Discipulado para crescimento espiritual

Formação Espiritual

 
 Introdução:
 
 01.   Salvação.
 
02.    Batismo.
 
03.    Ceia do Senhor.
 
04.    Mordomia – Ministério & Finanças Senhorio de Cristo.
 
05. Visão da Igreja
 
06. Você e sua Célula.
 
07. Igreja, lugar de comunhão
 
08. Enchimento do Espírito Santo.
 
09.    Crescendo como um ser espiritual.
 
10.    Poder para o Ministério.
 
11.   Crescendo como uma Comunidade de Adoradores.
 
12. Igreja local
 
  
IACC – Ministério Penha – Igreja em Células
                                                                          
 
A CRIAÇÃO – o princípio de tudo
 
Quantos já não fizeram estas perguntas sem jamais descobrirem a resposta.
Por que Deus criou o universo? Qual propósito de Deus ao criar o homem
Qual o verdadeiro significado davida?
 
01 Salvação
 
Antes Ministrar o organograma de João 3:16 que está na ultima página
 
   O homem foi feito para a vida.
 
   Deus, no princípio da Criação, no sexto dia, após Ter criado todas as coisas simplesmente pela Sua Palavra, o próprio Deus tomou o pó da terra, formou o homem e soprou em suas narinas o fôlego da vida. Aqui a palavra “sopro” é “neshamah” em hebraico que significa vento ou espírito. Através deste sopro nasceu no interior do homem o seu espírito e alma. O homem foi feito desta maneira especial para reinar sobre a terra em submissão a Deus. Deus cria o homem com Suas próprias mãos, de toda a criação o mais belo, o melhor, o principal foi o ser humano. Criado para dominar sobre todas as coisas na face da terra (Gn. 1:28), e para ter comunhão com o Criador. O homem foi criado a semelhança de Deus, tendo espírito, alma e corpo, sendo criado para reinar sobre a terra e nela viver eternamente em comunhão plena com o Senhor Deus. O homem tinha a vida eterna, paz, harmonia, equilíbrio, todas as suas necessidades eram supridas, as espirituais, emocionais/alma, físicas e materiais. Deus estava com ele todos os dias.
 
Deus criou todas as coisas para o homem. O propósito de Deus na criação foi o de revelar-se ao homem através desta maravilhosa obra, dando-lhe um mundo lindo para usufruí-lo e dominá-lo.
 
“ Pois Ele falou, e tudo se fez; Ele ordenou e tudo passou a existir ” Salmo 33.9
No principio criou Deus os céus e a terra (Gn.1.1), e tudo foi criado por meio da Sua Palavra que é viva e tem poder. Ela também é conhecida como “ o Verbo ”. João 1.1-3 confirma isto:
“ No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (…) Todas as coisas foram feitas por meio dEle sem ele nada do que foi feito se fez ”
 
Mas repare o que revela o versículo 14:
“ E o Verbo se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e verdade (…) “
 
O Verbo que estava com Deus no princípio da criação, se tornou homem e viveu nesta terra por um período. Jesus Cristo é o “ Verbo de Deus ”. Colossenses 1.15-18 confirma isto. Ele foi o primogênito de toda a criação. Tudo foi criado por intermédio dEle. Sem Sua existência nada teria se feito.
 
Deus criou todas as coisas seguindo uma ordem. Primeiro o reino mineral, segundo o reino vegetal e logo em seguida o reino animal. Então Deus criou o homem, dotado de alma, raciocínio e livre arbítrio para dominar sobre toda a criação.
 
Deus não criou a natureza para ser destruída. Não criou o homem para perecer. Ele não criou a terra para ser um caos mas para ser habitada ( Isaias 45.18 ). O que vemos hoje é fruto da queda do homem.
O Propósito de Deus em criar o homem
 
Deus sempre desejou ter uma grande família. Deus formou o primeiro casal humano segundo a Sua semelhança. Estes por sua vez receberam a benção de Deus para se multiplicarem e gerarem filhos que seriam também a semelhança de Deus.
 
Deus criou o homem para Sua glória (Isaias 43.7). Ele desejava que Adão o adorasse, louvasse e desse glória à Ele pelas bênçãos recebidas. E este propósito continua, 1Tess.5.16-18 nos exorta: “ em tudo dai graças, pois esta é a vontade de Deus…”
Deus espera receber glória por tudo aquilo que fazemos, pois Ele nos tem permitido (1Cor.10.31).. Ele é o autor da vida.
 
Adão não precisava se preocupar com o que havia de comer, vestir ou onde dormir por que Deus provia cada uma de suas necessidades. Em Mateus 6.31-33 Jesus afirma que todas necessidades dos seus filhos em Cristo são responsabilidade de Deus, e que a prioridade de nossa vida deve ser a de buscar o Seu reino e fazer o que Ele deseja.
 
Deus é amor (1Jo 4.8). Para amar é preciso que haja um objeto de amor, e Deus fez do homem o objeto de Seu amor. Ele nos criou a fim de compartilhar seu abundante amor através do companheirismo e comunhão.
O homem tem um propósito e uma razão definidos para existir. Dar adoração, louvor e glória ao Seu Criador que não poupou se quer Seu único Filho para morrer pregado em uma cruz para nos redimir e abençoar novamente com a Vida de Deus.
 
O que é a semelhança de Deus ?
 
Assim como Deus é um Deus Triúno Pai, Filho e Espírito Santo, o homem consiste em espírito alma e corpo. Antes de cair, o espírito do homem dominava todo seus sentimentos (alma) e desejos (carne) por isso este estava em continua comunhão com Deus.
 
Vamos ver cinco características que provam a semelhança do homem com Deus.
 
*                     Tem um espírito – O homem pode ter comunhão com Deus por que tem um espírito dado por Deus. Deus é um ser espiritual. O homem também é um ser espiritual, o homem é um espírito que tem uma alma e mora mum corpo, o que prova a semelhança de Deus. I Tess. 5:23
 
*                     Um ser moral – ( tem uma alma ) No mundo animal não existe moralidade ( os animais não tem espírito ). Mas Deus deu ao homem o senso de moralidade que foi colocado em sua consciência por isso este discerne o bem do mal à luz da ética. Toma decisões, tem livre arbítrio. ( tudo isso está na alma e espírito do homem ) Deus é bom (Sl.119.68). Deus é perfeito (Deut.32.4). Esses versículos nos falam sobre os atributos morais de Deus .E o fato do homem ser um ente moral comprova que ele foi feito a semelhança de Deus.
 
*                     Um ser racional – Os animais agem por instinto enquanto que o homem age por base racional. A fonte deste raciocínio é chamada alma onde está a mente. Deus é também Ser de conhecimento e sabedoria (Jo 37.16 e Rom.11.33). Como semelhante a Deus, o homem é capaz de desenvolver seu intelecto dado por Deus e progredir na cultura que desfruta.
 
*                     Um ser eterno – O homem difere dos animais por viver eternamente. viver eternamente com Deus ou perecer eternamente no inferno. O espírito não morre. Esta vida eterna do homem é uma semelhança que ele tem de Deus.
 
*                     Um ser com poder e domínio – Deus tem o domínio sobre todas as coisas (1Cor.15.27). Após ter criado o homem Sua semelhança, deu-lhe também autoridade para governar todas as coisas (Gn.1.26 e Sl.8.6 ; Sl. 115:16).
 
Deus buscou inspiração em si mesmo para criar o homem (Gn.1.27). Por isso Adão, o primeiro de toda raça, era perfeito. Semelhante a Deus pois sua essência era a Vida de Deus que havia sido depositada em seu interior.
 
Pecado e Queda
 
   Sendo à semelhança do Criador, o homem não era um ser programado. Podia ter sua vontade própria e capacidade de decisão, podia exercer o direito de escolher até entre o bem e o mal. Infelizmente, em Adão e Eva, todos nós escolhemos o mal, o pecado. Por causa dessa escolha, o homem que caminhava para a vida, passou a andar a caminhos opostos a Deus, caminhos esses que levam a perdição e morte eterna (Rm. 3:23). Aqui o homem passou a ser corpo, alma, e espírito. O espírito ficou em ultimo lugar. ( o homem morreu espiritualmente )
 
 Quando o homem pecou, morreu espiritualmente ficando separado de Deus, e perdeu esta vida que procede de dEle, tornando-se pecador e recebendo a conseqüência do pecado. Morte física, espiritual, maldição, doenças, angustia, etc. E hoje, por meio de Jesus Cristo podemos provar do Novo Nascimento e receber novamente em nosso interior a Vida e a essência divina de Deus por meio do Espírito Santo (João 3.3-6).
 
A árvore do conhecimento do bem e do mal
 
Deus deu a Adão toda a abundância do jardim do Éden e inteligência para governá-lo.
 
Mas por que Deus colocou a árvore do conhecimento no jardim onde habitava Adão ?
 
Primeiro, aquela árvore foi dada como “medida” da obediência de Adão a Deus.
Deus havia agraciado a Adão com bênçãos estupendas, e deu-lhe o menor de todos os mandamentos: “Da árvore de conhecimento do bem e do mal não comerás”.
 
Realmente foi um pedido pequeno diante de tudo aquilo que Deus havia dado a Adão.
 
Deus deseja de você um coração obediente mais do que qualquer outra oferta magnífica que você possa oferecer (1Sam.15.22). O Senhor não está interessado em seu dinheiro, Ele é o dono do ouro e da prata
 
Segundo, a árvore do conhecimento mostra que Deus deu a Adão uma vontade livre , ou livre arbítrio, e queria que ele a usasse. Deus não deseja uma fé ou obediência mecânica do homem. Deus deseja que o busquemos de todo nosso coração e de toda nossa alma. Ele sabe que a obediência que não vem do coração não é verdadeira.
 
Adão deveria obedecer a Deus por livre e espontânea vontade. Ele decidiria viver eternamente gozando a vida de Deus, ou morrer provando do fruto proibido.
Deus ama o homem ao ponto de dar-lhe esta livre escolha. Como Pai Ele nos indica o caminho da benção e prosperidade a ser seguido, mas quem decide tomá-lo somos nós.
 
Tentativas do homem se voltar para Deus.
 
   Após a queda, o homem tem feito vária tentativas de voltar ao caminho da vida. Muitos se auto flagelam, tentando através de sofrimentos (carmas) a purificação. Outros fazem boas obras, outros seguem rituais religiosos. Entretanto, todas as tentativas humanas têm fracassado.
 
