Daniel 1:1-8
Um princípio é uma verdade fundamental sobre a qual se apóia o raciocínio. De forma simplificada podemos dizer que alguém devolveu o troco que recebeu a mais por causa de um princípio de honestidade no coração. Daniel era um jovem de princípios bem definidos, e suas ações demonstram que ele estavam relacionados ao seu conhecimento de Deus. Veremos os princípios de Daniel que nos servem de modelo.
1. Princípio de Integridade – “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se…” (Daniel 1:8)
Ser íntegro fala de inteireza moral. Daniel era um jovem que estava longe da sua terra, tendo sido levado cativo juntamente com outros judeus para a terra da Babilônia. Naquele lugar, o encarregado de cuidar daqueles jovens que serviam no palácio real deu outros nomes a Daniel e a seus amigos, além de ensinar-lhes a cultura e a língua da terra. O rei queria, na verdade, que eles esquecessem suas origens e que se moldassem àquela nova cultura, assimilando seus costumes e valores. No entanto, Daniel propôs firmemente “não se contaminar” com o tipo de alimentação ali estabelecido. Seu problema não era apenas a comida, mas algo muito mais profundo. Ele não queria que a assimilação dos costumes de uma terra pagã, pouco a pouco, comprometesse sua integridade física, moral e espiritual. O princípio de integridade o sustentou e o fortaleceu, capacitando-o a dizer “não” quando foi necessário.
Quando temos princípios em nosso coração vamos sempre agir da mesma forma em todas as circunstâncias. Diante do patrão, na ausência dos pais, no namoro a sós, em meio aos amigos da escola, etc. Temos de aceitar o desafio da integridade para que não corramos o risco de nos desintegrarmos pelo caminho. Deixamos para trás uma parte de nós toda vez que agimos deslealmente, desonestamente e injustamente.
2. Princípio de Propósito –“Ora, a estes quatro jovensDeus deu o conhecimento e a inteligência em toda cultura e sabedoria; mas a Daniel deu inteligência de todas as visões e sonhos… Foi Daniel ter com o rei e lhe pediu designasse o tempo, e ele revelaria ao rei a interpretação.” (Daniel 1:17 e 2:16)
Deus entregou a Daniel inteligência de todas as visões e sonhos. Quando o Senhor entrega algo a alguém, o faz por um propósito. Daniel sabia que a habilidade sobrenatural que fluía em sua vida, mais cedo ou mais tarde, serviria aos propósitos divinos. E quando surgiu a oportunidade ele não hesitou em lançar mão do que recebera para abençoar a muitos. Nessa ocasião o rei teve um sonho que muito o perturbou. Daniel se apresentou para aplacar a ira do rei e pedir-lhe um prazo. Deus honrou o senso de propósito daquele jovem e lhe trouxe toda a revelação necessária.
Será que já descobrimos o propósito da nossa vida? Quais são os talentos ou dons espirituais que Deus nos deu para facilitar a execução do nosso ministério? Temos colocado em prática o que já sabemos que é vontade de Deus para nós? As respostas a essas perguntas nos ajudarão a tornar nossa vida mais objetiva. Não perderemos tempo fazendo coisas que não estejam em linha com o propósito divino. Nossas realizações terão sentido e trarão grande regozijo à alma, porque foram conquistadas através da ajuda e da bênção divina. Pense, porque você está nesta família, nesta igreja, nesta célula e nesta geração?
3. Princípio de Fidelidade –“Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer.” (Daniel 6:10 )
Havia um decreto de morte para todos os que, por um prazo de trinta dias, fizessem petição a qualquer deus ou a qualquer homem, e não ao rei somente. Mesmo sabendo disso, Daniel continuou a praticar sua devoção diária como de costume, invocando ao Senhor e prestando-lhe culto três vezes ao dia. O risco de morte não foi suficiente para quebrar o forte princípio de fidelidade a Deus que Daniel tinha em seu coração. Precisamos tomar cuidado quando, por muito menos, cedemos às pressões deste mundo tenebroso, sufocando nosso princípio de fidelidade. Em Apocalipse 2:10b diz: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.”
