Romanos 10:17; II Tm 2:1,2
Todo crente necessita de uma dieta espiritual equilibrada que envolve ouvir e falar.
A Palavra de Deus declara no texto acima que a fé vem pelo ouvir a Palavra de Cristo quando pregada. Quando participamos da reunião de celebração o alvo é recebermos fé como combustível para vencermos o diabo, o pecado e o mundo. Deixar de ouvir a Palavra semanalmente é algo trágico para a nossa saúde espiritual.
Por outro lado a Palavra de Deus também declara que nós precisamos falar para crescer. II Coríntios 4:13 diz: “Eu cri, por isto é que falei, também nós cremos por isto é que falamos”. É pelo falar que somos cheios do Espírito, é pelo falar que geramos, liberamos, ministramos e fazermos quase toda a obra de Deus. Aprendi no curso de maturidade a comparar esses dois aspectos com a tinta na porcelana. Quando nos reunimos na reunião para ouvir recebemos a tinta em nós como porcelana. Essa tinta é boa, mas ainda pode ser removida. Mas quando a porcelana é levada ao forno a tinta é impregnada e passa a fazer parte da porcelana. Quando falamos estamos impregnando de forma definitiva em nós aquilo que ouvimos anteriormente, pois meditamos antes de falar e, agora desceu ao nosso coração. Se apenas ouvimos ainda não podemos dizer que aquilo nos pertence, mas quando falamos é porque desceu ao coração e então liberamos aquilo que está dentro de nos e aquilo de fato se torna nosso. Ouvimos nas reuniões de celebração, na escola de líderes, etc., para recebermos fé e, falamos nas reuniões pequenas de discipulado e nas células para crescermos em fé.
Cremos que cada membro deve ser apascentado, pois Jesus mostrou isso na prática.
Não podemos negar que a reunião geral da igreja é um poderoso instrumento de evangelização. São muitos os que se agregam a partir de reuniões de cura e libertação, de reuniões de evangelismo e dos cultos de celebração de domingo. As igrejas centradas em programas sem dúvida podem crescer, mas uma característica sempre estará presente: um grande rodízio de membros. As pessoas vêm e vão com extrema facilidade e as que permanecem não crescem e em alguns casos se tornem cristãos problemáticos.
Este problema acontece porque nas reuniões grandes os vínculos não podem ser firmados e conseqüentemente não haverá um apascentamento adequado dos membros.
Todo novo convertido é como uma criança e como tal necessita de alguns cuidados fundamentais.
Toda criança necessita de cinco coisas:
1. Alimento;
2. Proteção;
3. Ensino;
4. Disciplina e;
5. Amor.
Estes cuidados não podem ser dados de maneira massificada e geral, mas individual.
Todo novo convertido necessita de uma dieta balanceada. Se não for alimentado nesta fase da vida espiritual poderá se tornar um crente problemático; isto se não morrer de inanição.
É na consolidação da Palavra e na célula que os novos são alimentados com um nível de palavra que eles podem assimilar e compreender.
Além do alimento o recém-nascido precisa de proteção. O rodízio na igreja é fruto de falta de cuidado. O lobo entra e leva a ovelha, pois não há pastores guardando o rebanho. Ele precisa aprender, crescer e desenvolver o habito de andar em comunhão, por isso é fundamental a proteção de um pai ou mãe espiritual.
Há ainda um terceiro ingrediente básico, o ensino. Quando falamos de alimento, estamos nos referindo àquele aspecto da Palavra de Deus que gera vida, fé e mudança. O ensino aponta para a conduta e as atitudes que devem ser desenvolvidas no novo crente. Se, por exemplo, quando criança o crente não é ensinado a ser dizimista, é difícil ser mudado depois de velho na fé. É na célula, na Escola de líderes e no discipulado que a criança espiritual deve ser ensinada.
Um quarto elemento é a disciplina. O novo convertido deve ser alimentado, protegido, ensinado e também corrigido para não sair do padrão da Palavra. Estes elementos são básicos na vida de uma criança e também na vida de um novo crente.
Por fim a criança na fé precisa ser amada. Muitos de nós vimos para a vida da Igreja com nossos emoções destruídas e é o amor paciente dos irmãos que restaura a nossa alma. Uma criança só recebe amor e suprimento adequado em um ambiente de família e é exatamente essa a proposta da célula. Precisamos ser família para podermos suprir nossos filhos de forma que não haja rodízio entre os membros, mas todos possam estar vinculados em amor.
Esses elementos compõem o apascentamento dos novos convertidos que fazem parte da consolidação, mas todos nós precisamos continuar a ser apascentados. Todo discípulo precisa ser um discipulador, precisa continuar a crescer e isso leva a vida toda. Os pastores não podem suprir estas necessidades sozinhos, eles precisam fazer discípulos que se tornarão líderes discipuladores.
Precisamos que cada líder de célula seja um discípulo/discipulador fiel, um apascentador de ovelhas com o encargo de Deus no coração, andando focados na visão que Deus deu aos ungidos do Senhor em fidelidade e submissão. Precisamos que Deus desenvolva em cada um de nós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, precisamos ter um espírito de servo. Continua…
Deus te abençoe
Pastor Eliezer