Providência Divina
 
   Deus já sabia que o homem seria impotente para se salvar, por isso, em seu infinito amor, providencia para a humanidade o meio, único meio, para a salvação. Jesus Cristo, o Verbo eterno, se fez carne e habitou entre nós, fazendo-se homem (Jo. 1:14). Só o amor de Deus para com a humanidade poderia nos providenciar a salvação (Jo. 3:16). Jesus veio em carne e como homem habitou entre nós, sem do rejeitado, e como o mais desprezado dos homens, tomou sobre si as nossas dores e maldições e as levou (Is. 53:3-6). Fez-se maldito ao ser pendurado na cruz, onde entregou sua vida para a nossa redenção ( Gl. 3:13 ). Jesus o único meio de chegar a Deus Pai ( I Tm.2:5; Jo.14:6… ).
 
O homem pode receber ou rejeitar a salvação
 
   A humanidade continua com o direito de livre escolha podendo optar entre receber a Jesus ou continuar caminhando para a morte eterna. O homem ao ouvir a Palavra de Salvação, em seu coração é criada a fé (Rm. 10:17), passa a crer e com a boca confessar a Jesus Cristo como o Senhor. Experimentamos Jesus Cristo e Ele é muito mais do que aquele que nos cura, nos liberta e nos salva, Ele é o nosso Senhor. O nosso espírito, que estava separado de Deus, portanto morto espiritualmente, é recriado, e nele satanás não tem o direito de tocar. Recebemos a vida, a salvação eterna (Jo. 3:36). A salvação é para todo aquele que crer ( Mc.16:16; Jo.1;12; Jo. 3:15,16;Rm.1:16;…).
 
Comentários no pequeno grupo:
 
   Vão ser formados grupos de três pessoas que permanecerão até o final do curso.
 
   Assunto para o exercício: – Explique para a pessoa que está a sua esquerda o organograma de João 3:16 (o plano de salvação).
 
RESUMO
 
Deus criou todas as coisas por meio da Sua Palavra e poder.
 
Após ter criado todas as coisas, Deus formou o homem segundo a Sua imagem e semelhança para governar toda a criação.
 
O homem era um ser perfeito, vivia em harmonia com toda as coisas e em comunhão com Deus.
 
Deus providenciou tudo aquilo que supriria as necessidades do homem e abençoou-o para ser prospero e fecundo.
O homem tinha vida em abundância. Não sabia o que era dor, enfermidade, fome, ou mal.
 
O homem foi criado um ser livre. Ele decidiria em servir e oferecer a Deus a adoração, o louvor e a glória devida, ou desobedecer o mandamento de Deus e morrer.
 
Deus ama todos os homens e deseja abençoar-nos com todas as sortes de bênçãos celestiais, em troca, ele espera tão somente que obedeçamos Seus mandamentos por amor e espontânea vontade. Amém.
 
 
Tarefa de casa
 
A CRIAÇÃO – o princípio de tudo
 
PARE E PENSE
 
1. De acordo com o que está escrito nas Escrituras, Gênesis 1 e Salmo 33.9, responda com as suas palavras:    Como Deus criou todas as coisas?
_______________________________________________________________________________________
 
2. De acordo com o que está escrito no Evangelho de João 1.1 e 14, e Colossenses 1.15-18 responda com as suas palavras:
Quem é o Verbo ? _________________________________            O que aconteceu comVerbo(Jo1.14)?
_______________________________________________________________________________________ 
3. Fale com as suas palavras a respeito do propósito de Deus para a vida homem? ________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________. Como Deus formou o homem ?_______________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
5. Fale a respeito das características de Adão que provavam que ele era a semelhança de Deus ?
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
 
6. Por que Deus colocou a árvore do conhecimento no meio do jardim?__________________________________________________________________________________
 ________________________________________________________________________________________
 
7. O que aconteceu com o homem quando este pecou?

  8. qual foi a solução dada por Deus? ________________________________________________________________________________________

 
 02-Batismo
 
 
INTRODUÇÃO
 
A fé que se expressa no Cristianismo, não está vinculada à práticas meramente ritualistas. À essência desta fé, reside numa sincera comunhão que pode e deve-se ter com o Deus Todo-Poderoso, através do Espírito Santo. Justamente por isto, é que a Igreja Cristã molda-se a cultura de cada povo, trabalhando a alma do homem e não apenas acrescentando-lhe novos costumes e tradições. Embora a Igreja se utilize de diversas formas para externar esta fé, de acordo com as adequações de cada cultura, no entanto, tem recebido duas cerimônias cuja celebração é ordem do Senhor e deve ser observada criteriosamente por todo cristão. São elas o Batismo nas Águas e a Santa Ceia.
Estas cerimônias são chamadas de SACRAMENTOS, que significa "Coisas Sagradas" ou "Juramentos consagrados por um rito sagrado", ou ainda são conhecidas como ORDENANÇAS porque foram "ordenadas" pelo próprio Senhor Jesus.
O batismo nas águas é o rito escolhido por Deus, pelo qual o homem demonstra seu ingresso na Igreja Cristã, e simboliza o princípio da vida espiritual. O batismo evidencia a fé já existente no coração daquele que se batiza e, é administrado somente uma vez, porque a vida cristã, também só tem um começo.
A Santa Ceia é o rito pelo qual o homem demonstra que está permanecendo fiel a Cristo e, é administrada periodicamente, simbolizando a necessidade de alimentarmos sempre a vida espiritual que um dia começou em nós.
Neste capítulo vamos estudar sobre o batismo, a primeira ordenança de Jesus à sua Igreja.
 
O BATISMO NAS ÁGUAS
 
Há pessoas que quando ouvem falar sobre batismo nas águas, ficam, muitas vezes, a perguntar qual seria a forma correta de se batizar. De fato, existe, pelo menos, três tipos de batismo com a utilização de água, conforme demonstraremos abaixo:
 
 
A palavra no grego "baptismos" de acordo com eruditos da língua grega, a palavra "batizar" significa literalmente: "imergir; mergulhar; colocar para dentro de". No curso da história, por várias razões, apareceram outras formas de batismo, como aspersão e ablução (banho); entretanto, como o batismo é uma identificação com Cristo em sua morte e ressurreição, e é exatamente isto que a imersão significa, não praticamos outras formas de batismo.
Quando falamos sobre batismo, estamos falando em "estar debaixo de …" ou "estar sob …". Então, podemos concluir que a forma original do batismo era por imersão.
 
Batismo de aspersão – É aquele onde a água é borrifada, ou seja, aspergida sobre o batizando.

Batismo de efusão ou ablução– É aquele onde a água é derramada em pequena quantidade sobre a cabeça da pessoa.

Batismo de imersão – É aquele onde a água não é colocada sobre a pessoa mas, a pessoa é colocada sob a água ( mergulhada ). Forma bíblica e correta.

 
A FORMA BÍBLICA DE BATIZAR
Como eram batizados os cristãos primitivos ? Há na bíblia diversas citações sobre o batismo, como por exemplo:
 
· O batismo de Jesus – Mateus 3:13-17; Marcos 1:9-11; Lucas 3:21,22
· Das multidões que vinham a João – João 3:23
· Dos crentes no dia de Pentecostes – Atos 2:41
· Dos convertidos em Samaria – Atos 8:12
· Do eunuco etíope – Atos 8:35-39
· De Saulo de Tarso – Atos 9:18
· De Lídia de Tiatira – Atos 16:15
· Do carcereiro de Filipos e sua família – Atos 16:33
· Dos crentes em Corinto – Atos 18:8
· Dos discípulos em Éfeso – Atos 19:5
 
Nestas passagens observamos como era realizada a cerimônia batismal:
· Era necessário água em abundância – Atos 8:36. Se o batismo fosse apenas por aspersão, João Batista não precisaria ir a Salim ( João 3:23 ) onde havia muitas águas pois apenas um pouco bastaria para toda a multidão.
· Tanto o batizando como o celebrante desciam às águas. Mateus 3:16 e Atos 8:39. Se saíram da água é porque antes haviam entrado. O batismo foi de imersão. Em Atos 8:38, ambos desceram às águas.
 
O SIMBOLISMO QUE ENVOLVE O BATISMO
 
O batismo nas águas simboliza os fundamentos do Evangelho. Retrata a morte, sepultamento e ressurreição, tanto do Senhor Jesus, como daqueles que se convertem a Ele.
Ao ser deitado de costas às águas, o crente testemunhará publicamente aos que o vêem e, também àqueles que ouvirem sobre o seu batismo, que ele morreu para o pecado e o mundo. A morte da velha natureza ou do velho homem deve ser evidenciada por uma regeneração absoluta. ( II Corintios 5:17; Colossenses 3:10-14 ). É necessário que quem se batiza, tenha anteriormente nascido de novo ( João 3:1-7 ).
Ao ser levantado das águas, o crente testemunha publicamente que agora vive uma nova vida. Ressuscitou para Cristo ! ( Romanos 6:4-11; Colossenses 2:12 ).
É importante frisar que, sendo um símbolo, o batismo isoladamente não poderá substituir a genuína conversão, levando o indivíduo automaticamente ao encontro de Deus.
Embora o batismo não seja o meio de salvação, todavia indica que uma vez salvo seguir-se-á, no coração do crente, o desejo de obedecer toda a Palavra de Deus a qual integra o Batismo nas Águas como ordenança do Senhor.
 
A FÓRMULA BÍBLICA DO BATIZAR
 
O próprio Senhor Jesus ensinou como deveriam os celebrantes invocar a Deus durante o batismo . Ele mesmo nos deu a fórmula. Em Mateus 28:19, Jesus ensina: "Batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo".
O Pai planejou a nossa salvação ( I Pedro 1:2A ), o Filho a executou ( João 19:30 ) e o Espírito Santo nos convenceu a aceitá-la ( João 16:8 ). Fomos salvos por uma operação conjunta das três pessoas da Trindade. Não haveríamos de ser batizados em nome deles ? É claro que sim . Alguns opõe-se a isso, dizendo que em Atos 2:38 e 19:5, o batismo era em nome de Jesus exclusivamente.
Na verdade, em Atos 2:38, Pedro não está dando um novo mandamento de batizar apenas em nome de Jesus, mas sim, está apelando em nome de Jesus para que todos se batizassem conforme o mandamento do Senhor em Mateus 28:19. O mesmo se dá em Atos 19:5, onde não se expressa uma fórmula batismal, porém uma simples declaração afirmando que receberiam batismo as pessoas que reconheciam Jesus como senhor e Cristo. Por exemplo, o "Didaquê", um documento cristão escrito cerca do ano 100 A.D., fala do batismo cristão celebrado em nome do Senhor Jesus, mas o mesmo documento, quando descreve o rito detalhadamente, usa a fórmula dada pelo Senhor em Mateus 28:19.
 
