O discipulado de Abraão

Genesis 17: 1 a 9
 
Abraão foi um dos primeiros homens a ser chamado por Deus para ser discipulado. Deus o convidou a andar com Ele e terminou chamando-o de Seu amigo. Assim como Abraão foi chamado, também cada um que está aqui, foi chamado a ser discipulado, abençoado e multiplicado por Deus, como aconteceu com o Pai da fé. Is. 51: 2 diz: Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, que vos deu à luz, porque ele era único, quando eu o chamei, o abençoei e o multipliquei.
 
Algumas pessoas não entendem ainda os benefícios contidos no discipulado, mas quando Deus nos chama para este propósito, seu alvo é nos abençoar e nos multiplicar. Hoje vamos estudar quatro aspectos do discipulado na vida de Abraão:
 
1.      O discipulado visa nos abençoar
 
Em Gn.12 Deus chama Abraão e lhe faz promessas específicas, que vão de encontro a seus sonhos pessoais. Deus lhe diz: Vou te mostrar uma nova terra para você habitar, de ti farei uma grande nação (a realização do sonho de ser pai), e te abençoarei (a promessa tripla de saúde, longevidade e prosperidade), e te engrandecerei o nome (Abraão se tornaria conhecido como o pai da fé e de nações poderosas), Sê tu uma benção (a unção para abençoar as famílias da terra ).
 
Todas estas bênçãos e também a unção de multiplicação, são nossos direitos e nossa herança, como nos revela Gl. 3:29: E se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa. Se crermos na promessa e nos submetermos ao discipulado, o Senhor nos abençoará e nos multiplicará extraordinariamente.
 
2.O discipulado visa tratar nosso caráter
 
O primeiro comando recebido por Abraão, depois de seu chamado foi: Anda na minha presença e sê perfeito. Isto representa um chamado para relacionamento e interatividade. Através de um relacionamento espiritual e de amor, podemos tratar o caráter das pessoas, para que elas assimilem o caráter de Cristo.
 
A base do discipulado é relacionamento e nossos discípulos devem ser nossos amigos, deve haver intimidade, liberdade, mas devem também, submeter-se ao tratamento que Deus quer ministrar a eles, através de nós, discipuladores.
 
O discipulado vai além de uma cura espiritual e emocional na vida de alguém, o caráter deve ser forjado, para que possa suportar toda pressão espiritual que a liderança trará consigo. (Não se esqueça que todo discípulo está sendo treinado, para amanhã ser um grande líder). Alguns ao serem confrontados nos aspectos do caráter, fogem do discipulado, querem trocar de discipulador, saem até da Visão, por perceberem que serão desnudos na alma e mexidos por alguém que procura santidade. Não adianta! Enquanto o caráter não for tratado, a benção não vem, foi assim com Abraão.
 
A submissão é dolorosa, mas os sábios a procuram (ex.: aquele discípulo que chega e pergunta, meu líder, em que eu preciso ser mudado? Por favor me corrija ). Deus se tornou o discipulador de Abraão e Abraão aceitando o tratamento e o treinamento, teve não só seu caráter mudado, mas todo seu histórico de vida. Quando permitimos que Deus nos ajuste o caráter, O liberamos também para nos abençoar.
 
Aquele homem idoso, frustrado (sem filhos), solitário (seu pai havia morrido), pobre e sem perspectiva de futuro, ao se deixar discipular pelo El Shaddai, vive uma transformação sobrenatural e agora vence guerras, enriquece, gera vários filhos, conquista novos territórios e se torna o pai de uma multidão.
 
Abraão se deixou santificar e tratar em seu caráter, e através disto superou todos os seus limites. O discipulado remove nossos medos e fraquezas. Entregue-se sem reservas ao discipulado do Senhor e Ele renovará sua vida e sua história.
 
3. O discipulado é paternidade
 
Logo após a morte do pai de Abraão, o Senhor aparece a ele e assume uma postura paternal e maternal ao mesmo tempo. El Shaddai significa o Deus Todo Poderoso, mas também o Deus que é uma mãe com seios fartos, para suprir a Abraão em todas as suas necessidades espirituais, emocionais e materiais.
 
