O Caráter de Deus

Há um profundo contraste entre o Deus criador, justo e santo, e o homem ímpio, errante. Que maravilha quando um pecador pode contemplar a revelação que o próprio Deus faz de Si mesmo! O salmista Davi, descrevendo sobre a benignidade divina, declara:

“A tua justiça é firme como as altas montanhas; os teus juízos, insondáveis como o fundo dos oceanos. Tu, ó Senhor, preservas a raça humana e os animais. Como é preciosa, ó Deus, é o teu amor e a tua benignidade! Por isso, os filhos dos homens se acolhem à sombra das tuas asas.” (Salmos 36:6,7 KJA) Firmeza, estabilidade, Fidelidade, misericórdia, justiça, retidão e juízo fazem parte do caráter de Deus e do Seu amor.

São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!” (Mateus 6.22,23).

Essas simples palavras revelam todo o caráter de Deus e, por isso mesmo, o Senhor Jesus as proferiu a fim de fazer com que Seus seguidores pudessem compreender a natureza do Criador.

Assim como os olhos são a lâmpada do corpo, também o espírito do homem é a lâmpada do Senhor, a qual esquadrinha todo o mais íntimo do corpo (Provérbios 20.27). Ora, da mesma forma que o espírito do homem revela para Deus o seu íntimo, também os olhos do homem revelam exteriormente o seu caráter, o que ele tem dentro de si.

Torna-se fácil saber o que está acontecendo com uma pessoa, quando se olha no fundo dos seus olhos. Se ela tem alguma coisa oculta no seu interior, naturalmente procura desviá-los, revelando incons­cientemente sua preocupação; mas se ela encara e não se intimida perante o outro, então, os seus olhos logo refletem a sua tranquilidade por não estar escondendo nada.

Diz-se que há uma raça de urubus, que somente comem a carniça depois que o urubu-rei, come­çando pela análise dos olhos do animal morto, liberar o corpo.

Quando o Senhor Jesus ensinou dessa maneira, certamente queria exortar os seus discípulos a tomarem todo o cuidado possível com o seu interior, a fim de que este refletisse no exterior a plenitude da presença de Deus. Sim, porque não adianta anunciarmos a Palavra de Deus ao mundo apenas teoricamente, e vivermos uma vida diferente daquilo que pregamos.

É preciso que tenhamos atitudes semelhantes às do nosso Senhor, pois de que vale pregarmos a Cristo e vivermos o anticristo? De que vale mani­festarmos amabilidade e simpatia no púlpito e na célula, se quando descemos dele, ou saímos da célula e igreja, mudamos nossas atitudes?

Não podemos ser como o camaleão, que muda de cor conforme o ambiente em que se encontra. Nossos olhos retratam toda a nossa intimidade, o que está no coração, ainda que a boca esteja calada. Eles não apenas revelam o nosso caráter aos outros, como também nos fazem ver as coisas de acordo com o que temos no coração.

Observemos os olhos de Deus na pessoa do seu Filho, o Senhor Jesus, quando Ele encontrou a prostituta Maria Madalena. Se os seus olhos fossem maus, certamente Ele a condenaria, a repreenderia e chamaria a sua atenção apenas para que ela não agisse daquela maneira; entretanto, Ele a compreendeu, porque olhou para ela com “bons olhos”, os olhos de amor, ternura e compaixão:

Ela, como tantos outros que têm sido vistos pelo Mestre, possui o lado bom, isto é, as qualidades também. E é assim que nós cristãos devemos cultivar o nosso interior; fazê-lo acostumar-se a ver as pessoas, quer sejam cristãs ou contrárias à fé, pelo seu lado positivo e bom; com “bons olhos” para que todo o nosso interior seja iluminado.

“Não podemos ser como o camaleão, que muda de cor conforme o ambiente em que se encontra.” Se olharmos as pessoas já com julgamentos, é cer­to que, mais cedo ou mais tarde, a nossa língua, que vive a coçar, se manifestará e acabará por provocar uma inimizade contra aquela pessoa, chegando até a “vaciná-la” contra o Senhor Jesus, em quem nós tanto cremos.

Se os nossos olhos forem bons, por onde quer que formos, haveremos de manifestar a luz que há em nós…, e todos os que nos verem saberão que somos diferentes das demais pessoas desse mundo, pois testemunharemos de modo eficaz dAquele que está em nós!

Do modo como vemos, seremos vistos. Como julgamos, seremos julgados; se amamos, seremos amados; se perdoamos, seremos perdoados; se abençoarmos, seremos abençoados!

Jesus em João 17: 4 ele reporta a Deus Pai: Missão cumprida, cuidei, ensinei, treinei e os preparei para continuar a missão, nenhum deles se perdeu exceto o filho da perdição, como estava previsto. No versículo 7 Ele diz: Agora eles reconhecem que todas as coisas que me tens dado provêm de ti.

Há uma chave aqui no versículo 7: A de que a confiança dos discípulos e sua consequente submissão (sujeição), havia sido resultado de uma conquista paulatina. Ao dizer: “Agora eles reconhecem”, fica subentendido que nem sempre foi assim, ou seja, que houve dúvidas e questionamentos ao longo da caminhada. Isso significa a verdadeira Autoridade conquistada…

Conquistas como essa vem pelo modelo de um caráter ajustado. O nosso desafio é desenvolver o caráter de Cristo em nós, pois exemplo confirmado no dia a dia arrasta e consolida corações, nada é imediato. Precisamos viver na nossa rotina diária o que pregamos, o que ensinamos e testemunhamos, sempre reconhecendo quando erramos e sempre mostrando uma busca por melhoria contínua.

A boa obra que Deus começou na nossa vida, Ele vai completar até a volta do Senhor Jesus! (é um processo).

Continua…

Orar para que o Senhor, pelo Seu Espírito, nos capacite revelando os segredos do Seu coração e o Seu desejo para com cada um de nós, somos arautos no Reino do Messias e do nosso Deus.

Amamos a sua vida!

 

 

 

 

 

 

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