BIBLICAMENTE, QUEM É QUE PODE SE BATIZAR
 
Conforme nos mostram os textos de Marcos 16:16 e Atos 8:37, é necessário que os candidatos ao batismo tenham por experiência os seguintes passos:
 
· CRER – O batismo deve ser visto como um selo da justiça que vem pela fé, e evidentemente deve seguir a fé, como determinam as palavras finais de Jesus que se encontram registradas no evangelho de Marcos: "E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado" (Mc. 16:15,16).A pessoa deve batizar-se com convicção de estar cumprindo com um propósito divino para sua vida ( Hebreus 11:6 ). Visto que as pequeninas crianças não tem pecados de que se arrepender e ainda não exercem fé, pois não tem maturidade para crer, não precisam ser batizadas. Jesus afirmou que das tais é o reino dos céus. O que se batiza precisa crer. "Quem crer e for batizado …" Marcos 16:16. Esta é a razão porque não batizamos e nem tampouco validamos o batismo de crianças; é necessário crer primeiro e então se batizar. Obedecemos o princípio bíblico de consagrar os filhos ao Senhor, mas só os batizamos depois que puderem crer e professar sua fé.
 
 
· ARREPENDER-SE – Não é suficiente acreditar, é preciso arrependimento dos pecados. Em Atos 2:37,38 a Palavra diz que os Judeus "compungiram-se em seu coração" e ouviram do apóstolo Pedro: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado …".
 
· ACEITAR A CRISTO – Arrependimento e remorso não são a mesma coisa. Pode-se ter remorso, porém não tomar nenhuma atitude em relação a esse sentimento. O arrependimento sincero, exige a tomada de uma atitude reparadora. Quem creu em Cristo e arrependeu-se dos pecados cometidos contra Ele, certamente desejará aceitá-lo como Salvador e Libertador do poder do pecado.
Se alguém se batiza sem que de fato tenha dado os passos iniciais da conversão, tal pessoa terá um batismo que, em si mesmo, está invalidado. Isto explica a razão dos doze homens em Éfeso serem batizados outra vez por Paulo ( Atos 19:1-7 ).
É bom lembrar que conforme nos mostra a Palavra de Deus em Atos 10:47,48, o fato de alguns serem batizados no Espírito Santo antes mesmo de descerem às águas, não faz com que estejam dispensados de obedecerem ao mandamento do Senhor e também serem batizados por imersão como os demais.
 
     “Portanto vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.”   Mt. 28:19.
 
João Batista batiza a Jesus.
 
   Um pouco antes do início do Ministério de Jesus, vamos encontrar João Batista pregando no Deserto a mensagem de arrependimento, submetendo as pessoas que recebiam a mensagem do profeta ao batismo nas águas do rio Jordão. É justamente às margens do rio Jordão que Jesus inicia o seu ministério. Ele vai ao encontro de João Batista e recebe o batismo nas águas. Saindo das águas, o Espírito Santo desce sobre Jesus, revestindo-o com o poder. (Mt. 3:13-17). E no Poder do Espírito que Jesus realiza o seu Ministério, inclusive os sinais e maravilhas. 

É uma ordenança de Jesus 

Comentários no pequeno grupo:
 
   Com o mesmo grupo anterior, comente sobre o significado do batismo em Rm. 8:1-3.
 
 
Escreva o que você entendeu sobre o batismo
  
 
03 – Ceia do Senhor.
 
Uma instituição de Cristo.
 
Texto para a leitura: I Co. 11:23-32.
Ver paralelo Exodo 12 ( pascoa com a ceia) Jesus nosso cordeiro pascal. Significado da pascoa com a ceia. Lembrar e celebrar o que o Senhor fez por nós.
Jesus instituiu a ceia do Senhor.
 
            A Segunda ordenança deixada por Jesus é a Ceia do Senhor. Ela foi instituída momentos antes da prisão, julgamento e morte do Senhor Jesus Cristo, quando o seu corpo foi entregue, machucado, partido, dilacerado; e o seu sangue foi derramado, e tudo a nosso favor, tornando possível a paz entre Deus e os homens. Através da cruz nós temos comunhão com Deus (vertical) e com os homens (horizontal). Em sua morte Jesus se torna a Cabeça da Igreja e cada um de nós parte desse corpo.
 
A primeira Ceia do Senhor é tomada na comunhão do pequeno grupo.
 
            A primeira ceia do Senhor foi tomada por Jesus Cristo com seus discípulos, dentro do pequeno grupo de comunhão que seria exemplo para toda a Igreja. Em nossos dias damos o nome de Célula a esse pequeno grupo.
 
 
A ceia do Senhor nas Igrejas caseiras.
 
            Os primeiros cristãos partiam o pão nas reuniões em suas casas com grande alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus (At. 2:46-47). Assim deve ser para nós quando participamos da ceia do Senhor, recordando sua morte em nosso favor (vicária). Também somos abençoados conforme I Co. 10:16-17. É um momento de reflexão, de exame de nossas vidas e de colocarmos nossas vidas em ordem (I Co. 11:28-29).
 
Anunciando ao mundo a morte do Senhor.
 
            A ceia do Senhor também é um momento de anunciarmos a morte do Senhor até que Ele venha (I Co. 11:26). As pessoas não alcançadas ao presenciarem este momento de celebração são tocadas profundamente em seus corações, sentindo o peso de seus pecados, sendo alcançadas e compelidas a participar do momento espiritual, e se tornar em só pão e um só corpo (I Co. 10:17).
   Celebrando nas Células, nos abençoemos mutuamente, trocando, dois a dois, o pão e o cálice. ( em breve )  
 
Elementos da Ceia do Senhor.
 
            Os elementos que compõem a Ceia do senhor são: o pão que simboliza o corpo de Jesus e alimento espiritual, partido na cruz; e o vinho, ou fruto da videira, que simboliza o sangue de Jesus que foi derramado na cruz. Sangue da aliança que temos novamente com o Pai, aliança que gozamos com todos os irmãos em Cristo (Lc. 22:19-20).
            Jesus nos deixou a promessa que conosco tomaria novamente do fruto da videira, num grande banquete, no reino do Pai (céus). Esse banquete é o das bodas do Cordeiro com sua noiva querida que é a Igreja. (Mt. 26:29).
 
Observando a expressão "fazei isto", percebemos que se trata de uma ordem de Jesus. É um imperativo, e fica ainda mais evidente ser uma ordenança para a Igreja, quando Jesus repete a expressão "todas as vezes que"… mostrando que este ato deveria ser parte da nossa prática cristã.
 
Um memorial
Lugar algum das Escrituras mencionam o pão e o vinho se tornando literalmente o corpo e o sangue do Senhor na hora em que o partilhamos. Pelo contrário, Jesus deixa claro o caráter simbólico do ato ao dizer: "fazei isto em memória de mim". A ceia do Senhor é um momento de recordação do que ele fez por nós ao morrer na cruz para a remissão dos nossos pecados. Quando a celebramos, estamos anunciando a morte do Senhor Jesus até que Ele volte! Os elementos são, portanto, figurativos, e não literais.
 
Um ritual de aliança
Os orientais davam muito valor à alianças, e as respeitavam. Quando Jesus institui exatamente o pão e o vinho como os elementos da ceia, ele sabia exatamente o quê estava fazendo. Para os judeus, o pão e vinho faziam parte de um ritual de aliança de sangue, o mais alto nível de aliança a que alguém poderia se submeter.
Ao contrair uma aliança deste nível, as duas partes estavam declarando que misturavam suas vidas e tudo o que era de um passava a ser de outro e vice-versa; por isso Jesus declarou na ceia que o cálice era a aliança NO SEU SANGUE, estabelecendo com isso, na ceia, um ritual de aliança.
No Velho Testamento vemos Abraão indo ao encontro de Melquisedeque, sacerdote do Deus altíssimo, e levando pão e vinho. O que era isto? Um ritual de aliança.
 
Quando ceamos, estamos reconhecendo que realmente estamos aliançados com Cristo, e que nossas vidas estão misturadas, fundidas uma na outra (I Co.6:17). Jesus deixou bem claro aos que o seguiam que não bastava apenas simpatizar-se com ele ou seguí-lo pelos milagres que operava, mas que era necessário aliança, e aliança no mais elevado e sagrado nível que os judeus conheciam: a aliança de sangue. Muitos não compreendem isto por não conhecer os costumes da época, mas era a este tipo de aliança que Jesus se referia ao proferir estas palavras:
 
"Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue, permanece em mim e eu nele." (João 6:53-56).
 
É óbvio que Jesus não falava sobre comer a carne literalmente, mas sim sobre aliança, sobre mistura de vida; isto fica claro quando o Mestre conclui dizendo que tal pessoa permaneceria nele e ele nesta pessoa. Este texto também não fala diretamente da ceia, mas sim da nossa aliança com Cristo; embora deixe claro qual é figura da ceia: um ritual de aliança onde testemunhamos comunhão entre nós e o Senhor Jesus Cristo.
 
Um tempo de comunhão
No tempo apostólico as ceias eram também chamadas de "ágapes" (ou "festas de amor" – Jd.12), o que reflete parte de seu propósito. As ênfases na expressão "corpo" que encontramos no ensino bíblico da ceia, reflete esta visão de unidade e comunhão. A mesa é um lugar de comunhão em praticamente quase todas as culturas e épocas, e a mesa do Senhor não deixa de ter também esta característica.
Um ato de conseqüências espirituais
Na epístola de Paulo aos coríntios, fica claro que a Ceia do Senhor tem conseqüências espirituais; ela será sempre um momento de benção ou de maldição para os que dela participam. BENÇÃO:
"Porventura o cálice da benção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo?" (I Co. 10:16).
 
Observe o termo "cálice da benção". Isto não é figurado, é real. A Ceia do Senhor traz bênçãos espirituais sobre aqueles que dela participam. Um outro termo empregado neste versículo, que nos revela algo importante, é "comunhão"; quando ceamos, estamos pela fé acionando um poderoso princípio, temos comunhão com o sangue e com o corpo de Cristo! O que isto significa? Quando derramou seu sangue, Jesus o fez para a remissão de nossos pecados, logo, ao comungarmos o sangue, estamos provando que tipo de bênçãos? A purificação, e também a proteção, pois o diabo não pode transpor o poder do sangue para nos tocar (Ex.12:23, Ap.12:12). E o que significa ter comunhão com o corpo? O corpo de Jesus foi moído porque ele tomou sobre si nossas enfermidades, e as nossas dores carregou sobre si, e pelas suas feridas fomos sarados (Is.53:4,5).
 
A obra redentora de Cristo nos proporciona cura física, e na Ceia do Senhor é um momento onde podemos provar a benção da saúde a da cura. Muitos estavam fracos e doentes na igreja de Corinto por não discernirem o corpo do Senhor na Ceia. Ao falar sobre comungarem com o corpo do Senhor, Paulo se referia não apenas ao corpo do Cristo crucificado por meio do qual somos sarados, mas também ao corpo ressureto, no qual habita toda a plenitude da divindade e é fonte de vida aos que com ele comungam.
 