Assim Deus passa a relacionar-se com Abraão revelando um discipulado de poder, amor e orientação. Nossos discípulos precisam ver em nossas vidas o poder de Deus (o sobrenatural), sentir também o Seu amor paternal, a ponto de aprenderem a confiar e buscar em nós direção. O discipulado é essencialmente uma relação de amor (a Deus e as vidas) a igreja é uma família (a família de Jesus), os discípulos são os filhos, e os pastores, um pai e uma mãe. O discipulado resgata a identidade familiar. Também Deus chamou Abraão por ver nele um coração de pai (seu maior desejo era ter um filho).
 
Deus está hoje com seus olhos sobre a terra, em busca de pessoas dispostas a emprestarem a Ele seu coração, pra que através destes, o Senhor possa derramar do Seu amor, gerar vidas e cuidar delas, tornando-as seus filhos e discípulos. Para que tenhamos êxito no discipulado, precisamos desenvolver um coração de pai e de mãe, mas ninguém pode ser bom pai ou boa mãe, se primeiro não for bom filho ou boa filha.
 
Precisamos converter nosso coração ao Senhor e aos nossos líderes espirituais (nossos pais no ministério) pra que isto nos traga saúde espiritual e maturidade, a ponto de podermos cuidar de multidões de filhos espirituais. Deus está representado na terra, por um líder a quem ele delega Sua autoridade, e nossa relação com este líder, não só reflete a nossa relação com Deus, mas também é a chave do nosso êxito e multiplicação.
 
Ame, ouça, obedeça seu líder, honre-o e seja leal a ele de coração, e Deus te dará uma descendência incontável como as estrelas do céu e a areia do mar. Seu chamado é ser um(a) pai(mãe) de multidões.
 
4.O discipulado é uma aliança.
No vs. 2 o Senhor disse a Abraão: Farei uma aliança entre mim e ti. O discipulado é primeiramente uma aliança de amor, e porque é de amor, será para sempre, pois o verdadeiro amor é eterno. O discipulado é uma proposta para caminharmos e envelhecermos juntos, até a vinda de Cristo.
 
Uma aliança fala de eternidade e infinito, pois é um circulo que não tem começo nem fim. Alguns ainda não entenderam o valor e o poder de uma aliança, pois não amadureceram no amor. Amam mais a si mesmos do que ao próximo, e porisso não conseguem consolidar seus relacionamentos. Estas pessoas não tem permanência, não lançam raízes, vivem inquietas a procura de algo, que nem mesmo elas sabem o que é.
 
Cristo Jesus, porém nos amou de tal maneira, que deu sua própria vida por nós na Cruz, fazendo conosco ali uma aliança, que ratifica a aliança feita com Abraão. O discipulado é mais do que a fidelidade a um líder, é o exercício de colocarmos nosso velho homem na Cruz. A Cruz aponta para três direções: para cima, para os lados, e para baixo. Isto representa nossa aliança com os que estão acima de nós (Deus e o líder que Ele nos deu), a aliança com os que estão ao nosso lado (nossos colegas de equipe) e com os que estão abaixo de nós (nossos discípulos).
 
O que sustenta a consolidação de uma família, de uma célula, de uma equipe de 12, de um ministério, são as alianças estabelecidas nos relacionamentos. Se houver aliança, haverá multiplicação e sustentação dos resultados. Veja o que o Senhor disse a nosso pai Abraão e hoje diz a você: Farei uma aliança entre mim e ti e te multiplicarei extraordinariamente.
 
Quanto a mim, será contigo a minha aliança, serás pai de numerosas nações. Far-te-ei fecundo extraordinariamente, de ti farei nações, e reis procederão de ti. Estabelecei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e da tua descendência.
 
Dar-te-ei e a tua descendência a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o teu Deus.
 
Ministração: Leve a equipe de 12 a orar pelas bêncãos do Senhor, pelo tratamento do caráter, pelo sentimento de paternidade, e pela condição de viver numa aliança eterna
 
Que o Senhor os abençoe e multiplique conforme a promessa ENDJ.
 
Amamos vocês. Aps. Fábio, Claudia Abbud, Eliezer e Zenita.
Imprimir