Deus une pessoas para um propósito. Assim como alguém se empenha para construir uma casa, assim acontece na vida da igreja. Hoje precisamos avaliar como está indo a nossa construção.
O discipulado é um relacionamento (base), onde há transmissão de vida para o cumprimento do propósito de Deus. Recebemos a unção dos nossos líderes. Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau (Prov. 13:20). Em Nm 11:16-17 vemos um princípio muito claro.
A composição do edifício de Deus – Ex 31:1-5 – Deus usa pedra para edificar. Nós somos pedras que devem ser lapidadas para edificação do tabernáculo, para edificar a igreja do Senhor. A lapidação produz o quebrantamento que Deus espera para cada um de nós. É um processo.
- Confiança – I Co 3:10b,12-15. É melhor fogo aqui do que lá no inferno ou no juízo. Todas as nossas obras serão testadas. Discipulado é um tempo de aprovação. Somos aprovados na provação, através dos testes de Deus.
- Transparência. Somente com transparência é que podemos ajustar as contas. Muitas vezes, alguém entopi o fluir dos rios de Deus e no discipulado isso é ajustado.
- Fome e sede de Crescer – Lc 11:10. Um bom exemplo é o que acontece com Eliseu e Elias no relacionamento dos dois. O tamanho da fome é o tamanho do que você vai receber. Eliseu quis ter o dobro da unção de Elias. É importante querer, desejar, almejar e buscar receber.
- Disposição. É o discípulo que vai atrás. E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo. Discípulo é o que procura, é o que segue. Se o discipulador tiver que ficar indo atrás, este ainda não é discípulo, ainda está na consolidação.
- Compromisso. O discipulado é prioritário. Muitos não priorizam e deixam como está para ver como é que fica. Não reclame daquilo que você permite. Se não temos compromisso com o nosso discipulador para corresponder e com os nossos discípulos para formá-los e treiná-los e enviá-los, a obra que Deus confiou nas nossas mãos não vai se realizar. O discipulado tem um preço. Nós somos servos no aspecto da obra. Não temos direitos sobre nós.
- Fidelidade. Edificamos relacionamentos através da fidelidade. Jesus quer que todos sejam um (Jo 17:21). A fidelidade guarda, protege, cuida, se torna cúmplices. Quando se fala de Fidelidade logo se lembra de lealdade, pois os dois andam de mãos dadas, são irmãos gêmeos, são parecidos no entendimento ou na interpretação, mas quando são praticados, aparece a diferença.
O Apóstolo Renê disse em seu livro sobre este tema que fidelidade é um pacto social, institucional, espiritual, emocional, físico, entre aqueles que são da mesma natureza, que têm o mesmo pensamento e o mesmo valor. É a mesma natureza que se une. O leão se une à leoa; o homem se une à mulher.
A lealdade vai além do discurso. Lealdade é o caráter ornado na verdade absoluta. E é esse manto de verdade absoluta que o Senhor quer colocar sobre a sua vida. Lealdade se dá entre seres de naturezas diferentes, que se respeitam e se suportam apesar das diferenças. É fácil ser fiel com a mesma natureza, com o mesmo pensamento, com os mesmos discursos. Porém, quando entra a questão de pensamento diferente, muitos não são mais fiéis, não caminham mais juntos.
A lealdade é um legado para os incomuns. Os comuns não fazem história, os incomuns são a história. Os comuns precisam de apoio, muletas, respaldo, palavras. Eles dizem ter a fidelidade para depois dizer que têm honra. Os leais, independente de quem é seu líder ou quem são seus discípulos, estão ao lado; não entendendo, estão ao lado; não sendo revelado, estão ao lado; não aparecendo, estão ao lado. A lealdade é uma integridade.
Sem o DNA da fidelidade e lealdade, sem este caráter impresso em nós, dificilmente conseguiremos gerar discípulos que sejam de confiança, discípulos comprometidos e envolvidos com o sonho, discípulos que abrem mão dos seus sonhos pelos os nossos, mesmo que estes sonhos sejam de Deus revelado em nós.
- Cruz, conforme Lc 14:26-27. A cruz toca nos nossos relacionamentos, no nosso ego (negar a vida da alma, das opiniões, dos achismos, dos confortos pessoais, das vontades próprias) – Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo – Lc 14:33. Discípulo verdadeiro é aquele que nega tudo para seguir seu mestre e cumprir o seu papel.
- Ser Servo, servir. Deus somente vai receber o serviço que foi feito de coração. Não para reconhecimento, para aplausos, para o próprio ego. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração – I Sm 16:7. A submissão atrai o coração de Deus. Ver II Re 3:11 e I Re 19:19-21. Quando servimos um homem ou uma mulher de Deus recebemos a unção deles. A unção que eu honrar, nela prosperarei. II Re 2:15. Há uma relação íntima entre servir e herdar um manto de unção. Ver João 12:24,26.
A cruz, o servir e o seguir, são princípios para uma nova posição em Deus. I Cr 12 fala de homens que arriscaram a sua vida para servir e seguir Davi. O exemplo de Jesus em Filipenses 2:5 mostra o verdadeiro servo.
Deus enviou Seu Filho para salvação da humanidade, este amou, treinou e ensinou uma estratégia, uma visão funcional que cumpriria este propósito de salvação. A visão visa formar discípulos em equipe de doze, com a finalidade de multiplicação. Deus procura homens e mulheres que propaguem Sua visão, que estabeleçam metas, mobilizem o corpo de Cristo e vençam obstáculos a fim de alcançarem as nações para Cristo.
Mobilização acontece quando um líder, com uma visão dada por Deus, envolve suas ovelhas, seus discípulos de todos os níveis, em um movimento que levará ao cumprimento dos ideais do reino de Deus na terra. Um movimentotem vida própria e continuará enquanto a visão for importante para motivar as pessoas a estar envolvidas, não importando o preço a pagar. O projeto de Deus requer um líder que toque a trombeta, anuncie o ataque, mostre o caminho e mantenha o movimento correndo na direção correta a fim de ver a missão cumprida.