A Ceia do Senhor deve ser um momento especial de comunhão, reflexão, devoção, fé, e adoração. Tudo deve ser feito de coração e com reverência, pois é um ato de conseqüências espirituais.
 
MALDIÇÃO. A Bíblia não usa especificamente esta palavra, mas mostra que a maldição pode vir como um juízo de Deus para quem desonra a Ceia do Senhor. Depois de ter dito que ao participar da mesa do Senhor a pessoa está anunciando a morte de Jesus até que ele venha, Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, traz a seguinte advertência:
 
"Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice, pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão porque há entre vós muitos fracos e doentes, e não poucos que dormem. Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo." (I Co.11:27-32 A Bíblia não nos manda deixar de tomar, e sim fazer um auto-exame antes, pois se houver necessidade de acerto devemos fazê-lo o mais depressa possível (I Jo.1:9).
 
Deixar de participar da mesa do Senhor é desonrá-la também! Devemos ansiar pelo momento em que dela partilharemos, e não evitá-la. Mas há aqueles que querem fingir que estão bem, e participam sem escrúpulo algum do que é sagrado; para estes, não tardará o juízo.
 
Quem participa
 
A Ceia, como ritual de aliança que é um símbolo, destina-se, portanto, aos que já se encontram em aliança com Cristo; ou seja, aos que já nasceram de novo e estão em plena comunhão com Deus. Há igrejas que só servem a Ceia para quem pertence ao seu rol de membros; consideramos isto um grande erro, pois a Ceia do Senhor é para quem o serve de todo coração, independentemente de tal pessoa congregar em nossa igreja local ou não; se a pessoa faz parte do Corpo de Cristo na terra, então deve participar da mesa. Há ainda, aqueles que afirmam só poder participar da Ceia do Senhor quem já se batizou nas águas, mas não há sustentação bíblica para isto; desde o momento em que a pessoa se comprometeu com Cristo em sua decisão ela já está dentro da aliança firmada por Jesus na cruz. Entendemos que o novo convertido deva ser encaminhado para o batismo tão logo seja possível. 
 
Entendemos também que as crianças, aquelas que já aceitaram a Jesus ou que fazem parte da igreja podem participar, pois o Senhor Jesus disse deixar vir a mim as crianças pois delas é o reino dos céus e quem não se tornar como uma delas não entrarão neste reino.
 
Os critérios básicos são: estar aliançado com Cristo, e com vida espiritual em ordem. Contudo, não proibimos ninguém de participar, apenas ensinamos o que a Bíblia diz, para que cada pessoa julgue-se a si mesma. Nem Judas Iscariotes, em pecado e endemoninhado foi proibido por Jesus de participar da Ceia (Lc.22:3,21). A instrução bíblica é que a pessoa se examine a si mesma, e não que seja examinada pelos outros. Portanto não examinamos ninguém, nem as proibimos, só instruímos. Se a pessoa insistir em participar de forma indigna colherá o juízo divino.
 
Onde acontece
Não há um lugar determinado para se realizar a Ceia, onde quer que estejam reunidos os cristãos ela poderá ser feita. No livro de Atos, lemos que o pão era partido de casa em casa (Atos 2:46), o que nos deixa totalmente à vontade em relação a celebrá-la nas células; mas Paulo ao usar as seguintes palavras: "…quando vos reunis na igreja…" e "Se alguém tem fome coma em casa…" (I Coríntios 11:18 e 34); revela que na cidade de Corinto a Ceia era praticada também num local maior de reunião para toda a igreja.
Portanto, como nos reunimos no templo e nas casas, à semelhança dos dias do Novo Testamento, também praticamos a Ceia do Senhor nos dois locais de reunião, sendo que a maior incidência se dá no templo quando reunimos todo o corpo local.
 
Quando acontece
Entendemos que não há uma periodicidade definida pela Bíblia quanto à celebração da Ceia; Jesus apenas disse: "…fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim" (I Co.11:25b). Esta expressão "todas as vezes que" nos dá liberdade de fazermos quando quisermos, mas sempre em memória do Senhor Jesus Cristo.
Celebramos a Ceia mensalmente no templo, e não temos periodicidade definida ainda nas casas. Podem ser realizado nas células.
 
Como é celebrada
No templo e ela é celebrada pelo pastor, que normalmente se serve dos diáconos para que ajudem na distribuição; já nas células, ela é celebrada pelos líderes e auxiliares.
 
Encorajamos os líderes de célula a utilizarem um só pão que deve ser partido na hora da Ceia, e um cálice a ser dividido entre o grupo, como sinal de comunhão. Já no templo, devido à quantidade de pessoas e ao tempo de reunião, não procedemos assim; o normal é já servimos o pão cortado em pequenos pedaços e o suco de uva em pequenos cálices individuais.
 
Na igreja primitiva, quando celebrada nas casas, a Ceia do Senhor era também chamada de ágape ou festa de amor. Os irmãos se reuniam para ter comunhão ao redor da mesa, onde tomavam suas refeições juntos; e juntamente com as refeições celebravam a Santa Ceia. Nas células é possível cearmos de maneira informal e festiva, e é o que procuramos fazer.
 
Comentários no pequeno grupo.
 
   Comente com o seu grupo de três, o significado da ceia do Senhor.
 
 
04 – Mordomia & Contribuição
 
introdução
 
Os princípios de Deus operam numa base bem diversa da nossa. Mas eles são os que produzem resultados satisfatórios. Um desses princípios é o dar. Quando temos uma necessidade geralmente agarramos aos que temos. A Bíblia fala de abrir mão do que se tem, para que se possa ter mais. Um dos grandes desafios é estarmos mais conscientes da semente do que da necessidade. Devo me preocupar em plantar. “Nos dias que estão por vir, as necessidades do corpo de Cristo se tornarão tão grandes que, no natural, parecerão impossíveis de serem satisfeitas. Mas eu te digo agora: não espere esse tempo para te ocupares em plantar as sementes no Reino, porque tuas necessidades já são enormes. Não espere até que alcances uma resposta para tuas necessidades. O segredo do suprimento das necessidade está no plantar sementes, isto é, investir no Reino de Deus. É plantando que se colhe. A Palavra, porém, para os servos de Deus, é que estes sejam fiéis na entrega de seus dízimos e ofertas. (Malaquias 3: 8 – 10) deve sempre ser lido.
 
Os que forem fiéis serão abençoados no meio da crise.
 
   A mordomia é um ministério a ser exercido por todos os cristãos. Nós somos mordomos do Senhor. Mordomo é a pessoa encubida da direção de uma casa e dos bens do seu patrão ou senhor. Também é chamado de executivo ou administrador. Administrador é um termo muito usado nas grandes fazendas e propriedades, e executivo nas grandes empresas.
   Nos já vimos que Jesus Cristo é o Senhor, desse entendimento nos vem a compreensão da mordomia cristã em todos os aspectos.
 
1.      Deus, após criar o homem deu-lhe a incumbência de tomar conta de todas as coisas no Planeta Terra (Gn. 1:27). A terra (porção seca), rios, mares, animais, vegetais, minerais, etc., estão debaixo da autoridade humana, do seu uso o homem deverá prestar contas a Deus.
 
2.      A família, principalmente o cônjuge (esposa/esposo) e filhos nos são entregue pelo Senhor para deles cuidarmos. Neste item é incluído o nosso OIKÓS (parentes e amigos), onde exercemos influência e onde devemos testemunhar falando do amor de Jesus Cristo, esforçando-nos para trazê-los para o nosso grupo de comunhão (célula).
 
3.       Na vida temos o nosso meio de subsistência, em geral um emprego, uma profissão, ou outra atividade remunerada. Adquirimos bens como: casa, veículos, propriedades, empresas, poupanças, etc. Como mordomos devemos saber que são do Senhor, pois nós a Ele pertencemos.
 
4.       Seguindo, temos a mordomia das nossas finanças; se somos do Senhor, o nosso dinheiro também é. Vemos na Bíblia que antes da Lei os fiéis mordomos de Deus já entregavam ao Senhor seus dízimos e ofertas (Gn. 14:19). Vem a Lei mosaica e nela está inserido o dízimo. Hoje já não vivemos debaixo da Lei mosaica e sim debaixo da lei do amor ou da graça. Em Mt. 5:20 Jesus diz: “Pois eu vos digo que se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus”. O que para os antigos era lei, obrigação, para nós é prazer. A nossa justiça se inicia nos 10% e vai até onde o espírito de amor, que vive em nós, determina.
 
Tudo de bom vem de Deus, paz, saúde, alegria, esperança, cura, salvação, vitória, prosperidade, vida, etc. Tudo que Deus criou foi para o nosso bem. – O pecado e a quebra ou desobediência da Palavra de Deus deu argumento para Satanás roubar todo bem de Deus na nossa vida, só quando obedecemos a Deus, que Satanás é derrotado e aquilo que é nosso em Cristo se manifesta na nossa vida.
 
5.      Devemos ainda exercer mordomia sobre todas as coisas, abaixo relacionamos algumas:
  • O nosso tempo é muito precioso (Ef. 5:16);
  • O nosso corpo, que é templo (santuário) do Espírito Santo (I Co. 6:19), fazendo com que a nossa carne seja dominada pelas coisas do Espírito (Rm. 8:5);
  • A nossa mente, pois temos a mente de Cristo (I Co. 2:6);
  • A nossa língua, controlando o nosso falar. Podemos construir muitas coisas, no entanto, com a nossa língua podemos provocar uma grande destruição, atraindo maldições sobre nós. (Tg. 3:2, 8-9).
   Na Igreja em células cada membro é um ministro, um mordomo, que serve a Cristo levando o seu amor às vidas não alcançadas e ministrando aos irmãos em amor.
 
 Nada que possuímos é realmente nosso. Nem nós somos de nós mesmos! Quando a Bíblia fala de obra de Jesus na cruz, fala de redenção. Cristo nos comprou para Deus através de seu sacrifício; isto é claramente mostrado na Palavra do Senhor:
 
"…porque foste morto e com teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação, e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra." Apocalipse 5:9b,10.
 
Tudo o que somos e o que temos pertence a Deus. Devemos viver como bons mordomos, administrando bem aquilo que é do Senhor. Jesus usou o conceito de mordomia, aplicando-o a nós:
"Disse o Senhor: Quem é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor confiará os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo?
 
Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. Verdadeiramente vos digo que lhe confiará todos os seus bens.
 
