Texto: Lucas 15:11-24

Na semana passada vimos que há um poder disponível para mudar a sua vida. Basta um simples toque de fé em Jesus Cristo e a sua história poderá ser completamente mudada. No domingo passado a Palavra no culto falou sobre o amor de Deus por nós e os resultados deste em nossa história, e também mostrou o quanto somos importantes para cumprir o propósito eterno de Deus na nossa vida.

Se Deus Pai nos ama tanto e Ele ama, e se este amor foi derramado em nossos corações como diz Romanos 5:5, então é importante manter a comunhão, a fé e a fidelidade àquele que fez tudo por nós. Na nossa trajetória corremos o risco de nos afastar do Pai, é muito importante ficar atento e se errarmos o caminho, é fundamental reconciliarmos. (Ter um discipulador (a) por perto é fundamental para esta reconciliação).

O Reino de Deus não é composto de pessoas que nunca erraram, mas daquelas que um dia caíram em si, descobriram suas mazelas e correram para os braços de quem as podia perdoar. Veremos a trajetória na vida de alguém que se perdeu e encontrou o caminho da reconciliação.

I. A Trajetória da Queda

Este filho desejou se tornar independente – Lc. 15:12. O problema desse jovem rapaz começou em seu coração, quando passou a vislumbrar a possibilidade de ter uma vida mais livre, administrando a parte da herança que lhe cabia. Certamente, já imaginava poder fazer algumas coisas com o seu dinheiro que nunca seria permitido pelo pai se os seus bens estivessem ainda em poder dele.

Decidiu sair de casa – Lc. 15:13. Não satisfeito com a posse dos bens, o jovem decide dar um passo a mais rumo ao que ele chamava de liberdade. Decidiu sair de casa. Com o dinheiro na mão e longe dos olhos do pai, estava pronto a começar sua grande aventura.

Desperdiçou seus bens vivendo irresponsavelmente – Lc. 15:13. Mulheres, prazeres, comidas, bebidas e muito desperdício. Pródigo significa esbanjador ou dissipador, e assim ele extravasou tudo o que sentia estar reprimido por algum tempo em sua vida.

Precisamos tomar cuidado com alguns desejos que brotam e crescem em nosso coração, passando, às vezes, até mesmo a dominar nossas vidas. Devemos atentar principalmente para o desejo de querer fazer algo que nossos pais, cônjuges ou mesmo filhos, não possam ver.

II. As Conseqüências da Queda

1. Começou a passar necessidade – Lc 15:14. O que aquele jovem não podia contar é que suas decisões erradas logo resultariam em conseqüências não desejadas. O passar por necessidades foi o primeiro sinal de que as coisas não estavam bem.

2. Sujeitou-se a cuidar de porcos – Lc 15:15. Falar sobre cuidar de porcos num contexto judeu era loucura, porco era considerado imundo e havia uma proibição na lei de Moises em relação a tocar ou comer carne de porco, isso era inaceitável naquela cultura e era proibido na lei. Representava alguém em desespero que não achou absolutamente mais nada para fazer, além daquilo.

3. Enfrentou fome e portas fechadas – Lc 15:16. O fundo do poço no qual aquele jovem chegou era tão profundo a ponto de desejar comer a comida dos porcos, e ainda assim, não receber nada. “Ninguém lhe dava nada”, é o que afirma a Bíblia quando ele buscava se alimentar daquela comida.

O pecado na vida de alguém fecha a porta para a bênção e abre a porta para a maldição. Uma das áreas a ser afetada é a financeira. Prejuízo, doenças e amargura, também podem representar alguns dos sintomas de que as portas espirituais de bênção foram fechadas e as brechas foram abertas para o inimigo entrar na vida de alguém.

III. A Trajetória da Restauração.

Ele caiu em si – Lc 15:17. Como que retirando escamas dos olhos, o jovem percebeu que estava no caminho errado e que precisava voltar. Caiu em si. Ele se deu conta de que os empregados de seu pai eram mais prósperos que ele naquela condição.

