande responsabilidade, mas neste aspecto a Visão é perfeita, pois promove primeiro a cura de nossa alma, para depois nos treinar e enviar.

No processo do discipulado, primeiro somos cuidados, para depois cuidarmos de outros. Para sermos bons líderes, precisamos primeiro nos submeter ao tratamento como discípulos, se queremos ser pais espirituais, precisamos primeiro ser filhos.

Como filhos, não saberemos para onde iremos, se não soubermos de onde saímos, não conheceremos nosso destino, se não tivermos origem. Parte de nossa identidade tanto biológica quanto espiritual, se relaciona a quem nos gerou.

É isto o que Paulo está dizendo no versículo 15: pois eu pelo evangelho vos gerei em Cristo Jesus. Quando oramos, evangelizamos e falamos de Cristo ou da Visão à pessoas, estamos gerando filhos (discípulos) em cada propósito.

Nossos discípulos são filhos espirituais, e nossos filhos biológicos são nossos primeiros e principais discípulos. Tanto a uns, como a outros, devemos todo amor e cuidado para que se forme neles o caráter de Cristo.

Uma vez convictos desta realidade, devemos pedir a Deus um coração cheio de amor paterno, porque só depois deste toque de Deus em nossas vidas, é que seremos aptos para o êxito no desafio da paternidade espiritual.

O livro de Pv. 17: 6 diz: A glória dos filhos são seus pais. Um filho sem pai, sofre por não ter referência, amor, e proteção, e esta é a grande crise vivida por uma geração que ainda está lá fora sofrendo, desarraigada da presença do Pai Celestial. A maior parte dos problemas da sociedade em que vivemos, está ligada a perda da referência paterna, promovida pelo pecado do homem no Éden.

Como Igreja, fomos chamados por Deus para a missão de restabelecer a comunhão destes muitos filhos com o Pai Eterno, gerando neles não só a vida de Deus, mas também a sua essência e seu caráter.

Se desejamos ser bons pais espirituais, precisamos saber quais são nossos deveres para com nossos filhos e filhas no seio da igreja, e é isto que vamos ver nos tópicos a seguir:

1. O Pai ama: Somos fruto do amor de Deus. Por nos amar, Ele nos gerou, por nos amar Ele nos perdoou e nos salvou através de Cristo.

O Pai nos amou primeiro, e assim como Ele nos amou, devemos amar nossos semelhantes, com a mesma disposição de exercer compaixão, de perdoar, de cuidar daqueles que estão ao nosso redor.

Só geraremos filhos espirituais se exercermos a compaixão aos perdidos e nos exercitarmos no amor de Jesus, que representa doar-se, servir e pagar o preço para que muitos filhos sejam gerados e formados na fé, mas uma vez feita esta semeadura, redundará numa abundante colheita de amor, alegria, honra.

2 – O Pai gera: O Ap. Paulo diz neste texto aos Coríntios: "pois eu pelo evangelho vos gerei". Quando olhamos para a vida de um Apóstolo ou de um Pastor, precisamos entender que o rebanho que está a sua frente, não surgiu do acaso e nem repentinamente, mas foi por ele gerado em amor, fé, intercessão, perseverança, trabalho e lágrimas.

Gerar discípulos depende de pagarmos o preço da santificação, nos abstendo do pecado, depende da oração, gastando tempo com Deus, e do amor investido na consolidação dos bebés espirituais até que amadureçam.

O livro de Lucas 6: 12 diz que Jesus gerou seus 12 em uma noite de oração, e depois os amou até o fim, ou seja, até a morte. Sermos pais espirituais, significa nos comprometermos a conduzirmos nossos filhos dia a dia, em direção ao seu destino eterno.

Por serem filhos, não poderão ser abandonados, despedidos, nem desprezados, antes devem ser amados e cuidados por toda a vida. (Eu cuidarei de vocês enquanto vocês quiserem ser cuidados por mim).

3 – O Pai é modelo: A Bíblia diz que nosso Pai Celeste nos fez a sua imagem e semelhança, ou seja, fomos formados a partir de um modelo de santidade, amor e perfeição. Esta é a referência perdida pela presente geração, a qual também será restituída através de nosso testemunho como pais modelo.

Em João 5:19 diz: Então lhes falou Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo que o filho nada pode fazer de si mesmo, senão aquilo que vir fazer o Pai, porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz.

Devemos sim ensinar nossos filhos e discípulos, mas neste processo, sabermos que nossas atitudes terão muito mais impacto na formação deles, do que nossas palavras.

4 – O Pai ensina: Um Pai precisa ser um mestre, ensinando pela palavra, mas também pela experiência e pelo testemunho.

Vivemos num tempo de tanta pressa e ansiedade, que pais acabam delegando a educação de seus filhos à avós, irmãos, babás, vizinhos, professores, e até à internet. Que terrível erro!

Desde o princípio, Deus instruiu a Israel dizendo: Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração, tu as inculcarás (repetir a instrução) a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas. (Dt. 6: 6 a 9.)

Cabe a nós, pais espirituais, ensinar os princípios de Deus a nossos discípulos através de nossas obras e através da Visão transmitida à eles.

Estamos diante do desafio de ensinar uma geração perdida, o que fazer, e o como fazer, para que assim sejam transformados em discípulos de Cristo.

5 – O Pai abençoa e determina herança: Está sobre a vida dos pais a autoridade para abençoar e para amaldiçoar. Jesus, porém, nos adverte a abençoarmos sempre e nunca amaldiçoarmos. Como pais, precisamos fazer uso deste poder de liberarmos sobre nossos filhos, palavras de vida e de bênçãos, pois com nossas palavras podemos atá-los ou desatá-los nas conquistas e na multiplicação.

Receberemos o dom de elogiar, de motivar, e valorizar através das palavras. O mundo está de plantão para depreciar, infamar e criticar, nós porém, vamos curar nossos filhos determinando para eles um futuro de esperança e glória, através de bênçãos proféticas, como fez em Gn. 49, o patriarca Jacó, abençoando a cada um de seus 12 filhos e determinando seu futuro.

Jesus também abençoou seus 12, dando-lhes a posse das nações, hoje como discípulos de Jesus, somos filhos desta benção e desta conquista.

Contudo, este trabalho ainda não acabou, no mundo há ainda milhões de filhos perdidos necessitando de um pai. Na perspectiva de tanta carência, está contida a grandeza futura do seu ministério, se tão somente, você entregar à Deus seu coração, pedindo sinceramente, que Ele faça de você um Pai de Multidões.

Ministração: Coloque um louvor de adoração, e determine um tempo de oração para os 12. Deus trará cura e restituição da paternidade, para que todos frutifiquem e sejam capacitados a exercerem, com alegria e êxito, a liderança espiritual.

Determine que se houver qualquer mágoa em relação aos pais biológicos ou aos líderes espirituais, devem liberar perdão em Nome de Jesus, para que bênçãos sejam liberadas.

Este é um momento de desatar na vida pessoal e no ministério, por isso, como um Pai que ama e é ungido por Deus, profetize a cura da memória paterna, e a bênção da fecundidade sobre a vida e o ministério dos seus discípulos.

Ao final diga que os ama, abrace cada um deles e providencie lenços porque muitos vão chorar.

Que o Senhor os abençoe e multiplique, conforme a promessa ENDJ.

Amamos vocês. Aps. Fábio e Claudia A. Abbud.

Por favor transmitam esta palavra aos Pastores e discípulos de Ia, 2a, e 3a geração.

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