Mas se aquele servo disser consigo mesmo: Meu senhor tarda em vir, e passar a espancar os criados e as criadas, a comer, a beber, e a embriagar-se, virá o senhor daquele servo em dia que não o espera, e em hora que não sabe, e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os infiéis." Lucas 12:42-46.
 
Nossa vida, família, casa e bens são do Senhor e devemos administrar tudo isto vivendo intensamente para Deus com tudo o que Ele nos confiou. Parte do nosso dinheiro volta a Deus na forma de contribuições, mas o que não damos não deixa de ser d’Ele e deve ser empregado corretamente. Este é um princípio poderoso na vida do cristão e deve ser entendido e vivido antes mesmo da contribuição, que é só um pequeno aspecto da mordomia.
 
Contribuição
Queremos dar ênfase ao aspecto da contribuição pois é o que mais necessita ser compreendido e tem a ver com a vida da Igreja.
 
Nossa contribuição é tão espiritual quanto nossas orações; não há como separar os assuntos em natural e espiritual. Quando um anjo do Senhor apareceu ao centurião Cornélio, lhe disse: "As tuas orações e as tuas esmolas subiram para memória diante de Deus" (At. 10:4). Veja que o anjo diz que orações e esmolas subiram igualmente perante Deus; contribuição é um ato espiritual! A esmola é apenas um nível de contribuição, mas a Bíblia fala de outros dois níveis: o dízimo e a oferta (Ml.3:8-10). E assim como no caso da esmola, o dízimo e a oferta são apresentados como também produzindo um memorial perante o Senhor (Ml.3:16).
 
Quando contribuímos em qualquer um destes três níveis, estamos levantando um memorial diante de Deus. Com esta linguagem figurada, a Bíblia está declarando que o Senhor se "lembrará" de nós para nos abençoar. A contribuição é um ato espiritual seguido de bênçãos!
 
O Dízimo
É a décima parte da renda, consagrada ao Senhor. Muitas das nações da antigüidade tinham procedimento semelhante em relação aos seus deuses e governantes. Aparece na Bíblia como prática dos patriarcas mesmo antes de ser instituído como lei em Israel; Abraão deu o dízimo a Melquisedeque (Gn.14:20) e Jacó também fez votos de dar a Deus o dízimo de tudo o que o Senhor lhe concedesse (Gn.28:22). Portanto, o dízimo não "nasceu" como uma ordenança e sim como um ato espontâneo, movido por Deus que depois foi instituído como lei.
 
A lei de Moisés mandava separar o dízimo dos frutos e do gado (Lv.27:30,32), com o propósito de sustentar os levitas (Nm.18:4,24). Haviam 12 tribos, e a tribo de Levi foi separada para o serviço do Senhor; como não tinham herança na terra e nem podiam dedicar-se ao trabalho secular por seu ministério, os levitas viviam do dízimo das outras 11 tribos. É interessante notar que os levitas também dizimavam (Nm.18:26,27), o que nos ensina que mesmo os ministros de tempo integral devem fazê-lo também. Como Igreja local também praticamos o dízimo dos dízimos, separando-o para missões e obras assistenciais.
Um dos textos que melhor esclarece o dízimo é o da profecia de Malaquias:
 
"Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda.Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós benção sem medida. Por vossa causa repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. Todas as nações vos chamarão felizes, porque sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos" Malaquias 3:8-10.
 
1) Ressaltamos alguns princípios do texto que devem ser destacados:
O dízimo é de Deus. Esta parte de nossa renda é do Senhor, e não entregá-la é roubo. Jesus disse que devemos dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (Mt.22:21), o que significa que a mesma obrigação que temos com os impostos é a que temos quanto ao dízimo. Ele é de Deus! Não fazemos nada mais que o dever Quando o entregamos…
 
2) É Benção ou Maldição. Entregar o dízimo é um ato espiritual, que constitui-se fonte de benção (v.10 a 12) ou de maldição (v. 9). Ao entregarmos, somos abençoados, mas ao retermos (o que a Bíblia chama de "roubar") somos amaldiçoados. O profeta Ageu foi contemporâneo de Malaquias e também condenou a retenção do que pertencia a Deus. Sua geração não mais praticava o dízimo e as ofertas e foi amaldiçoado por causa disto (Ag. 1:6,9-11); mas quando descobriram que não havia lucro algum em roubar a Deus, eles se arrependeram e voltaram a contribuir, o que permitiu que o templo fosse reconstruído. No dia em que lançaram os fundamentos do templo, Deus mudou a maldição em benção porque obedeceram (Ag. 2:18,19).
 
3) É entregue na casa do tesouro. O dízimo tem destino certo. No V.T. ele era levado ao templo "para que houvesse mantimento (para os levitas) na casa do Senhor". Porque no Templo? Porque é um princípio espiritual de que "quem semeia o que é espiritual tem direito de colher o que é material" (I Co. 9:11- Gl. 6:6). As pessoas devem entregar seus dízimos na Igreja onde são ministradas espiritualmente, onde recebem alimento e cobertura espiritual, onde estão congregando e onde também recebem a ceia do Senhor, isto é, na sua Igreja (Gn.14:18-20).
 
O Dízimo no Novo Testamento
No Velho Testamento existem muitos textos que esclarecem o dízimo , mas o Novo Testamento os sustentou, não necessitando de novas instruções. O ensino neotestamentário deu muita ênfase às ofertas, que é um outro nível de contribuição e que necessita de mais instrução. Mas a verdade é que o Novo Testamento também fala do dízimo.
 
Tudo o que pertencia à Velha Aliança foi ensinado por Jesus de forma diferente, o próprio Jesus o fazia, Ele ensinava algo que Ele praticava. Não foi suprimido, e sua prática foi encorajada pelo Senhor (Mt.23:23). "Devíeis fazer estas coisas" significa: "Vocês devem dar o dízimo", mas com um coração correto.
No livro de Hebreus, falando de Abraão que deu o dízimo a Melquisedeque, o autor afirma: "Aqui certamente recebem dízimos homens que morrem; ali, porém, recebe aquele de quem se testifica que vive." (Hb.7:8).
 
Líquido ou Bruto
Nos dias de hoje, com benefícios que são deduzidos do salário, temos bem distinta a renda bruta (valor do holerite) e a líquida (o que o trabalhador pega na mão). E muitos se perguntam sobre que valor devem calcular.
 
Há um texto no Velho Testamento que pode trazer luz sobre isto. Números 18:27 diz que o dízimo dos grãos se contava depois de limpos na eira, e o dízimo da vinha depois que as uvas haviam sido espremidas no lagar. Aconselhamos que se dizime em cima daquilo que vem limpo em nossas mãos e quando recebemos o fundo de garantia, restituição do imposto de renda, tiket, cesta básica, ou qualquer outro benefício devemos dar aquilo que pertence ao Senhor isto é ( 10% ) ; aos empresários aconselhamos que dizimem a sua renda pessoal que você tira da empresa e não 10% do faturamento dela. A não ser que queira que sua empresa seja dizimista isto seria uma grande benção.
 
Fazemos uso de um envelope de dízimo para melhor contabilizar as finanças da igreja, e não para controlar quem são as pessoas que contribuem e com quanto o fazem; é puramente uma necessidade administrativa. É importante termos os nomes para orarmos e para que haja também transparência, mas não é obrigatório, poderá dizimar sem colocar o nome apenas identificando como dízimo.
 
Primícias
Na Velha Aliança, antes da colheita os israelitas santificavam primeiro o que era do Senhor: as primícias, para depois continuarem colhendo. Provérbios 3:9,10 nos ensina a fazer o mesmo: "honrar ao Senhor com as primícias de nossa renda". Não espere sobrar para dizimar, separe o dízimo antes dos demais gastos do mês. Ele tem que ser a parte primordial do orçamento!
As primícias são uma parte importante, gira em torno de 3%. Um dia de trabalho por mês deve ser entregue como primícias e ela é destinada ao sacerdote (pastor).  Ezequiel 44:30
 
As Ofertas
Quando Malaquias repreendeu o povo de Deus, o fez pela retenção do dízimo e das ofertas. O dízimo tem seu percentual determinado, as ofertas não. Mas elas são algo que fazemos além do dízimo. Elas tem como destino o reino de Deus. Não são necessariamente destinadas à Igreja local, mas ao reino de Deus em toda parte. Vão para missões, para obreiros, para aquisição de qualquer coisa útil para propagação do evangelho, etc. Enquanto o dízimo visa suprir a necessidade de sustento dos obreiros de tempo integral, as ofertas não tem um propósito específico, se aplicam a suprir necessidades diversas que o só o dízimo não supre.
A pessoa oferta o quanto e quando quer, mas as ofertas devem ser parte da vida do crente. Pv.11:24,25
 
As Esmolas
Enquanto o destino do dízimo é a Igreja e o das ofertas é o Reino, as esmolas destinam-se aos necessitados, sejam eles cristãos ou não. É uma expressão de compaixão e misericórdia para os que estão com falta de recursos para viver dignamente.
 
O Antigo Testamento já instruía a cuidar do pobre (Lv.19:10; Sl.112:9; Pv.19:17) e o Novo mostrou o quanto isto é necessário, começando dos cristãos (Gl.6:9,10) e se estendendo aos ímpios.
 
A Igreja sustentava as suas viúvas (At. 6:1 e I Tm. 5:3-16) e os irmãos supriam as necessidades uns dos outros repartindo seus bens (At. 2:34,35).
Temos a responsabilidade de exercer misericórdia e assistência social aos necessitados.
 
Leis da Contribuição
1. Fidelidade no Mínimo (Lc.16:10). Não adianta dizer que quando Deus nos der mais dinheiro, então contribuiremos. Se não o fazemos com pouco não faremos depois. Quem não dá dez porcento de cem não vai dar dez porcento de mil.
 
2. Segundo suas posses (I Co.16:1,2;II Co.8:12,Lc.21:1-3). Deus não vê e nem compara números. Ele vê a disposição do coração e a limitação da renda. Quem possui mais não é melhor por ofertar mais do que o que tem menos condições.
 
3. Expressão de Generosidade (II Co. 9:5-7). Deus não aceita o que é expressão de avareza. Atos 5 mostra que Ananias não foi generoso; pelo contrário foi avarento e orgulhoso e quis estar em evidência. Deus não está atrás do nosso dinheiro, mas da expressão de generosidade; sem ela, o dinheiro não vale nada! Deve haver em nós alegria ao contribuir! O apóstolo Paulo se referiu a isto como sendo uma "graça". É um privilégio servirmos a Deus com nosso bens, e o Senhor não quer que ninguém o faça por constrangimento mas de coração.
 
