Vendo a vida p ótica de Deus – Parte II

Salmos 24:1; Tiago 4.14

Que é a nossa vida? Nós não vemos as coisas como de fato são, na realidade vemos a vida como nós somos. O modo de enxergarmos nossa vida molda nossa forma de viver. O modo de definirmos a vida determina o nosso destino. Nossa pers­pectiva acerca da vida irá influenciar o modo de como investimos nosso tempo, gastamos nosso dinheiro, usamos nossos talentos e de como valorizamos nossos relacionamentos.

A Bíblia oferece três metáforas que nos ensinam a visão que Deus tem da vida: A vida é um teste, a vida é uma incumbência de confi­ança e a vida é uma atribuição temporária. Essas ideias são os fundamentos bíblicos da vida que é dirigida por propósitos.

1.A vida na terra é um teste. Essa verdade acerca da vida é vista em histó­rias ao longo de toda a Palavra de Deus. Ele continuamente testa as pessoas quanto ao caráter, fé, obediência, amor, honestidade e lealdade. Palavras como “provações”, “tentações”, “refinar” e “testar” ocorrem mais de duzentas vezes na Bíblia.

2.A vida na terra é uma incumbência de confiança. Essa é a segunda revelação bíblica da vida. Nosso tempo sobre a terra, nossa energia, inteligência, oportunidades, relacionamentos e recursos são dádivas que Deus nos confiou para cuidarmos e administramos.

Somos mordomos de tudo quanto Deus nos dá. Esse conceito de mordo­mia começa com o reconhecimento de que Deus é o dono de tudo e de todos na terra. A Bíblia diz: Ao Senhor Deus pertencem o mundo e tudo o que nele existe; a terra e todos os seres vivos que nela vivem são dele. (Sl. 24:1)

Na realidade tudo que conquistamos e possuímos é nos dado durante nosso breve período na terra. Por mais que vivamos, mesmo que cheguemos aos 120 anos com saúde e energia, seria muito pouco diante da eternidade no céu com Deus e pouco tempo pra desfrutarmos de tudo que Ele tem para nós nesta terra, porém, tudo que conquistamos aqui, será nosso por um tempo.

As coisas que vão permanecer após esta vida serão nossas obras mediante a fé em Jesus Cristo nosso Senhor. Deus apenas nos empresta a terra enquanto estamos aqui. Ela já era propriedade de Deus antes que chegássemos, e Deus irá emprestá-la a outra pessoa depois que morrermos. Tudo que podemos fazer é desfrutá-la com sabedoria e por algum tempo, pois nossa vida aqui definirá nossa eternidade.

Quando Deus criou Adão e Eva, confiou a eles os cuidados de sua criação e os nomeou administradores de sua propriedade. A Bíblia diz: …e os abençoou, dizendo: Tenham muitos e muitos filhos; espalhem-se por toda a terra e a dominem. E tenham poder sobre os peixes do mar, sobre as aves que voam no ar e sobre os animais que se arrastam pelo chão. (Gênesis 1:28).

O primeiro serviço que Deus deu aos humanos foi administrar e cuidar das “coisas” dele sobre a terra. Dessa função o homem jamais foi exonerado. E é parte de nosso propósito atualmente. Tudo de que nós desfrutamos deve ser tratado como uma incumbência de confiança que Deus nos pôs nas mãos. A Bíblia diz: Vocês têm algu­ma coisa que não tenha sido dada por Deus? E se tudo o que vocês têm vem de Deus, por que vocês se vangloriam como se tivessem realizado alguma coisa por si próprios? (I Cor. 4:7).

Nossa tendência humana e cultural dizem: “Se você não é o dono, não terá cuidado”. Mas nós cristãos vivemos por um padrão mais elevado: “Visto que Deus é o dono, devemos cuidar da melhor forma possível”. A Bíblia diz: Os que recebem em confiança algo de valor devem demonstrar que são dignos de tal confiança. (1Coríntios 4.2)

Jesus frequentemente se referia à vida como uma incumbência de confiança, e contou muitas históri­as para ilustrar essa responsabilidade perante Deus. Na parábola dos talentos, um homem de negócios confiou sua riqueza ao cuida­do dos servos enquanto estava fora. Quando retornou, avaliou a responsabilidade de cada servo e recompensou a cada um conforme a resposta pela confiança depositada. O dono diz: Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu Senhor! (Mateus 25.14-19,21).

Vemos neste texto de Mateus 25, que ao fim de nossa vida sobre a terra, seremos avaliados e recompen­sados conforme nosso desempenho ao lidar com o que Deus nos con­fiou. Isso significa que tudo que fazemos, mesmo uma simples tarefa diária, tem implicações eternas. Se você trata tudo como incumbência de confiança, Deus promete três recom­pensas na eternidade.

Primeiro: você receberá o reconhecimento de Deus. Ele dirá: “Muito bem! Você será recompensado pelo bom trabalho!”. Segundo: Receberemos uma promoção e uma responsabilidade maior na eternidade: “Eu o porei a cargo de muitas coisas”. Terceiro: Então seremos honrados em uma comemoração: “Ve­nha e participe da alegria de seu Senhor”.

A maioria das pessoas não consegue perceber que o dinheiro é tanto um teste quanto uma incumbência de confiança dada por Deus. Deus usa a área financeira para nos ensinar a confiar nele. E, para muitas pessoas, o dinheiro é o maior de todos os testes. Deus observa a forma em que usamos o dinheiro para testar quão confiáveis e fieis somos. A Bíblia diz: Se vocês forem indignos de confiança em relação às riquezas deste mundo, quem lhes confiará as verda­deiras riquezas celestiais? (Lc.16.11)

Essa é uma verdade muito importante. Deus diz que há um rela­cionamento direto entre a forma de eu utilizar meu dinheiro e a qualidade de minha vida espiritual. O modo de eu administrar meu dinheiro (riquezas deste mundo) determina quanto Deus pode con­fiar em mim com as bênçãos espirituais (verdadeiras riquezas). Deixe-me perguntar: “A forma de você administrar o seu dinheiro está impedindo Deus de fazer mais em sua vida? Deus poderá confiar riquezas nas suas mãos sem que você se desvie? Você pode ser incumbido de riquezas espirituais?”.  

Se não conseguimos ser fiéis no pouco, será que o seremos no muito? Se nem no pouco conseguimos ser fieis, como Deus poderá confiar o muito em nossas mãos? Se não conseguimos administrar o pouco e gastamos além do que ganhamos, como conseguiremos administrar o muito? Outra coisa importante, quando invertemos os valores, comprometemos o futuro. Deus quer dar muito nas nossas mãos, mas primeiro ele vai nos testar, pois quanto maior a conquista, maior será o preço a ser pago.

Pense na salvação, no ministério e no chamado. Se para estar no ministério uma pessoa não consegue lutar pela sua integridade e santidade, como Deus poderá confiar nela para algo maior ou coloca-la em uma função de destaque. Se para estar no ministério ou no altar ou na equipe do Encontro uma pessoa não consegue fazer a Escola de líderes corretamente, como Deus confiará nesta pessoa para coisas maiores? Pense!!!

A vida é um teste e uma incumbência de confiança, e quanto mais Deus lhe dá, mais responsável ele espera que você seja, por outro lado, ele poderá confiar coisas grandes e maravilhosas em suas mãos e quando a vida passar, haverá outras recompensas esperando por você. (Lucas 12.48).  Continua…

 

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