Aconselhamento – Parte III

III – INFERIODADE E AUTO-ESTIMA

PROBLEMÁTICA:
 
1)   Definição:
·         Auto-imagem: Auto-descrição;
·         Auto-estima: Auto-avaliação.
 
É o que pensamos a nosso próprio respeito. O nosso auto-retrato exerce a grande influência no nosso modo de pensar, agir e sentir; na nossa vida espiritual e emocional.
 
 
No aconselhamento bíblico devemos compreender e aceitar o ensino bíblico sobre o valor humano, para vencermos a inferioridade e construirmos a nossa real auto-estima. Afinal possuímos grande valor, significado e mérito por termos sido criados à imagem e semelhança de Deus. (Gn. 1:26).
 
1.1)      Orgulho: É um desejo exagerado de obter atenção e louvor de outros, de tomar uma posição superior à outras pessoas.
 
1.2) Humildade: É uma auto-avaliação correta. A pessoa humilde aceita suas imperfeições, pecados, falhas, mas também reconhece os dons e habilidades concedidos por Deus. Não representa autonegação ou rejeição dos pontos positivos que nos foram dados por Deus, mas sim uma dependência agradecida ao Senhor.
 
Ex: Paulo que tinha consciência de seu passado pecador e das suas imperfeições que ainda possuía, mas sua auto-imagem era realista, não caracterizada por orgulho, mas por uma humilde avaliação do que Deus estava fazendo por seu intermédio ( I Co. 14:18).
 
Auto-estima realista e humildade andam juntas.
 
1.3) Amor Próprio: A Bíblia nos dá a base para amarmos a nós mesmos. Esta não é uma atitude de superioridade, orgulho egoísta ou auto-adoração, mas significa vermos como criaturas dignas, valorizadas e amadas por Deus. Amar o próximo como a nós mesmos.
 
2)   Causas:
 
       2.1) Teologia Falha: As pessoas sentem-se inclinadas à inferioridade, onde a humildade é o mesmo que auto-condenação ou que o amor próprio é pecaminoso. Se supõe que a auto-estima é errada e que nossos desejos e pensamentos devem ser crucificados. Tal ponto de vista parece espiritual, mas na verdade sufoca os dons, habilidades, personalidades e criatividades que foram dadas por Deus. Ex.: 31:2-4,6. (são ensinamentos dados à cristãos dedicados e sinceros).
 
2.2) Pecado: Quando pecamos nos tornamos culpados, conseqüentemente sentimos remorso, culpa e decepção. Isto contribui para nossa inferioridade e destrói a nossa alto-estima.
 
2.3) Experiências Passadas: Fracasso, rejeição e críticas.
       Não valho nada!; Olha o que as pessoas pensam de mim!; Estou sempre fazendo tudo errado! è Há um pensamento errado de que ninguém espera dele êxito. Por que tentar? è Quando não tentamos, o fracasso é certo e auto-estima é prejudicada.
 
2.4) Ação dos pais para com os filhos:
A auto-estima da criança é formada geralmente nos primeiros anos de vida. Ela não tem uma imagem clara de si mesma e se enxerga através do espelho da avaliação de seus pais. Sentimentos de inferioridade surgem quando os pais: 
 
·         Criticam, rejeitam, xingam, repetem expressões que dizem que elas são: preguiçosas, incapazes, estúpidas.
·         Estabelecem normas e alvos fora da realidade.
·         Raramente elogiam, encorajam e dão apoio emocional.
·         Evitam acariciar, abraçar ou qualquer contato afetuoso.
·         Super protegem os filhos, fazendo-os fracassarem mais tarde.
 
2.5) Expectativas pouco Realistas:
       Quando expectativas, ideais e padrões pessoais e/ou de outras pessoas são elevados demais, caminhamos para o fracasso e sentimento de inferioridade diante do fato de não conseguir corresponde-las.
 
2.6) Carência: Falta de amor, necessidades não supridas.
Homem: (valor, de ser aprovado, respeitado).
Mulher: (aceitação, carinho, ser amada, protegida).
 
2.7) Falta de conhecimento (ímpio) e de revelação (crente) sobre o que somos em Cristo.
 
3)   Indentificações:
a) Sentimento:
·         Inferioridade;
·         Incapacidade de superar suas deficiências; de defender-se;
·         Rejeição;
·         Ciúmes (medo de ser traído);
·         Impotência;
·         Mal amada por Deus e pelos outros;
·         Insegurança;
·         Desânimo;
·         Medo;
·         Incredulidade;
·         Não gostamos do tipo de pessoa que somos; achamos que mais ninguém gosta de nós, isso influencia no relacionamento com as outras pessoas.
 
b) Comportamentos:
·         Se fecha, fuga (dificuldade de convivência);
·         Melindre (tende a sensibilizar-se facilmente);
·         Autocrítica (não se aceita);
·         Incapacidade de aceitar elogios;
·         Baixa autoconfiança;
·         Inclinação para ser mal perdedor;
·         Ser escravo da opinião dos outros;
·         Atitude pessimista diante de si mesmo e diante da vida
·         Esforço para se tornar alguém. Alguma coisa;
·         Dificuldade de amar e aceitar os outros.
 
c) Pensamentos:
·   Pensar em ser diferente do que é;
·   Que não vai dar nada na vida…
·   pior do que todos…
·   Ninguém gosta dele…
·   Só faz coisa errada…
·   Se alguém se importa com ele, se alguém pode interessar nele…; e o que faz pode interessar à alguém…
·   Relacionar com sentimentos.
 
4)   Fundamento Bíblico:
·   Não devemos nos ver como o diabo nos vê, nem como as pessoas nos vêem, nem como nos vemos naturalmente, mas devemos nos ver como Deus nos vê (Sl. 8:4,5; Jz. 6:12-16; Ef. 2:10);
·   Nós somos aquilo que pensamos, que imaginamos, por isso, devemos encher a nossa mente da palavra, ela é o campo de batalha (Pr. 23:7);
·   Exortação ao orgulho (Rm. 12:3)
·   Não é no natural que vamos elevar a nossa auto-estima, não é pela justiça própria, mas pela justiça de Deus (Fl. 3: 4-14)
·   Exercer a Palavra (Nm. 13)
·   Auto-estima baixa por causa do físico (Sl. 139:13-14).
 
5)   Como ajudar:
a)    Estimular a se encher da Palavra para ser transformado por ela:
§ II Co. 3:18 (para ter revelação da nossa própria imagem);
§ Rm. 12:2 (ser transformado pela renovação da mente);
 
b)   Ler, confessar a Palavra nos trechos que dizem que Deus nos ama.
c)    Dizer que nós não somos como uma foto que não pode ser mudada, mas temos acesso ao nosso retrato para muda-lo desenvolvendo a nossa real imagem;
d)   Assim como uma sombra escura distorce a real visão de uma fotografia, uma boa iluminação produz uma boa fotografia.
A luz de Deus traz a tona a nossa real imagem.
e)    Experiências passadas: Mostrar que não somos prisioneiros do passado, o senhor nos faz novos em cada situação;
 
f)     Teologia Falha: Mostrar a diferença entre inferioridade e humildade; que o amor próprio é aprovado por Deus e que autocondenação é destrutiva e errada aos olhos de Deus.
 
Continua
 
Pastor Eliezer
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