4. Colhemos o quanto plantamos (II Co. 9:6). Quanto mais contribuímos, mais abençoados somos! Se queremos romper na área financeira e andar na benção do Senhor temos que plantar mais. A colheita não é automática, precisa de tempo, mas é certa e não falhará!
 
5. Prova de Obediência. Minha contribuição em todos os seus níveis (dízimo, oferta, esmola) é uma prova da minha obediência a Deus. Portanto, se sou falho nesta área, estou demonstrando quem realmente sou! Além de que, Deus não precisa tanto da minha contribuição quanto eu preciso! Através dela mantenho um coração submisso a Deus e o dinheiro como um servo do Reino…
 
As bênçãos de Deus são condicionais. O suprimento das nossas necessidades materiais obedece também a princípios estabelecidos por Deus. A prosperidade é uma conseqüência de seguir-se um caminho traçado por Deus e não é medida pela quantidade de dinheiro no Banco ou posse materiais. Prosperidade é habilidade de ter o que é necessário para cumprir a vontade de Deus em sua vida. Qual a missão que Ele lhe confiou ? Qual a sua necessidade ? Ser próspero, significa ser capaz de cumprir de modo digno sua missão. Leia os textos a seguir: Dt. 29: 9, Josué 1: 8; I Reis 2: 3, 2 Crônicas 20: 20; Salmos 1: 1 – 3 – 126: 6 ).
 
“Brandem de júbilo e se alegrem os que desejam a minha justificação e digam continuamente. Seja engrandecido o Senhor, que se deleita na prosperidade do seu servo”.
(Sl.35: 27). “ E o meu Deus, segundo a Sua riqueza em glória, há se suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades”. (Fp. 4: 19 ).
 
Comentários no pequeno grupo.
 
 
05.Visão da Igreja.
 
Na nossa visão visamos ganhar vidas e libertá-las, escutar o coração de Deus que pulsa por almas visando principalmente famílias restauradas.
 
   “E todos os dias no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de pregar Jesus, o Cristo.” Atos dos Apóstolos 5:42.
 
   Hoje nós não devemos mais ficar clamando por um novo avivamento. Estamos certos que o Senhor está nos dando, como Igreja de Jesus, algo muito maior. O Senhor está restaurando a sua Igreja, curando-a e abrindo nossa visão para a Sua obra final dos tempos. Pouco tempo nos resta, ainda há bilhões de pessoas a serem salvas, pessoas que nunca ouviram falar sequer o nome de Jesus.
   Em nossa cidade e nação, que se dizem cristãs, mais de 85% de pessoas ainda não foram alcançadas. As estruturas das Igrejas Baseadas em Programas não permitirão alterar em muito esses números se continuarem como estão
 
As Duas Asas
 
   Tal qual uma ave, também a Igreja necessita de duas asas para voar. A primeira é a asa dos pequenos grupos caseiros, das células, chamada de asa comunitária. Esta asa trabalha no varejo alcançando as pessoas lá onde elas convivem umas com as outras no cotidiano.
   A outra asa, igualmente importante, é chamada de asa da celebração semanal. Ela trabalha no atacado, nas grandes colheitas e os recém-nascidos são abrigados e alimentados no calor dos berços dos grupos caseiros. Ali aprender a falar e caminhar recebem os cuidados ternos até se tornarem jovens aptos a serem também novos pais para cuidarem com carinho seus filhos espirituais.
 
   As duas asas para alcançarem grandes vôos necessitam de uma perfeita harmonia. Durante cerca de 1.700 anos a Igreja tentou alçar vôos com uma só asa, mas ficou girando em círculos. Mas, pela graça de Deus, hoje podemos novamente alcançar as alturas, as regiões celestiais propostas por Ele, pois as portas do inferno não nos resistem, e de lá libertamos os cativos e oprimidos para serem redimidos pelo sangue do Cordeiro Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.      ( A igreja começou em células e foi até o terceiro século depois de Cristo ).
 
Vivendo a Comunhão do Primeiro Amor.
 
   Para o Senhor restaurar a sua Igreja, precisamos estudar a Igreja em seu início nos Atos dos Apóstolos e nas cartas pastorais escritas pelos apóstolos, tomando e trazendo para hoje o mesmo modelo de Igreja. Até o século III aquelas Igrejas não tinham templos e muitas outras coisas da “Igreja Moderna”. Tinham, no entanto, uma característica que as levavam a um rápido crescimento.
 
Cada Casa uma Igreja, Cada Membro um Ministro.
 
   Reuniam-se em pequenos grupos que formavam as Igrejas nos lares e contavam com grande comunhão e amor. Todos eram ministros e, mesmo sob perseguição, levavam o amor de Cristo ao maior número possível de pessoas.
 
   Esta visão tem sido olhada nos últimos 50 anos com muito carinho por muitos pastores, verdadeiros apóstolos. Como resultado nós temos muitas Igrejas alcançando rapidamente os não alcançados e crescendo de forma impressionante. Atualmente todas as Igrejas Evangélicas com mais de 20 mil membros são Igrejas em Células.
 
Temos por exemplo em Seul, na Coréia do Sul, a maior Igreja local do mundo, a Igreja do Evangelho Pleno, com mais de 800 mil discípulos, nessa cidade se encontram as duas maiores Igreja Presbiterianas e também a maior Igreja Metodista do mundo, todas com mais de 100 mil membros; em Manaus a Igreja Ministério da restauração do pastor Renê Terra Nova com aproximadamente 80 mil discípulos; em Bogotá, na Bolívia há uma igreja evangélica do pastor Cezar Castelhanos com mais de 200 mil discípulos em Células; e diversas outras mais em todos os continentes.
 
   A visão da célula também chegou à nossa Igreja. Embora estejamos em transição, vidas têm sido alcançadas, líderes têm sido formados. 
 
Nossa missão e trabalho é gerar uma igreja de vencedores, onde cada membro é liberto, curado e treinado e se torna um ministro/líder de Célula e cada casa se torna uma igreja, espalhando o evangelho de Cristo, implantando o reino de Deus e conquistando a nossa geração para o Senhor Jesus.
 
O Que São Células?
 
   As Células não são cópias de cultos, não são mais um programa da Igreja, são a sua própria vida.
 
    As Células têm as seguintes características básicas:
 
  • São os pequenos grupos se reunindo nos lares com um líder e um auxiliar coordenando e facilitando a participação de todos.
  • Grupos de comunhão, onde todos são conhecidos e valorizados.
  • Grupos de exaltação, onde se louva e adora o nome do Senhor nosso Deus.
  • Grupos de edificação, onde se estuda a Palavra de Deus.
  • Grupos de evangelismo, onde todos se esforçam para trazer o seu oikós, pessoas do círculo de amizades, cumprindo a grande comissão.
  • Célula é lugar de vida, alegria, paz, unção, cura e edificação.
    Jesus disse: “A seara na verdade é grande, mas os trabalhadores são poucos, rogai, pois, ao Senhor da seara que envie trabalhadores para a sua seara.” (Mt. 9:37-38).  
  
   Queridos, há muitas células para serem implantadas, faltam líderes, nós os convocamos para participarem do próximo encontro e curso de formação de líderes. Em Cristo.
 
06. Você e sua Célula.
 
   Leitura inicial: Rm. 12:3-5 e 10.
 
   O capítulo 12 da carta de Paulo aos irmãos de Roma “chamados para serem santos” (Rm. 1:7A ) tem a linguagem clara de um texto dedicado a uma igreja caseira (célula). Esse texto têm uma aplicação profunda, principalmente a nós que vivemos a mesma visão dos irmãos a quem foram dirigidas aquelas palavras.
 
Os membros do corpo têm funções diferentes.
   O corpo humano tem vários membros com funções, embora distintas, indispensáveis ao seu perfeito funcionamento. A célula igualmente tem vários membros todos diferentes uns dos outros. As funções de cada membro também diferem entre si. Damos abaixo, comparando a um corpo humano sadio, algumas funções da Igreja em células da qual você faz parte.
 
   Cabeça – Cristo . Dele, através do Espírito Santo, procedem todas as ordens, planos, estratégias, poder e a salvação.
 
   Pescoço e Sistema Nervoso –  Membro onde se situa a distribuição dos nervos que recebem as ordens da sua cabeça e as transmitem ao tronco e demais membros do corpo. Este membro representa o pastor geral da Igreja que tem a responsabilidade principal de receber de Cristo e transmitir aos demais membros a visão recebida do Senhor. Está ligado diretamente à cabeça e ao tronco.
 
   Tronco – É no tronco que se encontra a coluna vertebral que sustenta o corpo e protege o sistema nervoso. No tronco estão ainda os órgãos responsáveis pela alimentação dos membros: aparelho digestivo, respiratório e circulatório. Estes órgãos colocam no sangue os alimentos que vão nutrir todo o corpo e ainda através do mesmo sangue retirar todas as impurezas através dos órgãos excretores. Na estrutura de uma Igreja em células, o tronco é formado pelas lideranças: pastores de distrito e de área, supervisores, líderes e ministérios de apoio. O tronco deve se vestir da couraça da justiça.
 
   Braços e Mãos – são os membros destinados para o trabalho, para a guerra, para tocar outras pessoas, para abençoar, acariciar e principalmente para louvar e adorar a Deus. Na Igreja em células são os membros destinados em primeiro lugar a levar o louvor e adoração a todas as partes da cidade e à luta contra as hostes inimigas empunhando o escudo da fé e a espada do Espírito. Com as mãos levamos o toque de Jesus curando, libertando e alimentado os carentes, e também o carinho da Igreja remida pelo sangue de Jesus. É com as mãos que escrevo este estudo, conforme me dá o Espírito de Jesus.
 
   Coxas e Pernas – Levam o corpo onde manda a cabeça. A Igreja também anda, não pode ficar parada, tema responsabilidade de ir ao encontro dos pecadores, lá onde eles estão sedentos e famintos espiritualmente. Os pés devem ter calçados prontos a levar o evangelho da paz.
 
Todos temos uma função importante.
   Você e eu, nós fazemos parte desse corpo glorioso. Todos temos uma função importante e que coopera com o perfeito funcionamento da Igreja de Cristo. Se um membro adoece, todo corpo humano sofre com ele, assim também é entre nós, se um membro deixa de fazer as suas funções, todos vamos sofrer as conseqüências. Muitos poderão dizer que nada sabem fazer, que não têm capacidade. Saiba, pois, que ao se dispor para o trabalho na célula, o Espírito Santo o suprirá, capacitando-o a cada dia. Também os seus irmãos, membros do mesmo corpo, o incentivarão e o ajudarão. Todos juntos, célula a célula, membro a membro, faremos a obra gloriosa e grandiosa na força do Senhor.
 
