II Coríntios 12.15ª; João 6:70
Para alguns, um grande privilégio, como de fato é. Porém, para outros, parece ser algo que vai além de suas capacidades, tornando-se um fardo. O bom é que todos pudessem sentir alegria e prazer em fazer. Neste processo precioso de frutificação para o Senhor, precisamos considerar que estas quatro fases são o caminho natural da visão: GANHAR – CONSOLIDAR – DISCIPULAR – ENVIAR.
1. Ganhar: Provérbios 11.30; Daniel 12.3
2. Consolidar: Atos 2.38,4; Efésios 4.16
3. Discipular: Mateus 28.19,20; Atos 14.21
4. Enviar: Marcos 3.14; 16.15; Romanos 10:13-15
Precisamos levar, pelo Espírito Santo, cada novo convertido através da porta do reino, consolidando-os no corpo de Cristo com juntas de relacionamentos fortes e em um discipulado vigoroso; levando-os, por sua vez, a também se tornarem frutíferos.
Não basta sermos discípulos, temos que ser enviados para ser discipuladores.
O discipulado cristão é um relacionamento de mestre e aprendiz, baseado no modelo de Jesus e seus discípulos, no qual o mestre reproduz tão bem no aprendiz a plenitude da vida que tem em Cristo, que o discípulo é capaz de treinar outros para ensinar e formar outros.
Jesus é o mestre fazedor de discípulos. Como todo cristão leva o nome de Jesus, não existe lugar para a mediocridade no discipulado.
“A ordem de Jesus que transforma a vida – “Segue-me”. Issoengloba tudo hoje assim como englobava tudo naquele tempo. Não pode ser tratada com leviandade. O destino eterno das pessoas depende da sua resposta ao chamado de Cristo que ainda ecoa pelos séculos: Segue-me.”
O discipulado é o processo de formar vidas, ensinando-lhes um novo estilo de vida com base no evangelho do reino de Deus. Portanto, um discípulo é alguém totalmente comprometido com o Senhor Jesus e com seus discipuladores e irmãos em Cristo.
É alguém que crê em tudo o que Cristo disse e faz tudo o que ele manda.
O termo discípulo aparece na Bíblia mais de 250 vezes. Mas a igreja moderna usa os termos como:
1. Convertido: alguém que mudou de direção, houve transformação;
2. Salvo: o que foi liberto da culpa e condenação do pecado;
3. Crente: aquele que crê (Atos 16.1; 5.14);
4. Cristão: seguidor de Cristo, igual a Cristo (Atos 11.26; 26.28; 1 Pedro 4.16);
5. Evangélico: não aparece na Bíblia (em Fil. 1.27 lemos “fé evangélica ou fé do evangelho”).
Todos os termos se referem à mesma pessoa, porém eram praticamente ignorados no Novo Testamento. Os seguidores de Jesus eram conhecidos como discípulos; não somente os doze (Lucas 6.13), ou os setenta (Lucas 10.1-23), mas todos aqueles que reconheceram a Jesus como Senhor (Mt 27.57; João 9.27,28; Atos 6.1 e 2). OBS.: Até os anjos usaram esta linguagem em Mc 16.7.
O discipulado surge do vínculo natural em nossa tarefa de fazer discípulos. Deus quer que sejamos mais do que testemunhas e proclamadores. Ele nos deu a tarefa de ensinar e formar a vida das pessoas que se convertem. Temos que entender, então, que o ministério de fazer discípulos não vai somente até o batismo, mas continua com a edificação (ensino, orientação, cuidado) do novo que se converteu. Isso deve ocorrer até a volta do Senhor Jesus.
É uma relação de compromisso para edificação e frutificação. É alguém mais maduro que está ajudando o outro, que é mais novo na fé. Isto não é mais um método; é a prática de Jesus; é o que sustenta, edifica e ajusta ao corpo alguém que se converte.
É um vínculo que surge naturalmente quando alguém ganha o outro e se sente responsável por ele; cuida, vela, ensina, ampara, sofre e ajuda a levar a carga.
Assim, ninguém fica só. Todo “recém-nascido” fica com um “pai” ou uma “mãe” espiritual, que vai cuidar dele e alimentá-lo. “…filhos meus amados. Porque ainda que tivésseis milhares de tutores em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais, pois fui eu que os gerei…” (1 Coríntios 4.14-17)
“…como pai a seus filhos, a cada um de vós, exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória.” (1 Tessalonicenses 2.11,12)
“Admoesto-vos, portanto, que sejais meus imitadores” (1 Coríntios 4.16)
…sigam os meus passos, como a um pai – (isto é ou imitem a Deus como filhos amados, como eu). Ef. 5:1
Imitadores em quê?
Na paternidade espiritual. Não em sermos somente “pedagogos espirituais”, porém pais, dando nossas próprias vidas ao Senhor e aos nossos discípulos, nossos filhos espirituais.
Os discípulos são nossa alegria – “Pois, quem é a nossa esperança, ou alegria, ou coroa em que exultamos, na presença de nosso Senhor Jesus em sua vinda? Não sois vós? Sim, vós sois realmente a nossa glória e a nossa alegria!” …“Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos (espirituais) andam na verdade. (3 João 4;1 Tessalonicenses 2.19,20)
A melhor forma de investimento de nossa vida terrena é vivermos o propósito eterno de Deus, sendo seus cooperadores, investindo, buscando e pensando nas coisas de cima. Nada dá mais alegria do que ver o reino de Deus se manifestando dia a dia em um discípulo que cresce à imagem de Cristo Jesus. Que tremendo privilégio fazermos parte desta obra maravilhosa! Como Deus é bom! Mt 6.19,20; Col 3.1-3).
Não há alegria e realização maior nesta vida do que aquela em que temos certeza de estarmos edificando vidas para toda a eternidade; homens e mulheres, jovens, adolescentes, velhos e crianças, enfim, uma família gloriosa “com cara de Jesus” para a glória de Deus Pai!
Nossa aliança é uma aliança de amor, de companheirismo. A fidelidade existe para com os apóstolos e de nós apóstolos para com vocês, isso é algo que tem feito a diferença. Uma das coisas mais importantes que aprendi, é que não somos donos da Igreja. A igreja é do Senhor Jesus, os discípulos são do Senhor e Ele nos confiou para cuidarmos deles, não somos donos das pessoas, elas andam conosco por amor, fidelidade, lealdade e aliança, ninguém é forçado.
Seria impossível apascentarmos uma multidão incontável sozinhos. Entendi que precisamos formar discípulos líderes! É preciso formar 12 discípulos líderes que formem outros, assim atingiremos uma multidão onde todos com qualidade serão apascentados, onde todos estarão na Rocha sem vacilar. Precisamos mais do que nunca, focarmos a formação e consolidação dos nossos doze! Você faz parte deste projeto, obrigado por tudo que você tem feito pelo Reino, por nós, os apóstolos e igreja. Estamos agradecidos pela equipe maravilhosa que Deus nos deu, estamos ainda aquém do ideal, mas vamos chegar lá, e, para isso contamos com você.
“Eu de boa vontade me gastarei e ainda me deixarei gastar em prol das vossas almas.” (II Cor. 12.15).