O mundo, a carne e o diabo, estarão sempre querendo comprometer nossa relação com Deus. Se o princípio de fidelidade não estiver bem firmado, estaremos sujeitos a nos inclinar para o mal e, por conseqüência, sofreremos o prejuízo. Jesus foi o exemplo, Ele é o modelo, Ele foi fiel até a morte e desta forma selou a sua vitória ao ressuscitar dentre os mortos e se assentar a destra do Deus Todo Poderoso. Existe muita luta a frente e devemos firmar bem as estacas da fidelidade para nos tornarmos semelhantes a Ele: “se somos infiéis, ele (Deus) permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo.” (2 Tm 2:13)
4. Princípio de Fé – “O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca aos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; também contra ti, ó rei, não cometi delito algum. Então, o rei se alegrou sobremaneira e mandou tirar a Daniel da cova; assim, foi tirado Daniel da cova, e nenhum dano se achou nele, porque crera no seu Deus.” (Daniel 6:22-23)
Por causa daquele decreto contra os que invocassem a qualquer deus, Daniel, que invocou ao Deus verdadeiro sem temer o risco de morte, foi lançado na cova dos leões. Ele passou uma noite inteira naquele lugar cercado por leões famintos e ferozes. Pela manhã, o rei, compadecido, correu ao lugar da cova e perguntou com voz triste se porventura Daniel estava bem. A resposta foi descrita acima, a qual enfatiza que a causa do livramento divino estava baseada em alguns elementos: inocência diante de Deus e do rei, e fé incondicional. A integridade de Daniel fortaleceu sua fé. A consciência de que em nada havia transgredido nem diante de Deus nem diante do rei, fez com que ele pudesse expressar uma fé ousada que lhe trouxe grande livramento. Em provérbios 28:1 diz: “Fogem os perversos, sem que ninguém os persiga; mas o justo é intrépido como o leão.”
Devemos buscar ter sempre uma consciência limpa, porque ela fortalece a nossa fé. Quando nos sentimos condenados por algum motivo, não conseguimos acreditar que o Senhor agirá em nosso favor. De fato, no pecado não podemos ser abençoados. Mas quando confessamos nossas transgressões e recebemos Seu perdão, então podemos nos voltar para Ele em inteira certeza de fé que Ele nos atenderá. Em I João 1:9 e 3:21 diz: Se confessarmos nossos pecados Ele (Deus) é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. “Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus;”
Daniel foi um jovem que estabeleceu sua conduta sobre os princípios de integridade, propósito, fidelidade e fé; e teve como resultado um forte impacto na vida de um rei que passou a conhecer ao Deus de Israel através de seu testemunho. Mesmo sendo jovem, influenciou um rei e todo seu reinado.
Veja o decreto estabelecido pelo rei por causa do testemunho de Daniel:
“Faço um decreto pelo qual, em todo o domínio do meu reino, os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel, porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre; o seu reino não será destruído, e o seu domínio não terá fim.” (Daniel 6:26)
Compartilhar: O propósito principal de Deus é a nossa salvação e como resultado disso, vivermos uma nova vida em Cristo Jesus. Uma vez que estamos salvos em Cristo, se estabeleceu um novo propósito. Será que já descobrimos este propósito da nossa vida? Já sabemos os talentos ou dons espirituais que Deus nos deu para facilitar a execução do nosso ministério? Temos colocado em prática o que já sabemos que é vontade de Deus para nós? Dentro disso, dê um testemunho daquilo que você recebeu depois da sua conversão, como jovem, qual é seu objetivo como cristão na sua família, igreja, célula e no mundo?
Deus te abençoe!
Apóstolos Eliezer e Zenita