 Na célula todos vivemos em comunhão, são pastoriados, apascentados, cuidados no amor fraternal e este amor e manifestado uns aos outros. Todos são alimentados, supridos, abençoados e crescem.
 
Dentro da visão temos a escada de sucesso que é o alicerce para cumprir a grande comissão de fazer discípulos.
Ganhar: através do evangelismo, células, cultos de celebração, etc.
Consolidar: através do acompanhamento, pré encontro, Encontro, e pós encontro, etc.
Treinar: através da escola de líderes e discipulado pessoal, etc.
Enviar: para atuar e trabalha nos encontros, nas células como Timóteo, lider, etc. 
 
Comentários no pequeno grupo.
   Comente com o seu grupo o significado de uns aos outros do verso: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com o amor fraternal; preferindo-vos em honra uns aos outros”. Rm. 12:10.
 
07. O senhorio de Jesus Cristo
 
O senhorio no mundo atual.
 
   Em nossos dias a palavra senhor perdeu a conotação possuída no passado. Senhor era o dono absoluto da vida dos escravos ou das pessoas que morassem em suas propriedades.
 
O senhorio no mundo espiritual.
 
   No mundo espiritual também encontramos dois senhorios, embora o verdadeiro Soberano e Senhor Eterno seja Deus, a quem os hebreus chamavam de Adonai (Senhor). Nas formas de manifestação do Deus uno; Pai, Filho e Espírito Santo; Ele se apresenta como Senhor. O diabo, satanás ou o “inimigo” também aparece como senhor. Na realidade esse título usurpou quando o homem lhe entregou o domínio do mundo e ele se torna o príncipe deste mundo, Jo. 14:30: “já não falarei muito convosco, porque vem o príncipe deste mundo, e ele nada tem em mim”. Mas ele já está julgado (Jo. 16:11) e os seus dias de senhorio estão contados (Ap. 20:10).
 
Jesus Cristo é Senhor por direito de criação.
 
   Em João 1:3atemos: “todas as coisas foram feitas por Ele (Jesus)”. na criação estavam presentes o Pai, o Filho e o Espírito, por isso, em Gn. 1:26 aparece a expressão “façamos o homem à nossa imagem e semelhança”, no plural. Jesus Cristo por direito de Criação é o Senhor de todas as coisas.
   O homem tendo recebido de Deus o direito de domínio sobre a terra, ao pecar entrega ao diabo esse direito, ele se torna príncipe deste mundo por um certo tempo como vimos acima.
 
Jesus é o Senhor por direito de redenção.
 
   Quando o homem caiu, tudo parecia estar perdido para a humanidade, caminhávamos para a perdição eterna junto com o diabo e seus anjos (demônios). Mas Deus, em seu infinito amor, já havia preparado para toda a humanidade a obra de redenção. Deus nos amou tanto que o próprio Filho (Jo. 3:16), o Unigênito, se fez homem e habitou entre nós (Jo. 1:14), e pela sua morte vicária (em nosso lugar) na cruz, e sua ressurreição, derrotou o “inimigo”. Jesus conquista novamente o direito de ser o nosso Senhor, agora por redenção (adquirir novamente).
   Ao homem agora cabe o direito de escolha: de continuar servindo a satanás, ou a aceitar Jesus Cristo como Senhor.
 
O senhorio de Jesus é garantia de comunhão.
 
   Muitas pessoas têm procurado Jesus apenas como aquele que cura, que liberta, que salva. Jesus realmente cura, liberta e salva, mas Ele deve ser para nós muito mais que isso. No Novo Testamento encontramos Jesus como Senhor mais de 300 vezes, e como Salvador menos de 20 vezes e assim mesmo, quase sempre acompanhando a palavra Senhor. Quem tem Jesus como Senhor receberá dEle a cura, a libertação, a salvação e muito mais. Saberá que Ele está no domínio de todas as coisas, tendo cuidado de nós (I Pe. 5:7). Sabedores dessas coisas, descansaremos no Senhor, tendo a Sua comunhão em nós, e não os em nós mas também com as outras pessoas. As Células é o lugar onde desfrutamos da comunhão com o Senhor e com os nossos queridos que também desfrutam do senhorio de Jesus Cristo. É onde fazemos planos para trazer outras pessoas a este senhorio glorioso, roubando-as das garras do “inimigo” e de seu reino.
 
   Continuemos a declarar que JESUS CRISTO É O SENHOR. Um dia nós vamos viver a vida eterna na presença do senhor Jesus Cristo quando nos encontraremos face a face com Ele na Glória, poderemos então, ajoelhados a seus pés, com a voz embargada pela emoção, dizer-lhe: “Obrigado Senhor, mil vezes obrigado Senhor, pois embora nada merecesse, tudo fizeste por nós”. Vamos louvá-Lo e adorá-Lo por toda a eternidade. Maranata! Vem Senhor Jesus! (Ap. 22:20).
 
Comentários no pequeno grupo.
 
Comente com o seu grupo Filipenses 2:9-11.
Por que nós devemos entregar o dízimo na Igreja? (Ml. 3:9-10).
 
 
08. Enchimento do Espírito Santo.
 
   “Todavia, digo-vos a verdade, convém-vos que eu vá; pois se eu não for, o Ajudador (Consolador) não virá para vós; mas, se eu for, vo-lo enviarei”. Mt. 16:7.
 
   Neste capítulo vamos ver a respeito do Espírito Santo e da necessidade que vivermos sob o seu controle. Ele é o nosso Ajudador, Consolador, Conselheiro, Advogado, enfim, é a presença constante de Jesus Cristo na nossa vida. Vemos abaixo um resumo da atuação do espírito Santo de Deus:
 
1.     Quem é o Espírito Santo?
 
   O Espírito Santo é uma das pessoas da trindade, composta pelo Pai, Filho e Espírito Santo. Ele aparece também na Criação do mundo (Gn. 1:2). No Velho Testamento o vemos capacitando pessoas para determinadas obras, Ex.: em Nm. 11:16 e 16 são capacitados os 70 homens de Moisés; em I Sm 16:13-14 o Espírito Santo capacita a Davi como rei e se retira de Saul. Ainda no Velho Testamento é prometido a todos os que cressem em Jesus – Joel 2:28.
 
2.     Ele age na nossa salvação.
 
   A nossa salvação é fruto da ação do Espírito Santo em nossos corações. Ao nascermos denovo (Jo. 3:6), recebemos o selo do Espírito como penhor (garantia) em nossos corações (II Co. 1:22). Satanás não poderá tocar em nosso espírito.
 
3.     Possuídos pelo Espírito Santo.
 
   Quando nascemos de novo passamos a ter o Espírito Santo em nós, este é o primeiro passo na vida cristã. O segundo passo é o batismo nas águas e o terceiro, o batismo no espírito Santo (At. 2:38), podendo em algumas vezes o batismo no Espírito Santo anteceder o batismo nas águas.
 
   O início da Igreja ocorreu no dia de Pentecostes, quando cerca de 120 discípulos ficaram reunidos em Jerusalém, no cenáculo (pavimento superior), por 10 dias, obedecendo ordem de Jesus (At. 1:4). Durante 10 dias ficaram juntos em comunhão fortalecida pela oração, foi derramado sobre eles o Espírito Santo prometido. Encheram-se do Poder de Deus, falaram em outras línguas (glossolália), tornaram-se corajosos, foram capacitados para a grande obra de evangelização do mundo. Passaram a ser possuídos pelo Espírito Santo. O mesmo Espírito que moveu o ministério de Jesus, passou a mover os 120 naquele dia e a todos que buscaram esse enchimento pela história da Igreja, chegando até nós hoje e continuando até o arrebatamento da Igreja. O Espírito Santo sempre fez e continua a fazer diferença em nossas vidas.
 
   Não nos bastam os talentos natos ou adquiridos, o que é muito bom. Precisamos entregá-los ao Senhor. Através da unção plena do Espírito somo usados em um ministério poderoso.
 
4.     Recebendo o batismo no Espírito Santo.
 
   O batismo no Espírito Santo é para as pessoas salvas, que desejam ardentemente viver uma vida submissa e controlada pelo Espírito. O Dom do Espírito é para todos os crentes que desejam se revestir de uma vida de poder.
   Embora não exista uma fórmula para ministração do batismo no Espírito Santo, o modo mais comum encontrado no Livro de Atos é o de imposição de mãos mediante oração. Ex.: em Samaria (At. 8:14-17),com Paulo (At. 9:17), aos doze de Éfeso (At. 19:6).
 
   Juntamente com o Dom do Espírito são recebidos os dons do Espírito. Durante o nosso ministério pentecostal temos presenciado muitas pessoas recebendo o batismo no Espírito de diversas formas: algumas pessoas em pé caindo ao chão sob o poder do Alto, outras chorando, outras rindo, outras gritando de alegria, ainda outras ficando em silêncio, apenas balbuciando; mas todas falando em línguas como sinal, a maioria no momento, outras após poucos dias. Também não há padrão de local, pois muitos recebem nos cultos de celebração, em reuniões de oração, em reuniões de oração, em reuniões de estudos. Ultimamente temos visto pessoas recebendo o Dom e os dons do Espírito nas reuniões do grupos pequenos ou células.
   Veremos mais sobre os dons no capítulo 08.
 
Atividade.
 
   Todas as pessoas que não são batizadas com o Espírito Santo serão agora ministradas pelas pessoas que já são batizadas no Espírito Santo e têm o dom de línguas.
 
 
09. Crescendo como um ser espiritual.
 
   “Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que por Ele vos seja dado crescimento para a salvação”. I Pe. 2:2.
 
   No início da vida cristã somos chamados de bebês ou filhinhos, que desejam, necessitam puro leite espiritual, para podemos crescer de modo sadio. Este curso tem a finalidade de passar-lhe doutrinas básicas para a sua formação espiritual.
 
 
O que caracteriza um cristão maduro?
 
1.      Será o tempo de membro de Igreja?
          Deveria ser, mas essa não tem sido a regra para muitas pessoas que insistem em ser tratadas como bebês chorões, resmungões e birrentos, enquanto outros crescem rapidamente.
 
2.      Será o cargo ocupado?
 
          Também deveria ser, mas nem sempre certos cargos fazem bem a certas pessoas. Estas ao invés de se conscientizarem do encargo recebido, apenas usufruem da pretensa posição alcançada, não sendo, no entanto a regra.
 
3. Será os dons possuídos?
 
          vamos ver o que ocorria na Igreja em Corinto: I Co. 1:7 – Paulo escreve que eles tinham todos os dons, mas no capítulo 3:1-3 é descrito que eram imaturas e carnais, provocavam contendas por questões sem importância (vide II Pe. 2:17). Os dons são indispensáveis à vida cristã, mas devem ser acompanhados do amor. Além dos dons há outros passos importantes na vida cristã (vide I Co. 13:1-2).
 