Arrependeu-se e humilhou-se no coração – Lc 15:18-19. Foi então que em seu coração concebeu o arrependimento e a determinação de se humilhar perante aquele contra quem havia pecado. Ele estava consciente de que seu pecado era contra os céus e contra seu pai. Seu erro havia atingido o coração do Pai Celestial e também o do pai terreno.

Agiu conforme propôs no coração – Lc 15:20a. Seus atos posteriores estiveram em linha com a sua decisão interior. Não foi um breve remorso inconseqüente. Não! Ele realmente foi zeloso em dar provas concretas de que estava arrependido e disposto a reparar seu erro, ainda que pudesse perder os privilégios de filho.

Arrependimento significa mudança de coração, de pensamentos e de atitudes. Devemos sempre verificar se realmente nos arrependemos dos nossos erros ou se apenas sentimos alguma dor pela conseqüência dos mesmos. “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Provérbios 28:13).

IV. A Atitude do Pai.

1. Moveu-se de íntima compaixão – Lc 15:20b. O pai dessa parábola que representa Deus foi maravilhoso! Movido de profunda compaixão, conforme foi e é com o coração de Jesus em favor dos necessitados e daqueles que O busca, assim se movia o coração daquele pai. Quando isso acontece sempre um milagre aparece, ainda que seja o milagre do perdão.

2. Restaurou-lhe a dignidade (roupas novas) – Lc 15:22a. Vestes falam de cobertura e justiça. As roupas daquele jovem estavam sujas e rasgadas, lembrando a sujeira do pecado. Mas novas vestes falam da restauração da cobertura, da justiça e da dignidade outrora perdidas.

3. Restaurou-lhe a aliança e a autoridade (anel no dedo) – Lc 15:22b. Com um anel os reis da antiguidade selavam suas cartas e exerciam sua autoridade e o anel sela uma aliança. O pecado nos rouba a autoridade espiritual e macula a aliança, mas a liberação do perdão restaura a autoridade e a aliança perdida.

4. Restaurou-lhe a liberdade e o ministério (sandálias nos pés) – Lc 15:22c. Descalço, o jovem se apresentava diante do pai como um escravo, vendido pelos seus próprios erros sem direção e sem proteção na caminhada. Mas o pai determina que ele seja calçado, quebrando o poder da culpa escravizadora e restituindo-lhe a condição de verdadeira liberdade e função no seu papel de filho.

5. Restaurou-lhe a alegria (matou o novilho e festejou) – Lc 15:23-24. Nem o pai nem o filho estavam felizes na condição anterior. O pai sofria por causa do grande amor que tinha pelo filho, e este sofria porque descobriu que a alegria que buscava era falsa, ilusória e passageira. De volta ao lar, a alegria foi restabelecida.

Assim é o amor de Deus por nós. Com amor perfeito e eterno Ele se move de compaixão em nosso favor e em favor dos que ainda hão de herdar a salvação. Ele nos restaura a dignidade, a autoridade, a liberdade e a alegria. Receba em seu coração uma nova condição de vida pela fé, em Nome de Jesus Cristo.

Enfim. Esta linda parábola ilustra o grande amor de Deus Pai para comigo e para com você. Estávamos perdidos em nossos caminhos, seguindo nossas ilusões e desejos inúteis. Mas Ele se compadeceu de nós, e, correndo ao nosso encontro na pessoa de Jesus Cristo, nos restaurou. Em João 3:16 mostra que Deus nos amou de tal maneira que deu o seu único filho Jesus para que todos aqueles que nele crer não pereçam, mas recebam e tenham a vida eterna, e em João 1:12 diz que aquele que crê em Jesus como Senhor e salvador é salvo e recebe poder de ser feito filho de Deus. Amem!

Compartilhar: O que você sente em saber que o Senhor Deus te ama com amor eterno e incondicional e por causa deste amor Ele enviou o Senhor Jesus para te resgatar? Valeu a pena conhecer ao Senhor Jesus e o que mudou na sua vida? O que você aprendeu com esta palavra de hoje?

No amor de Cristo!

Pastores Eliezer e pastora Zenita

Tema 2025 – Desatando Líderes em cada território

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O resultado da reconciliaÃ§Ã£o com o Pai