3.      Será a maturidade e os frutos produzidos?
 
          “Antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.”
(II Pe. 2:18A ).   A vida cristã é um todo e deve ser vivida a cada dia na escola de Jesus, o verdadeiro significado da Palavra discípulo. Este é o seguidor dos passos do Mestre, a cada dia aprendendo e vivendo na prática suas lições, desfrutando e ensinamento a outras pessoas o aprendido e vivido. Não basta dizer-se cristão, é necessário viver no amor de Jesus. somos conhecidos diante de Deus pelos nossos frutos.
 
   Leiamos em Mt. 7:17-19 as palavras de Jesus sobre os frutos. Devemos apresentar a Deus os bons frutos, não importa se somos uma bela árvore cheia de galhos e folhas, mas, sem os frutos, para nada serviremos, como a figueira infrutífera de Mateus 21:19.
   Tudo na vida do discípulo deve basear-se no amor, tanto os dons e frutos, como o crescimento em conhecimento e maturidade.
 
   Na estrutura da Igreja em células todos têm oportunidades para serem ministros. Podemos, devemos, levar para as reuniões as pessoas do nosso OIKÓS, podemos, e devemos, nos treinar para auxiliares, depois líderes, depois nos desenvolvendo passarmos a supervisores, pastores de área e de distrito.
 
   A vida cristã é um todo, sempre haverá um alvo para ser atingido, como nos conta Paulo em sua carta aos Filipenses 3:14. Ao chegarmos próximos ao final de nossas vidas possamos dizer o mesmo que o grande apóstolo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” (II Tm. 4:7). Leia na sua Bíblia o verso 8 e descubra algo para nós.
 
Comentários no pequeno grupo.
 
   Lendo Jo. 14:12, os irmãos vão comentar qual do item abaixo seria as obras referidas por Jesus:
     
                       1. Milagres        2. Pregações        3. Demonstrações de Amor.
 
 
10. Poder para o ministério.
 
   “A minha Palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana; e, sim, no poder de Deus.” I Co. 2:4-5.
 
   Com as nossas palavras nós podemos convencer muitas pessoas em muitas coisas, mas sem o poder do Espírito Santo, nós não conseguiremos converter pessoas alguma. Não é por muito falar ou tagarelar que seremos ouvidos, aliás a sabedoria está no pouco falar. Pv. 17:28, nos diz que até “o ignorante é tido por sábio, quando se cala”. Para sermos sábios aos olhos do Senhor, nós devemos ser usados pelo poder de Deus, inclusive quando abrimos nossas bocas.
 
Jesus após sua ressurreição e pouco antes de subir aos céus disse: “Todo poder (autoridade) me foi dado no céu e na terra” Mt. 28:18 e em At. 1:9 “Mas, recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo , e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Jerusalém e Samaria, e até os confins da terra”. Cristo é o cabeça do corpo que é sua Igreja (nós), e se a cabeça tem todo o poder e autoridade, o corpo também, porque todas as ordens emanam da cabeça.
 
   O Espírito nos concede o “dunamis”, está é uma palavra que vem do grego, e em nossa língua derivam desse termo as palavras: dinamite e dínamo (gerador de energia). Para se abrir um poço ou uma estrada onde há uma pedreira é muito mais fácil e rápido transpor as barreiras usando-se dinamite e máquinas que geram força, do que fazendo-se uso simplesmente da força dos braços com pás e picaretas. Assim é a atividade do Espírito Santo em nossas vidas.
 
   Nós já vimos que juntamente com o Dom do Espírito (batismo no Espírito Santo) nós recebemos os dons do Espírito. O primeiro Dom é o de línguas, o Espírito passa a controlar o leme da nossa vida, que é a língua, nos dando o rumo certo. É o único Dom para a própria edificação daquele que o tem (I Co. 14:4); os demais são para a edificação e proveito das outras pessoas. Do bom uso que fazemos dos dons recebidos é que o Espírito nos concede novos dons. Por exemplo: ao sermos batizados no Espírito Santo com a evidência de línguas, nós devemos nos edificar orando em línguas (a sós), nos desenvolvendo no Dom. embora recebamos os dons perfeitos, nós, por sermos imperfeitos, precisamos nos desenvolver nos dons. Fazendo bom uso e valorizando o presente recebido, o Espírito nos presenteará com novos e perfeitos dons.
 
O Espírito nos usa como quer.
 
   Em diversas reuniões de células tem acontecido de muitas pessoas, entre as quais me incluo, serem usadas conforme a necessidade do momento nos dons espirituais tais como: curas, conhecimento, profecia, fé, sabedoria, etc., e mesmo em ministrações de batismo no Espírito Santo em outras pessoas. O Espírito distribui funções aos membros do corpo conforme a necessidade, pois os dons são dele.
   Os dons não são privilégios de certas pessoas, são ferramentas capacitadoras à disposição de todos nas células para a realização completa do ministério de Jesus Cristo por nosso intermédio. Em nossas reuniões devemos pedir ao Senhor a capacitação que Ele nos quer dar (Mt. 7:11).
 
 No Novo Testamento nos temos uma quantidade grande der dons e ministérios concedidos pelo Espírito Santo, relacionamos alguns: apóstolos, profetas, evangelistas, mestres, fé, operadores de milagres, dons de curar, socorros, governos ou administração, variedades de línguas, interpretação das línguas, visão, sabedoria, conhecimento, discernimento de espíritos, celibato, exortação, libertação, contribuição (que não é o mesmo de dízimo), prestação de ajuda, hospitalidade, intercessão, conhecimento, liderança, misericórdia, missões, serviços, etc. cada item ainda tem diversas subdivisões, de maneira que no corpo de Cristo sempre haverá lugares para todos.
 
A Oração é a fonte de poder.
   A oração é a fonte do poder para as células. Não basta uma bela estrutura, é necessário o poder liberado através das nossas orações.
 
   “Felizmente, não há falta de poder no Reino de Deus. O mesmo poder que ressuscitou Jesus dos mortos também está a nossa disposição! Tudo que precisamos fazer é estar ligados a Ele.
     Repetidas vezes nos Evangelhos e no livro de Atos, as Escrituras nos mostram que a presença e o poder miraculoso de Deus é revelado quando oramos.”
 
Comentários no pequeno grupo.
 
   Vamos agora orar pedindo a Deus os dons para usá-los de forma proveitosa em nossas reuniões de células.
07.Crescendo Com Uma Comunidade de Adoradores.
 
   Normalmente o momento de exaltação em nossas reuniões, tanto nos encontros de celebração, como nas reuniões das células, são iniciados com louvor e finalizados com adoração.
   Louvor, em rápidas palavras, é a exaltação a Deus pelo que nos tem feito, é agradecimento. Pode ser barulhento e envolver nossas emoções. Vide Sl. 126:2, 89:1, Êx. 15:20, 2 e Sm. 6:14.
   Adoração, também em rápidas palavras, é a exaltação do Nome de Deus por aquilo que Ele é, o Nome Yaweh (Jeová) significa Eu Sou (Êx. 3:14), quando exteriorizamos todo o nosso amor por Ele em um momento de uma íntima e envolvente comunhão. Adoração é reconhecimento da soberania do Senhor. Vide Sl. 95:6, Ne. 8:6 e Ap. 11:16-17.
 
Deus Habita no Meio dos Louvores
 
   Os momentos de exaltação em nossas reuniões não são meramente para preencher o tempo, nem momentos de exaltações pessoais de músicos e cantores, longe disso, nós os dedicamos tão somente ao Deus Todo Poderoso (El Shadai). São instantes em que a santidade do Altíssimo se faz presente em nossos corações, fazendo-nos crescer em espiritualidade, preparando-nos para receber a edificação. Os não alcançados, são tocados e ficam maravilhados com o fato do Criador ser tão real para nós, com as grandes coisas que ele tem feito e com amor abundante com que o amamos.
 
A Principal Tarefa da Igreja é a de Adorar a Deus
 
   Nós fomos feitos especialmente para a adoração de Deus. A principal tarefa da Igreja é a de adorar a Deus, porque o amamos acima de todas as coisas, as demais coisas vêem em conseqüência da adoração. O CORAÇÃO DE Deus pulsa por almas, vidas e quando a igreja verdadeiramente O adora, O Espírito Santo se move e a igreja ouve este pulsar do coração de Deus e as vidas são alcançadas.
 
   Durante os momentos de exaltação é comum ocorrerem algumas manifestações dirigidas pelo Espírito Senhor, destacamos algumas:
 
·         Canção Profética: Pode aparecer em forma de cânticos espirituais em línguas com interpretação, ou diretamente em profecias.
 
·         Cura e Ministrações: Pessoas enfermas, aleijadas ou com problemas, têm sido restauradas. O exemplo Bíblico é quando Davi tocava sua harpa para afastar os espíritos que atormentavam o desobediente rei Saul.
 
·         Quebrantamento: Momentos de quebrantamento têm se manifestado sobre pessoas ou congregações inteiras. Momentos solenes de humilhação e choro ou silêncio profundo.
 
·         Batalha Espiritual: Verdadeiras batalhas têm sido travadas nos momentos de exaltação. O inimigo não suporta o nosso louvor e adoração. Na Bíblia temos algumas passagens relatando a derrota de exércitos que marchavam contra o Povo de Deus simplesmente porque este defendeu-se com louvores e adoração (II Cr. 20:21-22; Sl. 149:6-9).
 
·         Liberação de Dons Espirituais: Nós sabemos que Deus responde as nossas orações. Com o louvor esta resposta também ocorre, há a libertação dos dons, capacitando pessoas para novos ministérios e usando-as nas necessidades do grupo.
 
O Ministério do Louvor e Adoração são Eternos
 
   Praticamente todos os ministérios e dons cessarão na eternidade, quando receberemos nossos galardões e novas atividades celestiais, de acordo com nossa fidelidade. O louvor e adoração, no entanto, ocuparão um lugar de destaque na eternidade. No livro do Apocalipse, que é a revelação do final dos tempos, nós encontramos diversas vezes os anjos e os homens exaltando o nome de Deus e do Cordeiro. Vamos ler agora apocalipse 7:9-12.
 
   Conforme nós vimos, devemos viver uma vida de louvor e adoração ao nosso Pai celestial. Se a murmuração nos traz contendas e tristezas, vamos substituí-la de vez pela exaltação onde há a alegria e a paz da presença do Senhor. É certo que o louvor e a adoração são eternos, então vamos desde já desfrutar da eternidade exaltando o nome daquele que tanto nos amou.
 
Comentários no Pequeno Grupo
 
   Como podemos crescer como uma comunidade de adoradores?
 
 
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